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domingo, 24 de abril de 2011

Romance Ideal Versus Romance Real.

Romance ideal versus romance real.


Desde cedo, quando ainda somos crianças, somos estimulados a imaginar como será nossa vida futura. Teremos uma profissão tal, moraremos num lugar tal, nos casaremos, teremos filhos... Sobre os dois últimos, as meninas, em especial, são convidadas a pensar ainda nas primeiras brincadeiras. Meninas ganham bonecas, que são sentidas como verdadeiras filhas, brincam de ter uma família e um marido. Quando imaginam um marido, ele geralmente é idealizado e tem todas as características de um príncipe encantado de contos de fadas: é extremamente belo, muito gentil, bastante educado e, é claro, apaixonado pela donzela. Embora os meninos também brinquem de ter esposa e filhos, isso não me parece surgir com tanta força nas brincadeiras como com as meninas. Mais tarde um pouco, no entanto, já na pré-adolescência, começam a imaginar a mulher de seus sonhos: muito bela, dona de um corpo escultural e muito atenciosa.


Conforme crescemos, o que antes era brincadeira começa a se tornar realidade. Adultos, começamos a busca por nossas almas gêmeas, desejosos de termos um relacionamento sério com alguém. As características do tão sonhado príncipe encantado ou da princesa se transformam, e formamos uma ideia do par que desejamos ter. Começamos, então, a procurar um amor do jeito que imaginamos. É justamente aí que muitos encontram problemas. Deixe-me explicar por quê.


Quando imaginamos a pessoa que desejamos, estamos criando, em nossa imaginação, alguém que reúne determinadas características que admiramos. Criamos, assim, um “personagem” que não existe senão em nossas mentes. Isso porque este é um alguém ideal, e não uma pessoa de carne e osso, com imperfeições, como qualquer ser humano. Quando perseguimos esse ideal com afinco, acabamos nos decepcionando repetidas vezes, já que o que encontramos em nossa frente é sempre muito diferente do que pensamos.


Creio que esta seja uma dificuldade da qual muitos dos usuários do site sequer se dão conta que lhes acontece. Ela acaba gerando uma sucessão de frustrações sem que as pessoas entendam as razões para o insucesso. O que ocorre muitas vezes é o seguinte: ao procurar uma pessoa para um relacionamento sério, pode-se estabelecer uma série de atributos desejados no outro. Um usuário pode, por exemplo, buscar uma mulher que tenha idade entre 35 e 45 anos, que seja solteira, não fumante, que pratique esportes, tenha curso superior, que tenha altura até 1,70 e que goste de sair para restaurantes e boates. Qualquer um pode, portanto, ser bastante específico em suas preferências. Ao fazer isso, a pessoa está estabelecendo seu ideal de companheiro(a). É preciso, no entanto, ter a consciência disso, e ter a clareza de que uma coisa é o ideal e outra, às vezes bastante diferente, é a pessoa real. É importante ter em mente que, mesmo que o outro tenha exatamente as características buscadas, ele será diferente daquilo que você imaginou. Isso porque você não tem como saber precisamente como é alguém que você nunca viu.


O que fazer, então, quando você for procurar um amor? Em primeiro lugar, tenha cuidado com os seus ideais. É importante pensar se eles são atingíveis, ou seja, se você está imaginando alguém que tenha características que existem na realidade, ou se está em busca do príncipe ou princesa perfeitos dos contos de fadas.


Segundo, creio ser essencial não deixar que as preferências se transformem em uma armadilha que limite demais a busca. Posso, por exemplo, desejar ter um relacionamento sério com um homem com idade entre 35 e 40 anos. Mas será que não posso ter afinidade com aqueles que têm 41, 42, 33, 34? Um homem pode querer conhecer uma loira. Mas será que não há muitas morenas que poderiam ser consideradas por ele mesmo seu verdadeiro amor? Minha sugestão, então, é que as características desejadas no outro sejam sempre repensadas e relativizadas. Se elas não forem absolutamente imprescindíveis, por que não estar aberto a pessoas um pouco diferentes da que você imaginou?


É importante ter clareza de que o romance ideal é ideal exatamente porque ele não existe. Assim sendo, é preciso buscar o romance real, pois esse sim pode existir. O fato de as coisas às vezes saírem muito diferentes do que imaginamos não necessariamente é ruim. Podemos buscar o príncipe e nos apaixonarmos pelo ogro. Podemos nos surpreender ao ver que o ogro no fundo é um príncipe.

Dra. Mariana Santiago de Matos
Psicóloga.





sexta-feira, 22 de abril de 2011

Como consertar o que falaram sobre você na internet.

Como consertar o que falaram sobre você na internet.

Empresas especializadas em apagar informações pessoais da rede são cada vez mais requisitadas.


Assim como nossa vida social, ataques de consumismo e desventuras amorosas acontecem cada vez mais na internet e acabamos deixando para trás, propositalmente ou não, um arsenal crescente de informações pessoais. Com isso, marketeiros, empregadores, pretendentes e até perseguidores e ladrões estão juntando os pedacinhos do mosaico de nossas vidas e, mesmo quando bastante acurado, pode ser que o resultado não seja tão agradável.

Bisbilhoteiros com mais tempo disponível para navegar na rede conseguem encontrar evidências de suas tendências políticas, desafios de saúde, problemas no trabalho e micos em festas em comentários postados em blogs ou no Facebook - informações que poderiam atrapalhar suas chances de ser aceito em uma instituição de ensino, de conseguir ou manter seu emprego ou mesmo de conquistar um pretendente. Muitos especialistas em privacidade temem que empresas usem dados deste tipo contra seus usuários, talvez para negar uma cobertura de seguro ou aplicar uma taxa de juros mais alta em um empréstimo.


Vida exposta ao mundo

“O acúmulo de dados pessoais online está criando o cenário para um Wikileaks de nossas vidas”, disse Michael Fertik, CEO da Reputation.com, antiga ReputationDefender, empresa que cobra para gerenciar informações e imagens online. “A coletânea valiosa de dados pessoais sobre cada um de nós está crescendo a níveis nunca esperados, e o vazamento de grande parte destes dados pode ser algo devastador no âmbito pessoal”, disse ele.

Se quisermos gerenciar nossa privacidade, é óbvio que o primeiro lugar para começar é nos motores de busca online, como o Google, o Bing e o Yahoo, exatamente onde as outras pessoas provavelmente irão checar sua vida. Digite palavras chave de seu nome, endereço, telefone e outros dados identificadores e veja o que acontece.


Não interrompa a busca depois de surgirem as primeiras páginas de resultados. Mesmo sendo as mais influentes, os micos e detalhes esquecidos podem acabar aparecendo na página seis ou mesmo depois. A advertência é do consultor Andy Beal, um dos autores de “Radically Transparent” (Radicalmente transparente, em tradução livre), livro sobre o monitoramento e gestão online de reputação, que alega já ter ajudado muita gente a remover informações da rede.

Procure também por contas que algum dia você abriu e não usa mais, principalmente em redes sociais ou sites de relacionamentos, onde você deve ter fornecido quantidade relevante de informações pessoais. Não somente seus detalhes podem ser desenterrados, como fez o blog Mashable ao postar supostas informações sobre os relacionamentos online de Julian Assange, fundador do Wikileaks, como o site para quem você confiou suas informações poderia alterar suas práticas de privacidade ou ainda ser adquirido por alguma empresa com políticas diferentes. Se você está aterrorizado por este trabalho de pesquisa, existem empresas ávidas a trabalhar em seu favor. A americana Abine cobra uma taxa anual de 99 dólares para fornecer relatórios trimestrais detalhando suas informações pessoais disponíveis na internet.

“As seis principais bases de dados online nos Estados Unidos - 123people.com, MyLife.com, Spokeo, US Search, WhitePages and PeopleFinder.com – têm um dossiê sobre minha vida. Todas elas têm meu endereço residencial, o que não me surpreende, e três delas enumeram alguns de meus familiares. A Abine também conseguiu encontrar uma engraçada discussão inflamada que postei em um fórum de assistência técnica alguns anos atrás. Por outro lado, não tinha muita coisa interessante. Aparentemente, venho mantendo um excelente controle de minha imagem online e as pessoas gostam de mim”, foi o que disse Sarah Paradisi, funcionária da Abine que compilou seu próprio relatório.

Como fazer?

A parte mais complicada do processo é mascarar as informações. Geralmente é possível removê-las por conta própria, embora a empreitada provavelmente consuma bastante tempo. Primeiramente, apague das redes sociais, como o Facebook, qualquer dado que alguém poderia usar para roubar sua identidade, como sua data de nascimento completa ou endereço de sua casa. Outros detalhes podem ser ocultados através de opções de segurança que os disponibilizam somente para amigos. Também remova ou desative contas em redes sociais que você já não acessa mais.

