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quarta-feira, 20 de abril de 2011

Nuvem e backup: o casamento perfeito.

Nuvem e backup: o casamento perfeito.


Computação em nuvem há muito deixou de ser tendência para se tornar realidade. Contudo, boa parcela de usuários ainda é cética em colocar todos os seus dados na web. Emails, agenda, calendário, num primeiro passo, e, depois, documentos, fotos e até música.

Nem sempre o problema é a necessidade de conexão permanente. Os mais receosos alegam que deixam de se sentir “donos” de suas informações quando as colocam na web. Faz sentido; certos serviços gratuitos de email afirmam, ao propor os termos de uso, que os dados passam a pertencer à ela.

Mesmo assim, a computação em nuvem faz parte da nova cultura digital: anda de mãos dadas com a mobilidade, sendo assim, irreversível. As vantagens justificam sua adesão: acesso às informações de qualquer máquina, a qualquer hora e em qualquer local. E, para as empresas, economia de milhões com licenças de softwares, atualizações de sistema e trocas de hardware.

Resta saber escolher os melhores serviços, as empresas mais confiáveis e, por fim, ter uma rotina espartana de backups para não ficar à míngua quando o pior acontece. Sim, pois o pior acontece mesmo, até no serviço de gigantes consolidados, como Google, Yahoo ou Microsoft.

Seguro morreu de velho: backup ainda é a melhor arma para não ser pego com as calças na mão. Só quem já passou por um desastre digital dá valor a uma rotina de segurança. Mas, na era da nuvem, ela ganhou novas nuances.

A seguir, algumas dicas para manter-se sempre prevenido:

1. Emails para sempre

O protocolo IMAP derrubou o POP, evitando o mero download de mensagens em uma só máquina. O email tornou-se verdadeiramente ubíquo: uniu a onipresença do webmail ao conforto de um software local.
O Gmail arraigou muitos fãs desde seu nascimento, graças à versatilidade, praticidade e a gama de ferramentas agregadas. Graças à isso, e ao fato do Google dificultar um pouquinho o uso do serviço fora de seu ambiente (adeus, links patrocinados), muitos passaram a utilizar apenas o acesso web.
Só que, recentemente, uma pane no Gmail deixou essa gente toda apavorada. O que aconteceria se, de repente, ao começar seu dia de trabalho, notasse que todos os seus emails tinham sumido? A empresa alega que apenas 0,05% dos usuários foram afetados, e que depois de algum tempo, tudo voltou ao normal. Ok, mas insisto: e se você estivesse entre os 0,05%?

É preciso ter um plano B para casos assim. Um bom aliado é o MailStore Home, uma ferramenta gratuita de arquivamento de mensagens, que funciona com inúmeros serviços além do Gmail, tanto web quanto desktop, como Windows Mail, Exchange, Thunderbird, Yahoo! Mail e Hotmail. No caso de serviços de webmail, é só entrar com login e senha e ele cuida do resto, arquivando todo seu conteúdo (exceto lixeira e spam). Também dá para refinar o processo, escolhendo labels, mensagens de certo remetente ou de um período de tempo. Depois do backup completo (o que pode demorar um pouco, dependendo da sua conexão e da quantidade de mensagens armazenadas), você pode usar o aplicativo do MailStore no PC para fazer buscas no conteúdo offline — o backup fica todo no seu disco local. E, se um dia sua conta de email sumir, é só mandar restaurar.

Mas vale uma dica extra: como discos locais também não são perfeitos, um backup extra em outro lugar é mais do que recomendado.

Para quem usa a suíte de escritório na nuvem Google Docs, a dica é o GDocBackup. Freeware e opensource, funciona em Windows ou Linux.

2. Armazenamento na nuvem x Sincronismo na nuvem

Não me sinto segura em simplesmente armazenar as coisas na nuvem, e sim, sincronizar com ela. Por exemplo, para quem usa Outlook, vale assinar um serviço Exchange. Suas coisas ficam acessíveis tanto na nuvem, online, como na sua própria máquina, offline. Inclusive dispositivos móveis. Outro bom exemplo: o Evernote, para armazenamento de anotações, textos, fotos, áudio, PDF e documentos de suítes Office, com bom sistema de busca e OCR. Tem versões gratuita e paga.

Quem usa Mac OS, iPhone e iPad, tem no MobileMe um excelente aliado: contatos, calendário, emails e disco virtual (iDisk) para guardar arquivos ficam na nuvem e em todos os seus dispositivos Apple simultaneamente.

Outros serviços de armazenamento virtual de arquivos como SugarSync e Dropbox também são boas pedidas.

3. Backup

Faço backups da minha máquina de trabalho semanalmente. O Mac OS tem um sistema próprio chamado Time Machine, simples e intuitivo. Mas para usuários de Windows ou Linux, uma solução semelhante é comprar um daqueles HDs que já vem com sistemas de backup pré-instalados. Não precisa ser expert, basta plugá-los no PC que eles cuidam do resto. Há dezenas de modelos no mercado, de praticamente todas as marcas.
Mas há algumas regras importantes:
  • Além dos backups físicos, locais (em HDs externos), use também um bom serviço de backup na nuvem. Para quem não é ninja em informática, 2 boas opções são o Dropbox e o S3, da Amazon;
  • Nunca leve HD de backup com você no dia-a-dia;
  • Utilize 2 HDs de backup para cada máquina. E, o mais importante: guarde-os em lugares diferentes e bem longe um do outro. Por exemplo, um em casa e outro no escritório. Profissionais de TI do World Trade Center de Nova York ou das cidades japonesas arrasadas pelo recente sabem do que estou falando.




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