Sling-baby aumenta o vínculo da mãe com o bebê.
Faixa de tecido acalma a criança e substitui o carrinho em passeios curtos.
O poder calmante do colo da sua mãe é quase mágico, transmitindo todo o carinho e segurança de que obebê precisa para manter a tranquilidade. "Neste gesto, a mãe aumenta o vínculo com o filho. O bebê permanece próximo ao peito dela, ouvindo as batidas do coração e sentindo o cheiro da pele", afirma a enfermeira Regina Célia Guedes, coordenadora do Grupo de Apoio ao Aleitamento Materno do Hospital São Luiz, unidade Anália Franco.
Mas nem sempre os braços estão em condições de carregar a criança. Permanecer na mesma posição por muito tempo traz cansaço e indisposição, principalmente quando o bebê começa a ganhar mais peso. Com isso, o transporte no colo, muitas vezes, é substituído pelo carrinho (uma troca que, em termos emocionais, prejudica a relação).
Para evitar que isso aconteça, uma boa alternativa são as chamadas sling-baby, faixa de tecidos que podem ser amarradas junto ao corpo da mãe, encaixando o bebê. "Trata-se de uma espécie de rede portátil, muito prática para trajetos curtos e para carregar o bebê, deixando os braços livres", explica Regina Célia.
Práticas e populares, as slings precisam, entretanto, serem usadas da forma correta para não causar desconforto para a mãe e não prejudicar o bebê. Um aviso divulgado recentemente por uma comissão do governo norte-americana, a Consumer Product Safety Comission, ressalta a necessidade de os pais tomarem cuidados especiais no uso dos slings, pois eles podem causar sérios riscos aos bebês, principalmente relacionados ao sufocamento.
A comissão disse ter identificado nas últimas duas décadas, 14 mortes provocadas pelo mau uso do produto. Sendo que 3 delas aconteceram em 2009, e 12 envolveram bebês menores de 4 meses de idade. A seguir, o fisioterapeuta Oldack Borges Barros, presidente da Sociedade Brasileira de RPG, dá dicas de uso das sling-baby e também alguns conselhos para encontrar um modelo ideal e seguro para você e para o seu bebê.
O bebê permanece acomodado como se estivesse numa rede, com mobilidade das articulações. Isso é bom porque fortalece as estruturas e permite os movimentos mais livres do que se ele estivesse, simplesmente, no colo da mãe.
Amamentação mais discreta
Dependendo da forma como você acomoda o bebê, há como tirar o seio para amamentar de maneira bastante discreta. Seu filho mama com conforto e você não passa por nenhum constrangimento.
Trajetos curtos
Em caminhadas de um quarteirão ou dois, a faixa de tecido é mais prática do que o carrinho (que dá trabalho na hora de atravessar a rua e pode empacar nas calçadas e nas guias). Além disso, você enxerga o bebê enquanto anda e pode agir rapidamente caso note algum problema, evitando crises de choro.
Modelo com espuma
A escolha da faixa ideal é muito importante. Os tecidos mais resistentes, em geral, são ásperos e machucam a pele sensível da criança. A saída, para não por a segurança do bebê em risco, é escolher um modelo de lona, com uma base de espuma e revestimento de algodão, que é mais agradável ao toque.
Justamente para aumentar o vínculo com o bebê, o ideal é que ele seja amarrado à sua frente (e não nas costas). Como no sling a criança fica em posição curva, dobrando o queixo em direção ao peito, a mãe precisa mantê-la na posição correta: queixo virado para cima, rosto bem visível com boca e nariz livres. Assim, evitará o risco de sufocamento ou de não ouvir o choro da criança. Os braços e pernas devem ficar livres para que ele possa se movimentar à vontade. O importante é que o tronco (da cintura até o pescoço) permaneça bem apoiado.
Ande devagar
O conselho não vale apenas para a sua segurança e do bebê (afinal, com o bebê atado à cintura, sua visão fica prejudicada). É importante andar devagar para que seu filho na enjoe com o balanço exagerado da caminhada. Também não use sandálias ou salto nestas ocasiões: o ideal são os sapatos com solado de borracha e bem confortáveis, de preferência sem nenhum tipo de cadarço ou amarração. Se os seus cabelos forem compridos, prenda para que não incomodem o rosto do bebê. Procure olhar atenciosamente por onde você se move, pois um tropeço poderá provocar uma queda da criança, ocasionando fraturas.
Faixa de tecido acalma a criança e substitui o carrinho em passeios curtos.
O poder calmante do colo da sua mãe é quase mágico, transmitindo todo o carinho e segurança de que obebê precisa para manter a tranquilidade. "Neste gesto, a mãe aumenta o vínculo com o filho. O bebê permanece próximo ao peito dela, ouvindo as batidas do coração e sentindo o cheiro da pele", afirma a enfermeira Regina Célia Guedes, coordenadora do Grupo de Apoio ao Aleitamento Materno do Hospital São Luiz, unidade Anália Franco.
Mas nem sempre os braços estão em condições de carregar a criança. Permanecer na mesma posição por muito tempo traz cansaço e indisposição, principalmente quando o bebê começa a ganhar mais peso. Com isso, o transporte no colo, muitas vezes, é substituído pelo carrinho (uma troca que, em termos emocionais, prejudica a relação).