Se quiser remover informações sobre você postadas por terceiros, você vai ter de entrar em contato diretamente com essas pessoas. Um amigo no Facebook pode concordar em deletar aquela sua foto suspeita. Mas pode ser complicado contratar uma corretora de dados online - empresa que compra informações de bases de dados para revendê-las a outras empresas que as compilam - para remover o conteúdo, principalmente se o mesmo for verídico e legal. Andy Beal diz que pedir com jeitinho, explicando a razão, geralmente funciona.


“Talvez você tenha de esperar até 30 dias para ter as informações removidas. E eles não garantem que elas serão retiradas para sempre. É um problema bastante complicado”, adverte Amber N. Yoo, porta-voz da Privacy Rights Clearinghouse, que tem uma lista de 140 corretores. “As informações removidas devem desaparecer dos motores de busca dentro de algumas semanas. Se isto não acontecer, envie uma solicitação diretamente para estas empresas para que as mesmas sejam removidas.

O Google fornece instruções, mas sem a ação do proprietário do site, o motor de busca raramente remove conteúdo que não seja ilegal. Tudo isso pode se transformar em uma grande dor de cabeça. Uma amiga que teve de lidar com um perseguidor passou duas semanas tentando remover seu endereço pessoal de quatro sites e motores de busca.” Os sites cooperaram, mas ela conta que “ainda existe minha presença fantasma no Google”, mesmo depois dela enviar diversas solicitações para ter as informações removidas.


O Google informou que seu motor de busca refletiu o conteúdo que estava disponível na internet. De fato, aparentemente, seu endereço não foi completamente eliminado de um dos sites. Ela acabou desistindo depois de encontrar o histórico de todos os seus endereços em um site de busca de pessoas que cobrava dois dólares pela informação. Ela diz que aí ficou claro que todo aquele esforço de sua parte foi em vão. Muitos sites, dentre eles o Google e algumas agências de notícias, fazem parte do segmento de informações e podem não se dispor a removê-las, principalmente se elas são verídicas.

Se os mesmos não tomarem uma atitude, especialistas sugerem criar mais conteúdos favoráveis sobre você, como um perfil no LinkedIn ou um blog pessoal, para rebaixar os desfavoráveis para a terceira ou quarta tela de resultados de busca, onde poucas pessoas se preocupam em olhar. Se o conteúdo for difamatório – seja ele falso ou prejudicial – ou ainda ilegal, Beal recomenda contratar um advogado.


O preço de sair da internet


Empresas especializadas podem ajudar os consumidores a lidar com problemas deste tipo. A mais conhecida delas nos é a Reputation.com, que cobra uma taxa anual de 99 dólares pelo serviço MyPrivacy, que identifica, remove e mantém sua informação fora da rede e de bases de dados comerciais. O serviço também dispõe de tecnologia para interromper o rastreamento e coleta de dados através de cookies, o que pode ajudar a evitar a saída de mais informações.

A Abine, que também dispõe de um aplicativo anti-cookies, comercializa um serviço sob medida chamado DeleteMe, para remover partes específicas de conteúdo online. A retirada de informações de consumidores de 16 das principais bases de dados sai por 75 dólares, por exemplo, enquanto que a remoção de resultados específicos de motores de busca, vídeos do YouTube e conteúdo da Web, custa entre 10 e 50 dólares por entrada.

“Muito pouca gente se importaria em sair por aí a procura destas informações. A dificuldade é proposital, principalmente para quem tem um emprego em período integral e outras coisas pra fazer”, disse Eugene Kuznettsov, presidente da Abine. E é justamente com isso que os bisbilhoteiros de plantão estão contando.






O que as redes sociais revelam sobre você?

O que as redes sociais revelam sobre você?

Pesquisa mostra que os internautas exibem perfis verdadeiros na web.


Foi-se o tempo em que apenas as melhores fotos e situações eram publicadas nas páginas da internet. Uma pesquisa recente feita pela Universidade do Texas, nos Estados Unidos, comprovou que os internautas estão revelando a verdade, ou seja, postando coisas boas e ruins sobre suas vidas, em redes sociais como o Facebook.


Segundo o estudo encabeçado pelo psicólogo Sam Gosling, especialista em comportamento humano e autor do livro “Psiu, dê uma espiadinha!” (Editora Campus) , as pessoas não estão se mostrando de maneira parcial na web. “Fiquei impressionado com o resultado, já que o consenso estabelecido é de que as pessoas usam seus perfis para promover uma impressão melhor de si mesmas. O estudo comprovou o contrário: elas realmente mostram aspectos reais de suas personalidades”, diz.

Gosling e uma equipe de pesquisadores coletaram informações de 236 perfis de jovens dos Estados Unidos e da Alemanha. E aplicaram questionários para avaliar o perfil dos usuários, as características reais de suas personalidades e os traços ideais, o modo como gostariam de ser vistos pelos outros. O resultado mostrou que havia uma grande compatibilidade entre o que estava na rede e as características verdadeiras das pessoas.

Gosling concluiu que expressar a personalidade real na web tem duas vantagens. “Primeiramente, permite que o proprietário do perfil satisfaça uma necessidade básica de se revelar e ser percebido pelo outro. Em segundo, gera uma confiança no sistema de redes sociais como um todo”, diz.

Para Gerson Rolim, diretor-executivo da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, entidade que promove a segurança dos negócios eletrônicos nacionais, a tendência evidencia a maturidade da rede. “As pessoas estão percebendo que a internet é uma extensão da vida real e que o perfil offline é o mesmo do online”, acredita o especialista. Rolim ainda afirma que o Twitter é um dos grandes responsáveis por esse novo comportamento do internauta.


“Redes sociais instantâneas com certeza incentivam as pessoas a se revelarem como são”, diz Rolim. Entretanto, o diretor ressalta que é necessário prestar atenção com o que se posta em redes sociais. “O internauta tem que ter claro que a mensagem que escreve ecoa para os diversos seguidores ou amigos que tem”, diz. E, cá entre nós, nem todos amigos são tão íntimos assim.

E deixa a dica: “Bom senso, tanto online quanto offline, é fundamental para se levar uma vida social saudável”, diz. “Se você está escrevendo uma informação que te deixa minimamente desconfortável, pare antes de postá-la. O desconforto significa que ela não deve ser divulgada ali”, conclui.


Espaço público


Apesar de todo o sucesso das redes sociais e dos benefícios da web, existem consequências em revelar detalhes de sua vida pessoal na rede. “Internet é espaço público e tudo o que a pessoa publica tem uma propagação muito maior do que na vida real”, diz Luciana Rufu, psicóloga do Núcleo de Pesquisas em Psicologia e Informática da PUC – SP (NPPI), especializada em dependência em internet.

Para a especialista, o internauta não tem controle sobre a propagação de um comentário ou foto que divulgou. “O problema é que se você publica uma foto, não tem depois como parar a sua propagação”, diz.
A psicóloga Ivelise Fortim, também especialista em vício em internet e membro do NPPI, acredita que tendência de se revelar muito na web também é prejudicial porque a pessoa pode não aguentar o excesso de exposição e as críticas dos outros. “Tem muita gente que não está preparada para suportar a repercussão de ter sua vida comentada na web”, finaliza.







 

A obrigação de ser a pessoa mais feliz do mundo.

A obrigação de ser a pessoa mais feliz do mundo.

Carnaval é tempo de se mostrar e esbanjar alegria, certo? Nem sempre. Não há nada de errado em optar por se recolher no feriado


Se a Rainha Má da história de Branca de Neve vivesse nos dias de hoje, talvez sua pergunta para o espelho fosse um pouquinho diferente: “Espelho, espelho meu, diga-me se há no mundo pessoa mais feliz do eu”. A felicidade virou quase uma competição: quem está mais animado para as festas, quem se divertiu mais no feriado, quem aparece em mais viagens nos álbuns das redes sociais.

O Carnaval é bastante emblemático neste ponto. Os artistas aparecem sempre sorrindo e cheios de projetos para o futuro. Os festeiros que não têm espaço nos concorridos camarotes dos desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro e de São Paulo vão para alguma cidade muito famosa por suas baladas intermináveis.

Com todo este cenário de glamour que a festa inspira, é de se imaginar o que acontece com as pessoas não têm nenhuma viagem marcada e nem eventos para comparecer. Será que todo mundo está se divertindo mais do que você?

