Plano de Gerenciamento de
Resíduos Sólidos da Universidade expõe
maneiras de como tratar o lixo de forma organizada e frisa a
importância da adoção de medidas ambientalmente corretas.
De acordo com a norma ABNT 10004:2004, resíduos sólidos são resíduos
nos estados sólidos e semi-sólido, que resultam de atividade de origem
industrial, doméstica, hospitalar, agrícola e de serviços de varrição.
A norma inclui ainda, os lodos provenientes dos sistemas de tratamento
de água, aqueles gerados em equipamentos e controles de poluição.
Inclui também determinados líquidos cujas particularidades tornem
inviável seu lançamento na rede pública de esgotos ou em mananciais,
ou exijam para isso soluções técnicas e economicamente viáveis face a
melhor tecnologia disponível. Os resíduos sólidos são popularmente
conhecidos como "lixo".
O grande volume de lixo gerado pela Universidade Estadual de Londrina
" UEL tinha destino certo: o aterro municipal. Com a aprovação da Lei
203/91 pela Câmara Federal que institui a Política Nacional de
Resíduos Sólidos isso não será mais permitido. A lei, aprovada no
último mês, impõe obrigações aos empresários, aos governos e aos
cidadãos no gerenciamento dos resíduos. Em especial, à destinação
desses. Cada integrante da cadeia produtiva " fabricantes,
importadores, distribuidores, comerciantes e até consumidores " ficará
responsável, junto com os titulares dos serviços de limpeza urbana e
de manejo de resíduos sólidos, pelo ciclo de vida completo dos
produtos. O professor do Departamento de Geociências Cleuber Moraes
Brito ficou responsável por subsidiar informações para a elaboração do
Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da UEL.
Brito é graduado em Geologia pela Universidade Federal da Bahia " UFBA
e mestre em Geofísica pela Universidade de São Paulo - USP.
Atualmente, trabalha como docente da UEL pelo Departamento de
Geociência, ministrando aulas para nos cursos de graduação de
Geografia, Química, Agronomia e Engenharia Civil; e pós graduação nos
cursos de Análise Ambiental e Ciências da Terra, Fundamentos de Gestão
Ambiental e Auditoria Ambiental. Ele atua também como consultor
ambiental. "A UEL tem que fazer um plano de gerenciamento de seus
resíduos e diminuir sua geração. Quanto menor a produção de lixo,
menor será o custo da destinação", afirma o professor. Ele explica que
o procedimento anterior ficava a cargo da Prefeitura e agora com a
implementação da lei, a UEL terá que pagar para a destinação do
resíduo. "A Universidade vai ter que contratar um aterro privado, que
vai pesar o resíduo e vai cobrar por peso. E, a UEL terá que arcar com
esse custo", explica. A Universidade dispõe de um local provisório
para o armazenamento dos resíduos recicláveis coletados " a central de
resíduos recicláveis, com 60 m² de área física.
Outro fator importante que pesou na mudança do local para onde
destinava-se o lixo da Universidade, foi a aprovação do Decreto Nº
4167 " 20/01/2009 que obriga todas as instituições da administração
direta e indireta públicas em separar os resíduos recicláveis (papel,
plástico, metal, vidro). O decreto é intitulado "Coleta Seletiva
Solidária", e o objetivo é a disponibilização do resíduo reciclável
para que associações de catadores possam incorporar essa renda para a
melhoria social deles. Cleuber Brito explica que por causa disso a UEL
está obrigada, desde o ano passado, a separar o lixo reciclável e
enviar para as associações.
Para lidar com essa nova realidade, Brito propõe o gerenciamento de
resíduo dentro da instituição, para que se possa diminuir a geração, o
que acarreta em uma diminuição de custos. "Um plano de gerenciamento
significa que você terá que fazer o tratamento do lixo de maneira
planejada, organizada, com alguns princípios filosóficos (reduzir,
reutilizar e reciclar)", explica. Brito, então, questiona: "E como
fazer para reduzir a geração de resíduos"? Ele responde que por meio
de medidas simples é possível que haja redução. "São necessárias
mudanças de comportamento. Dentro dos departamentos é necessário o
espírito da redução, como ao diminuir o número de páginas impressas,
no Restaurante Universitário eliminam-se os copinhos descartáveis e
por todo o Campus é necessária a instalação de coletores coloridos
para a separação do resíduo", afirma o professor.
