Aprendendo a fazer a compostagem
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Muitas
pessoas acreditam que um bom composto é difícil de ser feito ou
exige um grande espaço para ser produzido; outras acreditam que
é sujo e atrai animais indesejáveis. Se for bem feito, nada
disto será verdadeiro. Um composto pode ser produzido com pouco
esforço e custos mínimos, trazendo grandes benefícios para o
solo e as plantas. Mesmo em um pequeno quintal ou varanda, é
possível preparar o composto e, desta forma, reduzir a produção
de resíduos inclusive nas cidades. Por exemplo, com restos das
podas de parques e jardins se produz um excelente composto para
ser utilizado em hortas, na produção de mudas, ou para ser
comercializado como adubo para plantas ornamentais. Desta forma,
são obtidos dois ganhos ao mesmo tempo: com a produção do
composto propriamente dita e um benefício indireto que é a
redução de gastos de transporte e destinação do lixo orgânico
produzido pela comunidade local.
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Outro
engano muito comum é mandar para a lata do lixo partes dos
alimentos que poderiam ir para o prato: folhas de muitas
hortaliças (como as da cenoura e da beterraba), talos, cascas e
sementes são ricas fontes de fibra e de vitaminas e minerais
fundamentais para o bom funcionamento do organismo. O que comprova
que a melhoria da saúde tanto de famílias ricas ou pobres pode
ser conseguida como medidas simples como o reaproveitamento
integral de alimentos, e o desenvolvimento de bons hábitos de
vida e nutrição.
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Todos
os restos de alimentos, estercos animais, aparas de grama, folhas,
galhos, restos de culturas agrícolas, enfim, todo o material de
origem animal ou vegetal pode entrar na produção do composto.
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Contudo,
existem alguns materiais que não devem ser usados na
compostagem, que são: | | |
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madeira
tratada com pesticidas contra cupins ou envernizadas. | |
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vidro,
metal, óleo, tinta, couro, plástico e papel, que além de não
serem facilmente degradados pelos microorganismos, podem ser
transformados através da reciclagem industrial ou serem
reaproveitados em peças de artesanato. | |
A
fabricação do composto imita este processo natural, porém com
resultado mais rápido e controlado. A seguir, serão descritos os
materiais e as etapas para a elaboração das pilhas de composto
numa propriedade rural.
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Materiais
para fazer o composto |
- Esterco de
animais.
- Qualquer tipo
de plantas, pastos, ervas, cascas, folhas verdes e secas
- Palhas
- Todas as
sobras de cozinha que sejam de origem animal ou vegetal:
sobras de comida, cascas de ovo, entre outros.
- Qualquer
substância que seja parte de animais ou plantas: pêlos,
lãs, couros, algas.
Observação:
Quanto mais variados e mais picados (fragmentados) os componentes
usados, melhor será a qualidade do composto e mais rápido o
término do processo de compostagem.
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Modo
de preparo das pilhas de composto |
Escolha
do local: deve-se considerar a facilidade de acesso, a
disponibilidade de água para molhar as pilhas, o solo deve
possuir boa drenagem. Também é desejável montar as pilhas em
locais sombreados e protegidos de ventos intensos, para evitar
ressecamento. | |
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Iniciar
a construção da pilha colocando uma camada de material vegetal
seco de aproximadamente 15 a 20 centímetros, com folhas,
palhadas, troncos ou galhos picados, para que absorva o excesso de
água e permita a circulação de ar. | |
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Terminada
a primeira camada, deve-se regá-la com água, evitando
encharcamento e, a cada camada montada, deve-se umedecê-la para
uma distribuição mais uniforme da água por toda a pilha. | |
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Na
segunda camada, deve-se colocar restos de verduras, grama e
esterco. Se o esterco for de boi, pode-se colocar 5 centímetros
e, se for de galinha, mais concentrado em nitrogênio, um pouco
menos. | |
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Novamente,
deposita-se uma camada de 15 a 20 cm com material vegetal seco,
seguida por outra camada de esterco e assim sucessivamente até
que a pilha atinja a altura aproximada de 1,5 metros. A pilha deve
Ter a parte superior quase plana para evitar a perda de calor e
umidade, tomando-se o cuidado para evitar a formação de
"poços de acumulação" das águas das chuvas. | |
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Vale
lembrar que durante a compostagem existe toda uma sequência de microorganismos
que decompõem a matéria orgânica, até surgir o produto
final, o húmus maduro. Todo este processo acontece em etapas, nas
quais fungos, bactérias, protozoários, minhocas, besouros,
lacraias, formigas e aranhas decompõem as fibras vegetais e
tornam os nutrientes presentes na matéria orgânica disponíveis
para as plantas.
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Além
disso, o processo da compostagem traz em si, outros resultados que
favorecerão o posterior desenvolvimento das culturas agrícolas
no campo, tais como: |
- Diminuição
do teor de fibras do material, o que no caso do composto que
será incorporado ao solo evitará o fenômeno da
"fixação do nitrogênio", que provoca a falta
deste nutriente para a planta.
- Destruição
do poder de germinação de sementes de plantas invasoras
(daninhas) e de organismos causadores de doenças (patógenos).
- Degradação
de substâncias inibidoras do crescimento vegetal existente na
palha in natura (não compostada).
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