Pseudolazer

Não necessariamente. “Há muito apelo para o consumo de bens e para um pseudolazer. Mas a atividade que estou fazendo no meu momento de lazer realmente me dá prazer? É uma pergunta fundamental que todos precisam se fazer. Se alguém vai a uma viagem ou a um evento por obrigação, é preciso parar e pensar se realmente deve continuar assim”, alerta Marlise A. Bassani, professora de psicologia ambiental do programa de estudos pós-graduados em psicologia clínica e do curso de psicologia da Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde da PUC de São Paulo.

É preciso aceitar que nem todos precisam expor suas conquistas para serem felizes.“Se uma pessoa não gosta de folia, de bagunça pode ficar bem sozinha lendo um livro ou ouvindo uma música. Se ela está fazendo algo que dê prazer e se foi uma escolha, não tem por que se sentir infeliz vendo as outras pessoas festejando”, afirma a psicóloga e psicoterapeuta Mariah Bressani.

É muito importante que o indivíduo se conheça de verdade. De acordo com Mariah, se perguntarmos para cada um quais são as coisas que realmente importam na sua vida, poucos vão saber responder com sinceridade. A professora Marlise completa: “estamos em constante evolução e crescimento. As pessoas precisam entender que as diferentes fases da vida podem nos apresentam hábitos e perspectivas novas”.

Exposição e redes sociais

Pessoas competem para ver quem tem mais amigos nas redes sociais, postam fotos e mais fotos de uma viagem simplesmente “M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-A” e jamais ficam um sábado à noite em casa de pijama, assistindo qualquer coisa na televisão. Sempre vai rolar uma festa inesquecível. A impressão é que todos vivem 24 horas por dia numa felicidade profunda.

“O ser humano tem algumas necessidades básicas, entre elas estão a de ser especial e a de pertencer. As duas envolvem relacionamento com outras pessoas. O olhar do outro tem muito importância. As redes sociais são uma conseqüência destas vontades dos indivíduos”, analisa Mariah.


Mas todos devem tomar muito cuidado com o que expõem sobre si, lembra Marlise. “Não tem como ter certeza que a informação divulgada hoje não irá causar um constrangimento no futuro”.
Os sites de relacionamento permitem que todos criem um estilo de vida que consideram o melhor e o mais bacana. “Na rede social você quer ser conhecido, quer ser visto.

Só que nem sempre como você realmente é. Muitas vezes as pessoas não querem ser vistas como alguém que passa por momentos de tristeza. É como se fosse um personagem. Pode ser uma maneira de pertencer a um determinado grupo”, diz Marlise.


Um dos problemas que interpretar um personagem pode trazer é a obrigação de ter que desempenhá-lo o tempo inteiro. “Mostrar-se sempre bem e feliz acaba sendo obrigatório. Se todos do grupo estão bem e você não, certamente você vai achar que tem algo de errado com a sua vida. Mas as coisas não são tão simples. Todos nós temos momentos de tristeza e decepções”.







Como proteger seu filho na internet.

Como proteger seu filho na internet.

4 a cada 10 pais acreditam saber tudo que seus filhos fazem na web, mas 62% das crianças já passaram por "experiências negativas".


As crianças brasileiras são campeãs mundiais de tempo passado online: elas ficam, em média, 18,3 horas por semana conectadas à internet. A média mundial é de 11,4 horas por semana - 10% a mais do que no ano passado, quando a média era 9,17 horas semanais. Este e outros dados interessantes sobre a relação das crianças com a web - e o papel dos pais nesta equação - foram divulgados ontem em um relatório de uma empresa de segurança online.


De acordo com o Norton Online Family Report, realizado com mais de 9.800 pessoas em 14 países - entre eles Alemanha, Brasil, China, Estados Unidos, França, Índia, Itália, Japão e Reino Unido - 4 a cada 10 pais afirmam que sempre sabem o que seus filhos estão fazendo online. Um número surpreendentemente alto diante da quantidade de crianças que afirmam ter "experiências negativas" na web: 62% das entrevistadas. Será que os pais realmente monitoram seus filhos? "É possível que eles monitorem o computador de casa, mas muitas vezes as crianças acessam de locais públicos", alerta a advogada Marcela Macedo, do escritório especializado em direito digital PPP Advogados e coordenadora do Movimento Criança Mais Segura na Internet.

52% dos pais admitiram que estão conscientes das atividades internéticas das crianças somente "algumas vezes". Só 5% dos pais confessaram não ter a menor ideia do que os filhos fazem online. Mas, para as crianças, 20% dos pais não sabem de suas atividades e paradeiros virtuais.

E, afinal, o que as crianças fazem online?

Segundo as respostas delas mesmas, 83% jogam, 73% navegam pela internet, 71% fazem tarefas escolares e 67% conversam com os amigos.
Seis a cada 10 pais se preocupam com a possibilidade de seus filhos ficarem expostos a conteúdos indecentes. Eles temem, ainda, que as crianças forneçam informações pessoais demais. Uma preocupação que, para Marcela, tem muita razão de ser. "A criança pode não publicar o endereço da escola onde estuda, mas posta, por exemplo, uma foto com a camiseta do uniforme. Ela não tem experiência suficiente para filtrar aquilo que ela publica, ou para entender o risco que estas informações podem trazer", diz ela.

Experiências negativas

Na pesquisa mundial, 62% das crianças disseram ter tido experiências negativas online. 41% delas relataram ter sido convidadas a fazer parte de redes sociais por pessoas que não conheciam. 33% baixaram vírus. 25% viram imagens violentas ou de nudez e 10% foram convidadas por pessoas desconhecidas a se encontrar com elas na vida real.

As crianças reagem a estas experiências negativas de maneiras diferentes. Mais de um terço delas sentem raiva, frustração, medo e preocupação depois das experiências. Um quinto sentem-se envergonhadas, pois acreditam que a culpa pela experiência é delas.

"É fundamental que as crianças saibam que seus pais vão ouvi-las e ajudá-las a corrigir as coisas", recomenda Marian Merritt, Conselheira de Segurança na Internet da Norton, no relatório. Marcela concorda e revela a palavra-chave para que os filhos naveguem com segurança: participação.


"Os pais precisam participar da vida digital dos filhos, para evitar ao maximo que as coisas ruins cheguem às crianças. O que eles acharem necessário para a segurança dos filhos, devem fazer", recomenda. É importante lembrar que os pais também devem conhecer a rede: "Não há como orientar sem conhecer", finaliza.


Dicas práticas para monitorar o uso da internet por seu filho


- De tempos em tempos, pesquise os nomes da criança em um sistema de busca, para ver o que aparece.
- Dependendo da idade de seu filho, vale ter as senhas de emails, programas de mensagens instantâneas e redes sociais das quais eles participam. Você pode criar os perfis junto a ele.

- Navegue junto à criança e estabeleça horários para o uso do computador em casa.
- Instale um bloqueador de endereços impróprios.

- Navegue sozinho, participe das redes sociais em que seus filhos se encontram, tenha perfis de programas de mensagens instantâneas. É preciso conhecer para ensinar.

- Deixe o computador de casa em um lugar de passagem, como numa mesa no corredor ou na sala.







Crianças na internet: cuidados básicos.

Crianças na internet: cuidados básicos.

Levantamento aponta que 14% dos internautas têm entre 2 e 11 anos. Especialistas orientam os pais sobre cuidados.


Segundo um levantamento do Ibope Nielsen, encomendado pelo jornal Valor Econômico, e divulgado no início deste mês, 14% dos internautas que acessaram a internet no Brasil em dezembro eram crianças entre 2 e 11 anos. Em números absolutos, a porcentagem representa 4 milhões de internautas mirins. Há 10 anos, as crianças representavam 6% dos internautas que acessavam a internet.


A pesquisa levantou outros dados interessantes: mais da metade destas crianças acessaram ao menos uma loja virtual ao navegar, 15% das visitas a sites de jogos são feitos por crianças e elas representam 10% das visitas ao popular site de relacionamento Orkut.


O acesso livre à internet nesta idade preocupa os pais - e não sem razão. A rede deixa as crianças expostas a crimes que vão de uma simples fraude à pedofilia. Isso sem contar que o excesso de tempo passado em frente ao computador tira a criança de outras atividades recomendáveis, como brincar com colegas, exercitar-se ou conviver com a família.

Sueli Caramello Uliano, pedagoga e Mestra em Letras pela Universidade de São Paulo, é Presidente do Conselho da ONG Família Viva - e também mãe de família. Para ela, o primeiro problema da internet é o vício. "O tempo passa enquanto estamos navegando e nem nos damos conta. Qualquer pessoa, criança ou adulto, corre o risco de não conseguir desligar-se do computador", diz.


Para escapar desta cilada, a palavra-chave é disciplina. Em termos práticos, isso significa estabelecer um horário para uso da internet e respeitá-lo, além de instalar filtros de segurança para limitar o acesso a sites impróprios. "Também é prudente ter o computador num local de circulação e não dentro do quarto, onde uma criança ou um adolescente podem acessar sites inconvenientes e perigosos", recomenda.