De acordo com ele, para que haja essa mudança de comportamento é
necessária a conscientização das pessoas por meio da educação
ambiental. "Através de cartilhas, panfletos, peças teatrais, vários
tipos de intervenções para que as pessoas comecem a entender como isso
funciona", explica Brito. Ele frisa que é preciso trabalhar um aspecto
operacional e outro educacional; "não adianta ter a estrutura e não
educar as pessoas, como também não adianta educar as pessoas sem ter a
estrutura. É preciso um processo conjunto para que o plano de certo".
Na parte operacional, o professor explica que é necessário um
investimento da Universidade. O valor seria o investimento em
coletores, equipamentos de segurança, construção de armazéns,
treinamentos e oficinas, material institucional de divulgação,
triturador de resíduos, prensa hidráulica, carrinho coletor para gari,
entre outros.
O lixo do Hospital Universitário " HU " faz parte do "Plano de
Gerenciamento, volume II". O professor explica que o lixo do HU é um
resíduo especial, porque lá há resíduo contaminado, como sangue e
material cirúrgico. "Esse lixo não pode ser misturado ao lixo
doméstico. Ele é tratado de maneira individual e hoje a UEL terceiriza
esse serviço", explica.
Brito frisa que "seja qual for o motivo, a Universidade teve que se
apresentar em termos da questão dos resíduos. A UEL não tem mais
condição de continuar o tratamento de resíduos como é feito hoje. Não
é a maneira correta, não é a maneira racional, não é a maneira
ambientalmente correta". O professor espera que o Plano seja um
divisor de águas em como se dava e como se dará o tratamento do lixo
dentro da instituição. Ele conclui dizendo que é necessário que a
questão do ambiente seja tratada de forma mais séria do que hoje é
tratada.
De acordo com Luiz Cláudio Buzeti, diretor de serviços da Prefeitura
do Campus, o projeto é muito recente, e por isso ainda não foi
encaminhado para a Prefeitura. O pró reitor de planejamento, professor
doutor Otávio Shimba, informou que o Plano está na fase de aprovação,
e que essa demora em torno de seis meses para terminar. E só então,
terá informações sobre a parte prática do projeto.
maneiras de como tratar o lixo de forma organizada e frisa a
importância da adoção de medidas ambientalmente corretas.
De acordo com a norma ABNT 10004:2004, resíduos sólidos são resíduos
nos estados sólidos e semi-sólido, que resultam de atividade de origem
industrial, doméstica, hospitalar, agrícola e de serviços de varrição.
A norma inclui ainda, os lodos provenientes dos sistemas de tratamento
de água, aqueles gerados em equipamentos e controles de poluição.
Inclui também determinados líquidos cujas particularidades tornem
inviável seu lançamento na rede pública de esgotos ou em mananciais,
ou exijam para isso soluções técnicas e economicamente viáveis face a
melhor tecnologia disponível. Os resíduos sólidos são popularmente
conhecidos como "lixo".
O grande volume de lixo gerado pela Universidade Estadual de Londrina
" UEL tinha destino certo: o aterro municipal. Com a aprovação da Lei
203/91 pela Câmara Federal que institui a Política Nacional de
Resíduos Sólidos isso não será mais permitido. A lei, aprovada no
último mês, impõe obrigações aos empresários, aos governos e aos
cidadãos no gerenciamento dos resíduos. Em especial, à destinação
desses. Cada integrante da cadeia produtiva " fabricantes,
importadores, distribuidores, comerciantes e até consumidores " ficará
responsável, junto com os titulares dos serviços de limpeza urbana e
de manejo de resíduos sólidos, pelo ciclo de vida completo dos
produtos. O professor do Departamento de Geociências Cleuber Moraes
Brito ficou responsável por subsidiar informações para a elaboração do
Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da UEL.
Brito é graduado em Geologia pela Universidade Federal da Bahia " UFBA
e mestre em Geofísica pela Universidade de São Paulo - USP.