Para evitar que isso aconteça, uma boa alternativa são as chamadas sling-baby, faixa de tecidos que podem ser amarradas junto ao corpo da mãe, encaixando o bebê. "Trata-se de uma espécie de rede portátil, muito prática para trajetos curtos e para carregar o bebê, deixando os braços livres", explica Regina Célia.
Práticas e populares, as slings precisam, entretanto, serem usadas da forma correta para não causar desconforto para a mãe e não prejudicar o bebê. Um aviso divulgado recentemente por uma comissão do governo norte-americana, a Consumer Product Safety Comission, ressalta a necessidade de os pais tomarem cuidados especiais no uso dos slings, pois eles podem causar sérios riscos aos bebês, principalmente relacionados ao sufocamento.
A comissão disse ter identificado nas últimas duas décadas, 14 mortes provocadas pelo mau uso do produto. Sendo que 3 delas aconteceram em 2009, e 12 envolveram bebês menores de 4 meses de idade. A seguir, o fisioterapeuta Oldack Borges Barros, presidente da Sociedade Brasileira de RPG, dá dicas de uso das sling-baby e também alguns conselhos para encontrar um modelo ideal e seguro para você e para o seu bebê.

Articulações do bebê
O bebê permanece acomodado como se estivesse numa rede, com mobilidade das articulações. Isso é bom porque fortalece as estruturas e permite os movimentos mais livres do que se ele estivesse, simplesmente, no colo da mãe.
Amamentação mais discreta
Dependendo da forma como você acomoda o bebê, há como tirar o seio para amamentar de maneira bastante discreta. Seu filho mama com conforto e você não passa por nenhum constrangimento.
Trajetos curtos
Em caminhadas de um quarteirão ou dois, a faixa de tecido é mais prática do que o carrinho (que dá trabalho na hora de atravessar a rua e pode empacar nas calçadas e nas guias). Além disso, você enxerga o bebê enquanto anda e pode agir rapidamente caso note algum problema, evitando crises de choro.
Modelo com espuma
A escolha da faixa ideal é muito importante. Os tecidos mais resistentes, em geral, são ásperos e machucam a pele sensível da criança. A saída, para não por a segurança do bebê em risco, é escolher um modelo de lona, com uma base de espuma e revestimento de algodão, que é mais agradável ao toque.
Acomodando a criança
Justamente para aumentar o vínculo com o bebê, o ideal é que ele seja amarrado à sua frente (e não nas costas). Como no sling a criança fica em posição curva, dobrando o queixo em direção ao peito, a mãe precisa mantê-la na posição correta: queixo virado para cima, rosto bem visível com boca e nariz livres. Assim, evitará o risco de sufocamento ou de não ouvir o choro da criança. Os braços e pernas devem ficar livres para que ele possa se movimentar à vontade. O importante é que o tronco (da cintura até o pescoço) permaneça bem apoiado.
Ande devagar
O conselho não vale apenas para a sua segurança e do bebê (afinal, com o bebê atado à cintura, sua visão fica prejudicada). É importante andar devagar para que seu filho na enjoe com o balanço exagerado da caminhada. Também não use sandálias ou salto nestas ocasiões: o ideal são os sapatos com solado de borracha e bem confortáveis, de preferência sem nenhum tipo de cadarço ou amarração. Se os seus cabelos forem compridos, prenda para que não incomodem o rosto do bebê. Procure olhar atenciosamente por onde você se move, pois um tropeço poderá provocar uma queda da criança, ocasionando fraturas.
Contraindicações
- Especialistas recomendam que bebês com menos de quatro meses de idade não sejam carregados no sling, já que nos primeiros meses, a criança não consegue controlar a cabeça, por causa da fraqueza dos músculos e do pescoço. O tecido, então, se torna uma ameaça, pois pode apertar o nariz ou a boca do bebê, que não conseguirá chorar por socorro, provocando sufocamento.
- Com relação à saúde da mãe, o sling deve ser utilizado somente se o peso do bebê não ultrapassar em 10% o peso da mãe. Do contrário, a mãe força demais a coluna e poderá sofrer com dores e prejuízos na postura?, conforme ensina o fisioterapeuta Oldack Borges Barros, presidente da Sociedade Brasileira de RPG.
- O ideal é que a família esteja atenta as características do bebê para identificar se ela poderá fazer uso do sling. Crianças muito agitadas, por exemplo, podem não se adaptar e causar problemas. Bebês prematuros, com baixo peso ou com problemas respiratórios exigem cuidado redobrado na hora de serem carregados nas sling-babys.
- Com relação à saúde da mãe, o sling deve ser utilizado somente se o peso do bebê não ultrapassar em 10% o peso da mãe. Do contrário, a mãe força demais a coluna e poderá sofrer com dores e prejuízos na postura?, conforme ensina o fisioterapeuta Oldack Borges Barros, presidente da Sociedade Brasileira de RPG.
- O ideal é que a família esteja atenta as características do bebê para identificar se ela poderá fazer uso do sling. Crianças muito agitadas, por exemplo, podem não se adaptar e causar problemas. Bebês prematuros, com baixo peso ou com problemas respiratórios exigem cuidado redobrado na hora de serem carregados nas sling-babys.
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