Há quem defenda atitudes mais radicais, como Valdemar Setzer, professor titular do Departamento de Ciências da Computação no Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo, que acredita que o uso de computadores por crianças menores de 16 ou 17 anos é um "crime contra a infância". Em artigo citado em seu website, ele declara: "Senhores e senhoras, internet não é para crianças e jovens.


 Ela exige uma maturidade fantástica, pois senão o seu usuario vai perder uma enormidade de tempo navegando indisciplinadamente (...) por águas muitas vezes sujas e que não levam a lugar nenhum".
Por outro lado, a rede é uma poderosa ferramenta de comunicação, pesquisa e está cada vez mais presente no dia a dia. "A internet aproxima as pessoas e permite amizades à distância", pontua Sueli. O ideal é sempre supervisionar o acesso da criança à rede.








Perfis infantis criados pelas mães invadem as redes sociais.

Perfis infantis criados pelas mães invadem as redes sociais.

Eles mal sabem falar, mas já têm conta no Orkut e no Facebook controlada pelos pais. Até que ponto isto é saudável?


No Brasil, 86% dos usuários ativos de internet usam algum tipo de rede social e passam cerca de 5 horas diárias navegando por elas. Não é surpresa encontrar, neste meio, pais e mães que vão além da busca por conselhos para a difícil tarefa de criar e educar uma criança. Muitos querem, simplesmente, contar as histórias de seus filhos ou mostrá-los para o mundo – como as mães que, no mundo real, carregam orgulhosas uma foto da cria na carteira.

A idade mínima de 18 anos exigida para o cadastro em redes sociais não impediu o boom de perfis de bebês na rede. Eles não sabem sequer falar. Mas, por obra dos pais, já “postam” detalhes de sua rotina em blogs, fazem declarações de amor para a família pelo Orkut e Facebook e conversam com amiguinhos da mesma geração pelo Twitter. Comunidades como a “Sou um bebê muito lindo!”, do Orkut, com cerca de 2750 usuários – a maioria com menos de um ano –, provam que os novos pais buscam maneiras de registrar e dividir a vida de seus filhos com quem quiser ver. Mas isso é saudável?

A entrada precoce nos meios virtuais pode significar a exposição do bebê a um universo absolutamente adulto – e, em alguns casos, até perigoso. Para a psicóloga Luciana Ruffo, membro do Núcleo de Pesquisa da Psicologia em Informática da PUC-SP, é preciso entender os limites entre a brincadeira e a superexposição. “O que você contaria sobre seu filho para uma pessoa na rua? Com certeza não seria tudo. Na internet é a mesma coisa: precisa compreender este limite, porque uma vez publicada a informação ficará lá para todo o sempre”, afirma a psicóloga.

Comunicação vs exposição

De acordo com a consultora de etiqueta Ligia Marques, criar perfis falsos nunca será considerada uma atividade louvável. E, se o uso coerente da internet não é tarefa fácil nem para um adulto, imagine então assumir o discurso de uma criança. Mas, se a decisão de criar uma conta em uma rede social qualquer para a criança for tomada assim mesmo, é importante entender o limite entre dividir detalhes corriqueiros e expor a vida de seu filho. Comentar as novas palavras do bebê ou publicar que ele adora beterraba são detalhes corriqueiros – e simpáticos. Descrever seu itinerário, revelar em que bairro vive e postar toneladas de foto são exposição. “A mãe deve ter atenção para postar informações que não excedam o caráter particular e privado de cada pessoa da família. Todo conteúdo deve ser bem avaliado antes de ir para a internet”, recomenda ela.

Karla Cristina Barbosa, de 27 anos, criou um perfil do Orkut para seu filho Ryan, de 3, quando ele tinha apenas 1 ano. “Conheço várias mães que criaram Orkut para seus filhos, até mesmo na minha família. Postamos fotos e participamos de comunidades sobre crianças”, diz. Ela usa a rede para mandar notícias do filho para os parentes e trocar informações com mães internautas como ela. A jovem mãe admite que se preocupa com o fato das fotos estarem desbloqueadas para quem quiser ver, mas não pensa em tirar o perfil do ar.

Para Karla, no futuro, Ryan vai gostar da ideia de ter feito parte da rede desde bebê. “Imagino que ele achará legal ter tido Orkut desde criança, pois vivemos em um mundo onde as pessoas se relacionam através da rede”, conta. A mãe pretende continuar postando como Ryan até que ele aprenda administrar o perfil sozinho – o que não deve demorar muito, já que ele já tem uma ligação muito forte com a internet.

Mas por que dar voz virtual a bebês quando eles ainda mal sabem falar seus nomes? Para a psicóloga Luciana Ruffo, as intenções da maioria das mães que criam estes perfis para seus filhos vão além de manter familiares informados sobre o desenvolvimento dos bebês ou inteirar-se de assuntos relacionados à maternidade. A inserção consiste numa tentativa de integrar desde cedo os pequeninos ao universo virtual e promover diálogos por estas redes, ações muito mais fáceis do que ligar ou visitar um familiar ou amigo.


Por outro lado, as redes sociais também trazem vantagens na conservação da memória. Elas podem guardar um acervo muito maior de registros sobre o crescimento do bebê, com fotos, vídeos e descrições, pronto para ser navegado quando ele já for grandinho. Basta se lembrar que determinadas fotos e informações têm o mesmo potencial de constrangimento, seja em um álbum de papel ou em um acervo virtual. “Mas esta geração é mais tranquila em relação à exposição virtual e participar da rede pode fazê-los sentir-se importantes”, completa Luciana.

Alternativa altruísta

Se uma mãe pretende falar sobre os desafios da vida de seu filho na internet, para inspirar outras mães ou mesmo para trocar ideias sobre maternidade, Ligia Marques recomenda a criação de um blog. A ferramenta permite a troca de ideias entre pessoas com a mesma afinidade, transcendendo a função de vitrine.
Foi o caso da analista de importação e exportação Vivian Regina Peltier, de 27 anos. Ela criou o blog Vencendo com Breno depois de superada a aflição de ver seu filho, prematuro extremo, sofrer complicações pulmonares assim que nasceu.

Vivian quis compartilhar sua história a fim de ajudar mães como ela a superarem problemas similares. E a iniciativa deu certo. “Muitas mães já entraram em contato comigo e sugeriram montar uma ONG para ajudar na orientação de famílias com bebês prematuros.

Quero amadurecer essa ideia, mas ainda passo por muitos contratempos de saúde com o Breno. Publico sempre sobre vacinas que o governo fornece para bebês prematuros extremos, tento ensinar diversos procedimentos de fisioterapia que aprendi nos hospitais e por aí vai”, conta Vivian. A exposição já não a preocupa. “No início pensamos muito nisto, mas conversei muito com meu marido e concluímos que esta exposição seria por uma boa causa”, completa.
Ela espera que Breno, quando maior, se orgulhe do trabalho de seus pais e possa perceber que a luta diária pela sua vida não foi em vão. Um refresco eterno – e um tributo virtual – para a memória.

4 dicas para manter os perfis de seus filhos em segurança

- No Orkut, Facebook ou Twitter, certifique-se de que você conhece todas as pessoas aceitas como contatos, para não correr o risco de estranhos terem acesso a informações sobre sua família.
- Customize o acesso ao seu conteúdo: libere fotos e vídeos apenas para os familiares e amigos próximos. Peça a eles para não espalhar os dados por aí sem sua autorização.
- Cuidado com o tipo de imagem que posta de seu filho: ele pode ficar constrangido no futuro. Existe também o risco de atrair a atenção de pessoas perigosas.
- Para trocar informações e experiências sobre maternidade, blogs são a opção mais recomendável.





quinta-feira, 21 de abril de 2011

Iphones e iPads arquivam dados sobre movimentos dos usuários.


Iphones e iPads arquivam dados sobre movimentos dos usuários.

Iphones 3G e iPads estão rastreando e arquivando detalhes sobre os movimentos de todos os usuários dos aparelhos, segundo dois especialistas na área de segurança.

Os dados são guardados em um arquivo escondido porém não criptografado (ou seja, sem códigos de proteção), afirmam os pesquisadores Alasdair Allan e Pete Warden em artigo no site de tecnologia O'Reilly Radar.

Segundo a dupla, se acoplado ao software apropriado, o arquivo mapeia, com precisão, onde o usuário esteve.
A Apple, fabricante dos aparelhos, não comentou o assunto. Não há indícios de que a companhia esteja baixando ou utilizando as informações.

As revelações, anunciadas pelo jornal britânico The Guardian, surpreenderam muitos usuários, já que não há, nos aparelhos, qualquer indicação visual de que os dados estão sendo coletados.