Atualmente, trabalha como docente da UEL pelo Departamento de
Geociência, ministrando aulas para nos cursos de graduação de
Geografia, Química, Agronomia e Engenharia Civil; e pós graduação nos
cursos de Análise Ambiental e Ciências da Terra, Fundamentos de Gestão
Ambiental e Auditoria Ambiental. Ele atua também como consultor
ambiental. "A UEL tem que fazer um plano de gerenciamento de seus
resíduos e diminuir sua geração. Quanto menor a produção de lixo,
menor será o custo da destinação", afirma o professor. Ele explica que
o procedimento anterior ficava a cargo da Prefeitura e agora com a
implementação da lei, a UEL terá que pagar para a destinação do
resíduo. "A Universidade vai ter que contratar um aterro privado, que
vai pesar o resíduo e vai cobrar por peso. E, a UEL terá que arcar com
esse custo", explica. A Universidade dispõe de um local provisório
para o armazenamento dos resíduos recicláveis coletados " a central de
resíduos recicláveis, com 60 m² de área física.
Outro fator importante que pesou na mudança do local para onde
destinava-se o lixo da Universidade, foi a aprovação do Decreto Nº
4167 " 20/01/2009 que obriga todas as instituições da administração
direta e indireta públicas em separar os resíduos recicláveis (papel,
plástico, metal, vidro). O decreto é intitulado "Coleta Seletiva
Solidária", e o objetivo é a disponibilização do resíduo reciclável
para que associações de catadores possam incorporar essa renda para a
melhoria social deles. Cleuber Brito explica que por causa disso a UEL
está obrigada, desde o ano passado, a separar o lixo reciclável e
enviar para as associações.
Para lidar com essa nova realidade, Brito propõe o gerenciamento de
resíduo dentro da instituição, para que se possa diminuir a geração, o
que acarreta em uma diminuição de custos. "Um plano de gerenciamento
significa que você terá que fazer o tratamento do lixo de maneira
planejada, organizada, com alguns princípios filosóficos (reduzir,
reutilizar e reciclar)", explica. Brito, então, questiona: "E como
fazer para reduzir a geração de resíduos"? Ele responde que por meio
de medidas simples é possível que haja redução. "São necessárias
mudanças de comportamento. Dentro dos departamentos é necessário o
espírito da redução, como ao diminuir o número de páginas impressas,
no Restaurante Universitário eliminam-se os copinhos descartáveis e
por todo o Campus é necessária a instalação de coletores coloridos
para a separação do resíduo", afirma o professor.
De acordo com ele, para que haja essa mudança de comportamento é
necessária a conscientização das pessoas por meio da educação
ambiental. "Através de cartilhas, panfletos, peças teatrais, vários
tipos de intervenções para que as pessoas comecem a entender como isso
funciona", explica Brito. Ele frisa que é preciso trabalhar um aspecto
operacional e outro educacional; "não adianta ter a estrutura e não
educar as pessoas, como também não adianta educar as pessoas sem ter a
estrutura. É preciso um processo conjunto para que o plano de certo".
Na parte operacional, o professor explica que é necessário um
investimento da Universidade. O valor seria o investimento em
coletores, equipamentos de segurança, construção de armazéns,
treinamentos e oficinas, material institucional de divulgação,
triturador de resíduos, prensa hidráulica, carrinho coletor para gari,
entre outros.
O lixo do Hospital Universitário " HU " faz parte do "Plano de
Gerenciamento, volume II". O professor explica que o lixo do HU é um
resíduo especial, porque lá há resíduo contaminado, como sangue e
material cirúrgico. "Esse lixo não pode ser misturado ao lixo
doméstico. Ele é tratado de maneira individual e hoje a UEL terceiriza
esse serviço", explica.
Brito frisa que "seja qual for o motivo, a Universidade teve que se
apresentar em termos da questão dos resíduos. A UEL não tem mais
condição de continuar o tratamento de resíduos como é feito hoje. Não
é a maneira correta, não é a maneira racional, não é a maneira
ambientalmente correta". O professor espera que o Plano seja um
divisor de águas em como se dava e como se dará o tratamento do lixo
dentro da instituição. Ele conclui dizendo que é necessário que a
questão do ambiente seja tratada de forma mais séria do que hoje é
tratada.
De acordo com Luiz Cláudio Buzeti, diretor de serviços da Prefeitura
do Campus, o projeto é muito recente, e por isso ainda não foi
encaminhado para a Prefeitura. O pró reitor de planejamento, professor
doutor Otávio Shimba, informou que o Plano está na fase de aprovação,
e que essa demora em torno de seis meses para terminar. E só então,
terá informações sobre a parte prática do projeto.
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