Entretanto, uma cláusula nos contratos de venda do aparelho informa o comprador sobre a prática. Segundo o documento, dados como códigos postais, número do aparelho, localização, língua e fuso horário onde o produto está sendo usado podem ser coletados para que a Apple possa "compreender melhor o comportamento do usuário e melhorar produtos, serviços e propaganda".

Intenção

Em seu artigo no site O'Reilly Radar, Allan e Warden disseram não saber por que iPhones e iPads estariam coletando as informações, mas acreditam que a coleta seja intencional.

Os especialistas dizem que o dispositivo para registrar os movimentos do usuário foi acresentado à nova versão do software iOS4, incluído nos aparelhos lançados em junho de 2010.

As informações também são transferidas para o computador do usuário e guardadas em um arquivo cada vez que os dois aparelhos são conectados para back up ou sincronização.

Falando à BBC, Graham Cluley, consultor em tecnologia da empresa de segurança Sophos, disse que é pouco provável que a Apple tenha a intenção de usar as informações para fins comerciais.

"Acho que há preocupações legítimas com segurança e provavelmente as pessoas vão tentar encontrar uma forma de obscurecer as informações. Mas fica uma lição sobre (a importância de) ler os termos e condições (de uso)", acrescentou Cluley.

Iphones 3G e  iPads estão rastreando e arquivando detalhes sobre os movimentos de todos os usuários dos aparelhos, segundo dois especialistas na área de segurança.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

3G é banda larga?

3G é banda larga?


Num país no qual a banda larga fixa ainda é complicada de contratar, principalmente em locais afastados dos grandes centros – e até mesmo nas redondezas das capitais – a saída para quem deseja se conectar à internet acaba sendo o 3G. O uso dos modems pessoais cresce em todo o mundo e aqui no Brasil não poderia ser diferente. De acordo com o estudo VNI – Cisco Visual Networking Index Global Mobile Data Traffic Forecast  (Previsão Global de Dados Móveis do Índice de Redes Visuais), divulgado hoje pela Cisco, o tráfego de dados móveis no Brasil aumentará 39 vezes até 2015, com uma taxa anual de crescimento da ordem de 108%.

Mais dados animadores: segundo a União Internacional das Telecomunicações (UIT), o número de assinaturas móveis de banda larga chegará a um bilhão no primeiro trimestre de 2011. Até 2010, 73% do total de assinaturas de telefones celulares eram de países em desenvolvimento, o que significa que o 3G vem substituindo, mesmo com perdas de velocidade, o acesso fixo doméstico.

Resultado, provavelmente, dos altos preços da banda larga “convencional”, mesmo com concorrência acirrada entre operadoras como GVT, Net, Oi e Telefônica, etc. Ainda segundo a UIT, o número de smartphones hoje é estimado em 500 milhões de aparelhos, quantidade que deve chegar a quase dois bilhões em 2015.

O celular parece ser a saída ideal para quem não tem acesso aos planos fixos. Até aí, tudo bem. O problema é que o 3G é uma banda larga deficiente, ainda mais num cenário no qual as operadoras não conseguem entregar a estrutura necessária para uma conexão estável e de qualidade. Há oscilações no acesso, sinal inexistente em muitas áreas e velocidade sempre aquém da “teórica” (vendida pelas operadoras).

Segundo dados publicados pelo site Teleco, a velocidade média do acesso 3G no país era, no terceiro trimestre de 2010, 661 kbps (kilobits por segundo). É pouco, ainda mais quando se pensa em planos fixos de cable e DSL de mais de 20 mbps (megabits por segundo), que alguns afortunados clientes já conseguiram contratar, pagando preço de ouro.

A pior notícia é que a evolução de tal velocidade média nos últimos anos tem sido lenta – em 2009, ainda segundo o Teleco, ela era de 576 kbps, ou seja, pouco menos de 100kbps de crescimento em nada menos que dois anos. Num universo de crescimento exponencial como a internet, os números não batem.

O que é possível fazer com 661 kbps? Baixar email, acessar redes sociais, ok. Mas quando se espera uma velocidade capaz de rodar um vídeo do Youtube sem longas pausas, o 3G não é suficiente e, de acordo com a própria UIT, só pode ser caracterizado como banda larga o acesso com velocidade superior a 2 mbps. Ou seja, compra-se banda larga quando na verdade leva-se pra casa um dial up turbinado.

Mas é a saída. As operadoras veem suas receitas com dados aumentarem consideravelmente. Só para se ter uma ideia, até o final do ano passado, a média de envio de SMS era de 200 mil/segundo; mais de 6 trilhões de mensagens de texto foram enviadas apenas em 2010, número que deve crescer ainda mais este ano. E nem estamos falando, aqui, no número de bytes acessados via celular em navegação na Web e através de aplicativos, que chegam a aparelhos middle end e, muito em breve, a muitos modelos low end.

Num mundo ideal, o 3G seria o segundo ponto de acesso banda larga de todo mundo – o primeiro poderia ser um DSL ou cable, de preferência com velocidades superiores a 2 mbps. Mas quem não tem cão…


Se a banda larga oferecida pelas operadoras em contrato já é baixa, o consumidor ficará chateado ao descobrir que as taxas estão sempre abaixo do contratado, tanto no upload quanto no download. No download, em média as velocidades reais não passam de 60% do contratado; no upload (quando você envia dados, como vídeos para o Youtube, por exemplo), a situação é bem pior: normalmente, a velocidade não passa dos 30% do contratado.


E o pior é que o usuário não pode reclamar, uma vez que as operadoras, segundo regras da Anatel, só são obrigadas a entregar 10% da velocidade contratada. Ou seja, se você compra um plano que teoricamente pode te entregar velocidades de 1Mbps, você pode ter de se contentar com 100kbps. É ou não é um dial up turbinado?


Vocês já usam banda larga móvel? Mais: tentaram contratar banda larga fixa e não conseguiram? Que operadoras assinam e que tipo de aplicações costumam usar? E aqui me adianto numa pergunta mais avançada: se têm celulares que podem se tornar modems, depois que usam a função notam uma queda abrupta na velocidade logo em seguida?





Redes sociais móveis: muita exposição!

Redes sociais móveis: muita exposição!


Um amigo fez check in no Fousquare assim que chegou à MacStore do Shopping Downtown, zona oeste do Rio; em alguns minutos, disse no Twitter que estava saindo de lá feliz da vida porque tinha comprado um monte de produtos Apple. Sacola cheia, deu check in na praça de alimentação do mesmo shopping, pegou o carro e foi para casa, onde deu check in de novo.

Acompanhei de perto todo esse movimento porque 1)estava no mesmo shopping, em pleno sábado; 2)também entrei na onda de dar check in aonde quer que eu chegue. A diferença entre ele e eu é que sou medrosa: evito loja/colégio do filhote; nunca digo para onde especificamente estou indo e, se vou fazer alguma compra, nem pensar em colar esse cartaz no meu peito e sair por aí dizendo que sou uma felizarda porque saí de uma loja cheia de produtos caros. Para esse meu amigo, no entanto, a humanidade é uma grande reunião de pessoas bem intencionadas que se importam em saber por onde ele anda e, melhor, se regozija com as compras que ele faz.

Coitado! Meu amigo está errado. E, assim como ele, milhares têm feito a mesma coisa – oferecem de bandeja seus destinos, informações sobre compras, alimentando os mal intencionados (sim, eles existem!) de informações preciosas sobre colégio dos filhos/hábitos familiares/preferências de produtos/quantidade de grana que podem despender e que tipo de equipamento costumam comprar e levar para casa. E já que a residência também vale como local de check in, o que custa oferecer mais esta informação? Só para vocês terem ideia do problema, conheço pessoas que preenchem a parte de endereço do Facebook. Sério.


O problema não se dá somente no Foursquare, é claro. No Twitter, sobram informações sobre hábitos cotidianos, compras, fotos de filhos jogando futebol com a logomarca do colégio estampada na camisa. Fora os “estou comendo com a família no shopping X”, “daqui a pouco vamos ao cinema, fazer compras e depois ir pra casa”. E ainda acionam a integração do Foursquare com o Twitter e cada check in é comunicado para os inúmeros seguidores, todos pessoas de verdade, que conhecemos bem e que, mas é óbvio, nunca pensariam em se aproveitar de tantas informações preciosas.

Inocência ou necessidade de aparecer perante os pares? O que anda acontecendo com as pessoas que, de uma hora para a outra, começaram a agir como seres falastrões que sentem prazer em indicar passos de suas vidas, oferecendo rotas, caminhos, trilhas, mapas de suas localizações, o tempo todo?

Sempre considerei o Foursquare uma super ferramenta para receber dicas de lugares. Certa vez, estava eu em Recife, louca para comer num restaurante japonês, mas não tinha ideia de onde poderia encontrar um (bem recomendado). Fui ao Foursquare atrás dos reviews (tips, dicas mesmo) e recebi informações ótimas sobre todos os restaurantes da área. Fui na certa: adorei a dica e recomendei depois.

Mas as pessoas acabam vendo o Foursquare como uma grande corrida não só atrás das prefeituras (que eu também quero, já que é um jogo, certo?) mas principalmente do status que dá perante os outros por frequentarem restaurantes caros e lojas chiques. Dizem por aí que ninguém dá check in na carrocinha de cachorro-quente da esquina (o que também seria perigoso, convenhamos).

Nunca na história da internet (parafraseando nosso ex-presidente Lula) assisti a uma corrida tão maluca rumo à invasão de privacidade, que começa pelo próprio dono desta. “É isso aí, amigos, estou aqui, sou fodão e vocês tolos não o são porque não estão aqui”. Mas imaginem se dentre esses tolos estão bandidos, ladrões, espertalhões? Claro que sim! Afinal, onde há gente há problema.

Não estou sendo catastrofista, mas fui repórter de jornal durante muito tempo, já escrevi bastante sobre privacidade na internet e sei dos riscos inerentes a esse universo a princípio tão bonzinho. Está todo mundo sempre de olho! Querem um exemplo simples? Dia desses uma conhecida saiu à noite e encheu a cara – deu check in no bar quando chegou e deu check in em casa quando a balada terminou.

Seu Foursquare era linkado ao Twitter, que avisou que ela estava em tal bar. Ok. Não satisfeita, lá pelas tantas publicou no Twitter que estava muito bêbada e que teria uma ressaca brava no dia seguinte. Batata! Não conseguiu acordar, o despertador não funcionou (pelo menos ela não se lembra disso) e a moçoila só conseguiu chegar no trabalho depois do meio dia. “Passei muito mal de manhã”, disse ela para o chefe. Este, esperto, imediatamente sacou o celular do bolso, entrou em sua timeline e disse: “sim, eu sei, você chegou em casa às 4h, bêbada, e a ressaca deve mesmo estar brava”.

Não foi demitida, mas poderia ter sido. Afinal, por que dizer no Twitter que estava bêbada, que estava saindo tarde da noite do bar X e ainda por cima ter dado check-in quando chega em casa? Alguém acompanhou todo esse movimento e bem poderia ter interceptado nossa amiga em algum momento. Ou esperado por ela na portaria do prédio. Por que não? Afinal, dos mais de 500 seguidores dela, pelo menos um pode ser um maluquete qualquer, certo?

Sempre digo aos meus alunos que não se deve sair por aí com uma placa dizendo aonde vai, com quem vai e quando volta. Afinal, pra que facilitar o trabalho do bandido, certo? Ele pode ser seu seguidor e, como todos, interagir com você faz parte do metiê.






Nuvem e backup: o casamento perfeito.

Nuvem e backup: o casamento perfeito.


Computação em nuvem há muito deixou de ser tendência para se tornar realidade. Contudo, boa parcela de usuários ainda é cética em colocar todos os seus dados na web. Emails, agenda, calendário, num primeiro passo, e, depois, documentos, fotos e até música.

Nem sempre o problema é a necessidade de conexão permanente. Os mais receosos alegam que deixam de se sentir “donos” de suas informações quando as colocam na web. Faz sentido; certos serviços gratuitos de email afirmam, ao propor os termos de uso, que os dados passam a pertencer à ela.

Mesmo assim, a computação em nuvem faz parte da nova cultura digital: anda de mãos dadas com a mobilidade, sendo assim, irreversível. As vantagens justificam sua adesão: acesso às informações de qualquer máquina, a qualquer hora e em qualquer local. E, para as empresas, economia de milhões com licenças de softwares, atualizações de sistema e trocas de hardware.

Resta saber escolher os melhores serviços, as empresas mais confiáveis e, por fim, ter uma rotina espartana de backups para não ficar à míngua quando o pior acontece. Sim, pois o pior acontece mesmo, até no serviço de gigantes consolidados, como Google, Yahoo ou Microsoft.

Seguro morreu de velho: backup ainda é a melhor arma para não ser pego com as calças na mão. Só quem já passou por um desastre digital dá valor a uma rotina de segurança. Mas, na era da nuvem, ela ganhou novas nuances.

A seguir, algumas dicas para manter-se sempre prevenido:

1. Emails para sempre

O protocolo IMAP derrubou o POP, evitando o mero download de mensagens em uma só máquina. O email tornou-se verdadeiramente ubíquo: uniu a onipresença do webmail ao conforto de um software local.
O Gmail arraigou muitos fãs desde seu nascimento, graças à versatilidade, praticidade e a gama de ferramentas agregadas. Graças à isso, e ao fato do Google dificultar um pouquinho o uso do serviço fora de seu ambiente (adeus, links patrocinados), muitos passaram a utilizar apenas o acesso web.
Só que, recentemente, uma pane no Gmail deixou essa gente toda apavorada. O que aconteceria se, de repente, ao começar seu dia de trabalho, notasse que todos os seus emails tinham sumido? A empresa alega que apenas 0,05% dos usuários foram afetados, e que depois de algum tempo, tudo voltou ao normal. Ok, mas insisto: e se você estivesse entre os 0,05%?

É preciso ter um plano B para casos assim. Um bom aliado é o MailStore Home, uma ferramenta gratuita de arquivamento de mensagens, que funciona com inúmeros serviços além do Gmail, tanto web quanto desktop, como Windows Mail, Exchange, Thunderbird, Yahoo! Mail e Hotmail. No caso de serviços de webmail, é só entrar com login e senha e ele cuida do resto, arquivando todo seu conteúdo (exceto lixeira e spam). Também dá para refinar o processo, escolhendo labels, mensagens de certo remetente ou de um período de tempo. Depois do backup completo (o que pode demorar um pouco, dependendo da sua conexão e da quantidade de mensagens armazenadas), você pode usar o aplicativo do MailStore no PC para fazer buscas no conteúdo offline — o backup fica todo no seu disco local. E, se um dia sua conta de email sumir, é só mandar restaurar.

Mas vale uma dica extra: como discos locais também não são perfeitos, um backup extra em outro lugar é mais do que recomendado.

Para quem usa a suíte de escritório na nuvem Google Docs, a dica é o GDocBackup. Freeware e opensource, funciona em Windows ou Linux.

2. Armazenamento na nuvem x Sincronismo na nuvem

Não me sinto segura em simplesmente armazenar as coisas na nuvem, e sim, sincronizar com ela. Por exemplo, para quem usa Outlook, vale assinar um serviço Exchange. Suas coisas ficam acessíveis tanto na nuvem, online, como na sua própria máquina, offline. Inclusive dispositivos móveis. Outro bom exemplo: o Evernote, para armazenamento de anotações, textos, fotos, áudio, PDF e documentos de suítes Office, com bom sistema de busca e OCR. Tem versões gratuita e paga.

Quem usa Mac OS, iPhone e iPad, tem no MobileMe um excelente aliado: contatos, calendário, emails e disco virtual (iDisk) para guardar arquivos ficam na nuvem e em todos os seus dispositivos Apple simultaneamente.

Outros serviços de armazenamento virtual de arquivos como SugarSync e Dropbox também são boas pedidas.

3. Backup

Faço backups da minha máquina de trabalho semanalmente. O Mac OS tem um sistema próprio chamado Time Machine, simples e intuitivo. Mas para usuários de Windows ou Linux, uma solução semelhante é comprar um daqueles HDs que já vem com sistemas de backup pré-instalados. Não precisa ser expert, basta plugá-los no PC que eles cuidam do resto. Há dezenas de modelos no mercado, de praticamente todas as marcas.
Mas há algumas regras importantes:
  • Além dos backups físicos, locais (em HDs externos), use também um bom serviço de backup na nuvem. Para quem não é ninja em informática, 2 boas opções são o Dropbox e o S3, da Amazon;
  • Nunca leve HD de backup com você no dia-a-dia;
  • Utilize 2 HDs de backup para cada máquina. E, o mais importante: guarde-os em lugares diferentes e bem longe um do outro. Por exemplo, um em casa e outro no escritório. Profissionais de TI do World Trade Center de Nova York ou das cidades japonesas arrasadas pelo recente sabem do que estou falando.




terça-feira, 19 de abril de 2011

Os games e o cérebro.

Os games e o cérebro.


Os videogames se tornaram parte essencial do entretenimento de crianças, adolescentes e adultos, sendo que os últimos cresceram junto com o desenvolvimento dos consoles da década de 1990. Hoje sabe-se que os jogos podem causar impactos desde o aumento do QI (Quoeficiente Intelectual), por exemplo, até problemas sérios como a dependência.

A pesquisadora grega Eleni Kardaras, do Departamento de Ciência e Tecnologia dos Alimentos da Universidade da Califórnia, acredita que os efeitos dos videogames no cérebro representam uma área de grande crescimento em estudos, principalmente devido ao grande número de crianças e adultos que realizam esta atividade.

Em um artigo de 2004, a Kardaras relata sua observação de dois irmãos jogando videogame em casa, de idades de oito e 10 anos. Ela conta que mesmo um simples game de corrida como o Mario Kart, da Nintendo, despertava reações de raiva quando um deles perdia.

Também neste aspecto, um estudo dos pesquisadores Brad Bushman, da Universidade Estadual de Ohio, e Bryan Gibson, da Universidade de Central Michigan, publicado em 2010, mostra que games violentos podem gerar agressividade até 24 horas depois que o videogame foi desligado. Jogos violentos, como Mortal Kombat, continuam gerando pensamentos agressivos nos jogadores, já que pensar em como melhorar, neste tipo de jogo, é pensar em violência, afirmam os pesquisadores.

Há seis anos, uma pesquisa de Bruce Bartholow, da Universidade de Missouri-Columbia, nos EUA, indicava uma ligação entre jogos agressivos e pessoas violentas. Mas, em vez de culpar os games, os pesquisadores levantaram outra hipótese: pessoas violentas procuram naturalmente por esse tipo de jogo. Bartholow provou que os games deste tipo diminuem a resposta do cérebro a cenas de violência, o que é um sinal de comportamento agressivo.

Games como treinamento

Apesar dos potenciais efeitos negativos, jogar videogame pode, por outro lado, aumentar o QI dos jogadores, fato que foi tratado como um mito durante muito tempo. Pesquisadores da Faculdade de Piedmont (EUA) acreditam que jogos como "SimCity" podem ajudar na percepção de planejamento, por exemplo. Até games como o "Great Theft Auto" podem ajudar, já que o jogador aprende a lidar com dinheiro, a fazer investimentos e distribuir seus gastos. Games como Guitar Hero e Rock Band podem não ensinar os jogadores a tocar instrumentos, mas, sem dúvida alguma, dão uma grande percepção de estrutura musical.

Com a evolução da tecnologia e, consequentemente, da qualidade e realismo dos games, eles passaram a ser também uma ferramenta muito utilizada para o treinamento de pessoas em diversas atividades, tanto em ambientes profissionais quanto no esporte. O piloto de Fórmula 1 mais vencedor de todos os tempos, o alemão Michael Schumacher, é famoso por adorar os simuladores de corrida, o que veio a se tornar praticamente um treino obrigatório para os pilotos da categoria.

No Brasil, muitos esportistas também estão utilizando os videogames para ter mais sucesso em suas competições. No ano passado, o site Gazeta do Povo mostrou alguns exemplos bem sucedidos de atletas que treinaram nos games: os jogadores Jorge Henrique e Elias, do Corinthians, repetiram em campo uma jogada treinada no videogame e, o ACP, time do Paraná, teria treinado muitas jogadas no game "Winning Eleven" antes de conquistar o campeonato estadual.

Até mesmo médicos cirurgiões podem ser treinados com o auxílio de videogames. James Rosser, pesquisador do Centro Médico Beth Israel, em Nova York, estudou a relação entre o uso de videogames entre cirurgiões e seus desempenhos em laparoscopias. Durante os testes, Rosser descobriu que os médicos que jogavam por pelo menos três horas semanais tinham 37% menos erros nas cirurgias (simuladas, é claro).


Memória e associação de elementos

Pouco se divulga sobre o assunto, mas os games podem até ajudar a reabilitar pacientes com doenças neurológicas. “É o caso de quem sofre com autismo e daqueles que têm traumas que precisam de reabilitação cognitiva”, conta Claudio Kirner, professor da Universidade Federal de Ouro Preto, em Minas Gerais, que realiza pesquisas nas áreas de realidade aumentada e de interação homem-computador.
Para Kirner os jogos têm o poder de “ajudar na atenção, memória e atividades de associação de elementos”, entre outras vantagens. Como exemplo, ele cita algumas iniciativas que vêm sendo feitas para a divulgação deste tema, como por exemplo, a conferência Virtual Rehabilitation, evento anual durante o qual pesquisadores trocam ideias sobre as novidades no uso de realidades virtual e aumentada para a reabilitação de pacientes.

Seja qual for o tipo de game, muitos especialistas mostram que todos acabam tendo certa influência no cérebro humano e, consequentemente, nas atitudes e saúde dos indivíduos. É interessante pensar que os games evoluíram de tal forma que deixaram de ser apenas entretenimento, passando a ser ferramenta de treinamento, tratamento, aprimoramento sem deixar de ser, é claro, diversão.






Jogue videogame e fique mais saudável.

Jogue videogame e fique mais saudável.


O lançamento de um novo tipo de console de videogames trouxe para esse universo um público que já não estava acostumado mais a jogar, seja pela idade ou mesmo por gosto.

Games como o Nintendo Wii, Xbox Kinect e o PlayStation Move, que vêm com jogos mais simples e reconhecem o movimento do corpo, parecem ter mudado este cenário, fazendo com que os jogadores ganhassem mais algumas faixas etárias.

Apesar de os próprios fabricantes aconselharem os usuários a tomar cuidado com o tempo excessivo de jogo, sugerindo um tempo de descanso no caso de dores ou mesmo tomar cuidado com outros jogadores, os acidentes, as pancadas, os vasos quebrados e os machucados parecem insistir em aparecer.


Mesmo assim, este novo tipo de interação com os videogames parece mesmo ter chegado para ficar e médicos e outros profissionais da saúde já acham interessante a ideia de utilizar os consoles no tratamento de determinadas doenças.



O que pode dar errado?

Uma das principais novidades nos
últimos tempos no mundo dos games foi, sem dúvida alguma, o Nintendo Wii, lançado em 2006. Pouco tempo depois de seu lançamento começaram a aparecer relatos dos primeiros casos de reclamações de dores principalmente nas costas, ombros e cotovelos por conta dos jogos de esportes que vêm com o console, e usuários começaram a comparavam jogar videogame com ir à academia. Em entrevista à revista “Time”, Perrin Kaplan, porta-voz da Nintendo, afirmou que “se as pessoas estão sentindo dores, eles devem se exercitar mais”.


Atualmente é o Kinect que tem proporcionado bom exemplos de como tomar cuidado na hora de brincar. Uma rápida busca por vídeos na internet com as palavras “kinect” e “fail” resulta em imagens que demonstram claramente alguns dos "perigos" de fazer movimentos bruscos ao brincar com o console.



O que pode dar certo?

Por outro lado, nos últimos anos começaram
a surgir algumas aplicações desse tipo de game “ativo” para a saúde.Pesquisadores os usam para o tratamento de problemas motores provenientes de distúrbios neurológicos. Os cientistas trabalham com diferentes configurações de videogame para treinar as partes “mais fracas” do cérebro, estimulando os pacientes a usarem as regiões afetadas.

Em 2006, um artigo publicado na revista “Pediatrics” compara a energia utilizada em games de “tela fixa” e em “games ativos”, ou seja, uma comparação entre jogos tradicionais com os de Wii, Xbox ou PS Move, que exigem movimento. Os resultados não poderiam ser mais óbvios: os autores descobriram que o game Dance Dance Revolutions, do Nintendo Wii, proporcionavam um gasto de energia até 172% maior, em comparação com um estado de repouso. Para jogos “sedentários”, este gasto foi de apenas 20% a mais. Estes dados serviram de base para que os pesquisadores indicassem este tipo de game para o tratamento de obesidade em crianças.



Também em 2006, após o lançamento do Wii, o estadunidense Mickey DeLorenzo, iniciou o projeto ”Wii Sports Experiment”, com o qual planejava perder peso apenas com 30 minutos diários de gaming. Em seis semanas, ele conseguiu perder quatro kg. Para quem só jogou videogame, não se pode deixar de considerar como uma excelente dieta.



Por outro lado, há quem não acredite que o acessório para o console da Nintendo traga tantos benefícios para o corpo. Em um estudo de 2009, Scott Owens, um pesquisador da Universidade do Mississippi, nos Estado Unidos, procurou descobrir se o acessório Wii Fit, que permite que os jogadores façam exercícios de academia, testando equilíbrio, força, aeróbica, yoga, poderia servir de auxílio para que a grande quantidade de obesos do país fizesse um pouco mais de exercício.



Owens deu a oito famílias um console com o acessório e pediu para que elas jogassem durante um período de seis meses. Os resultados mostraram que as crianças tiveram um aumento na atividade aeróbica após três meses, mas não houve nenhuma modificação corporal significativa.

Em 2008, um outro pesquisador americano, David Dzewaltowski, da Universidade Estadual do Kansas, mostrou certo ceticismo quanto aos possíveis benefícios do Wii. Segundo ele, “qualquer coisa que faça com que as pessoas se exercitem mais é positivo, mas se as pessoas estão trocando atividades físicas que requerem mais movimento pelo videogame, então isso é negativo”.




Mas o Wii pode ser utilizado também para outras áreas da saúde. Em junho de 2009, um estudo do Dr. Ben Herz, da Faculdade Médica da Geórgia, nos EUA, mostrou que o console da Nintendo pode ser utilizado também para o tratamento de pacientes com Mal de Parkinson. Segundo Herz, “o Wii permite que os pacientes trabalhem em um ambiente virtual que é seguro, divertido e motivador”. Os jogos do console permitem que os pacientes exercitem a coordenação entre visão e movimentos, percepção visual e movimentos em sequência. Além disso, estudos revelam que o uso de videogames aumenta a produção de dopamina no organismo, um neurotransmissor reduzido em pessoas com Mal de Parkinson.


Outros estudos usam o console também para a recuperação de pacientes que sofreram AVCs (acidente vascular cerebral, ou, mais popularmente, derrame), ferimentos nos membros, cirurgias ou mesmo ferimentos de guerra. 

O lançamento do acessório Kinect, do Xbox (Microsoft), pode ter sido ainda mais estrondoso para o mundo dos games do que o Nintendo Wii, já que ele permite o controle do jogo apenas com os movimentos do corpo, sem precisar de joystick.

Já existem também algumas possíveis aplicações do acessório para tratamentos e recuperação de pacientes. Um dos principais pontos a serem abordados no futuro é a reabilitação motora e física em casa, com “games” que podem identificar e verificar o estado dos pacientes e sua evolução, por exemplo. Além disso, os médicos poderão avaliar o progresso dos pacientes via a rede social do console, a Xbox Live.

O treinamento de médicos e
profissionais da saúde também pode ganhar mais uma ferramenta, tanto para aprendizado remoto ou mesmo para a utilização de pacientes virtuais.

Mas não são apenas consoles e games modernos que podem ser dar ao luxo de ajudar no tratamento de pacientes. No final de 2010 do Departamento de Psiquiatria da Universidade de Oxford, no Reino Unido, usou o famoso jogo de encaixe de peças Tetris para auxiliar no tratamento de lembranças traumáticas. A pesquisadora Emily Holmes descobriu que o famoso jogo tem a capacidade de diminuir os flashbacks que ocorrem após acontecimentos traumáticos. Outros games, como jogos de quiz, por exemplo, têm o efeito contrário, acentuando estas imagens.

 

Ainda na linha dos games “mais tradicionais”, a pesquisadora Daphne Bavelier, da Universidade de Rochester, em Nova York, publicou um artigo em 2009 mostrando que jogadores de games de tiro em primeira pessoa podem melhorar a visão. Os resultados do estudo foram tão importantes que os pesquisadores já acreditam que pacientes que sofrem de ambliopia - uma doença que afeta a percepção de contraste - poderia ser tratada com videogames.



Fato é que, como tudo, os games possuem pontos positivos e negativos e a nova geração de consoles não é diferente. Seguindo o bom senso, os games entretêm, ensinam, ajudam em tratamentos médicos e projetos sociais. Foi-se o tempo que jogar videogame era coisa de criança e apenas diversão. Ainda bem.






 

sábado, 16 de abril de 2011

Notebook, Netbook, Tablet, All-in-one, Desktop ou Smartphone?

Notebook, Netbook, Tablet, All-in-one, Desktop ou Smartphone? Conheça as diferenças e saiba qual o melhor para você.



Notebooks, Netbooks, Tablets, All-in-One, Desktops, Smartphones, ... Tantos gadgets diferentes com funções tão parecidas acabam nos deixando confusos. Pra falar a verdade, até o público especializado fica meio confuso com tanto gadget diferente.

Entendendo um pouco sobre o funcionamento e as limitações de cada um, pelo menos, você poderá escolher com mais facilidade aquilo que responde melhor às suas expectativas. Por exemplo: Comprar um smartphone pode não resolver o seu problema se o seu caso for trabalhar com textos grandes; mas pode ser a sua solução para ler todos os e-mail recebidos assim que chegarem à sua caixa postal.

Um pouco de história

Antigamente tudo era resolvido com papel, até que apareceram Bill Gates, Steve Jobs e outras figuras menos conhecidas e introduziram os computadores pessoais no mercado. Hoje, trinta e poucos anos depois, a tecnologia evoluiu, e já existem milhares de gadgets cujas funções são muito parecidas - e isso acaba deixando o consumidor meio confuso.
Até o fim da década de 1990, a gente só se preocupava em diferenciar um desktop de um notebook ou uma calculadora. Os PDAs estavam tentando entrar no mercado, mas além de custarem uma fábula, serviam apenas como agendas eletrônicas super desenvolvidas.

No final da década de 1990 a Apple ressuscitou e lançou o primeiro All In One de sucesso da história, o iMac (foto) e os iBooks – os notebooks da empresa, mas o alto preço desses computadores limitava o acesso a estes computadores por usuários menos abastados.

Em meados de 2003 o preço dos notebooks começou a cair, e os PDA ficaram restritos a vendedores e representantes comerciais, que usavam os aparelhinhos para registrar as vendas, ou executivos, que usava-no como uma agenda eletrônica.

Em 2007, no entanto, é que a confusão com os gadgets começou a surgir. Com os notebooks ficando cada vez mais potentes e com seus preços decrescentes, alguns usuários com um pouco mais de dinheiro (Classe A e B) já preferiam comprar os portáteis. Nesse mesmo ano, a Asus anunciou o desenvolvimento do primeiro netbook, o EEE PC, que seria lançado no ano seguinte; e a Apple lançou também o que seria o smartphone de maior sucesso até hoje, o iPhone, com funções que incluiam acesso a internet via Wi-Fi, download de aplicativos e muitas outras coisas.

Na verdade, os smartphones são datados desde 1990 como um conceito da IBM, mas eles só foram se popularizar mesmo com a entrada da Apple no mercado.
Em 2010 foi a vez da Apple bagunçar ainda mais o mundo dos gadgets com o lançamento da "lousa mágica digital", o iPad. Junto com ele, várias empresas pegaram carona no sucesso, como a HTC, a Motorola, a Microsoft, e várias outras empresas de tecnologia. De qualquer maneira, novamente apenas a Apple popularizou uma ideia já existente. Antes do iPad, já existiam tablets, porém foi a empresa de Steve Jobs a responsável por popularizar esse tipo de computador.

Agora chega de papo e vamos ao que interessa: Quem é quem nessa história toda?

Desktops

Os desktops são os famosos computadores de mesa. É formado por vários componentes: teclado, mouse, monitor, gabinete (também conhecido como "torre", e erroneamente chamado de "CPU") e demais periféricos.

As vantagens do desktop estão no baixo custo das peças, na facilidade de atualização (upgrade) e reparo, baixo custo de manutenção, e ainda costumam ter um desempenho bem melhor que os notebooks (já que as peças maiores acabam saindo mais baratas que as dos notes).

As desvantagens são: Ocupa bastante espaço, não há portabilidade (vai ficar carregando ele por aí?), alto consumo de energia e um monte de cabos espalhados atrás do rack.
Os desktops são ideais para escritórios, escolas e secretarias pelo seu baixo custo e por sua manutenção fácil, além de ser ótimo para pessoas que gostam de jogos virtuais, por sua facilidade de expansão e upgrade. Também é recomendado para quem quer apenas um computador consistente para a casa e que não precisa ficar levando o computador para todo lado.

All-in-One

AIO ou All-in-One é o nome dado àquele computador que tem todos os seus componentes montados em uma peça só. Assim como os desktops, eles são voltados para pessoas que não precisam tanto de um computador portátil, mas que são organizadas e não gostam daquele monte de cabos espalhados dentro de casa.

A maioria dos AIOs vem com TV integrada, o que torna esses aparelhos ideais para pequenas salas de estar, quartos e outros ambientes.

Dentre as vantagens dos AIOs estão principalmente a facilidade de instalação do computador (é só plugar na tomada e usar) e no número reduzido de cabos.
As desvantagens estão no preço, na dificuldade de atualização (alguns possuem muitas peças de notebooks) e na pouca quantidade de configurações disponíveis.

Os AIOs são ideais para quem quer um computador fácil de instalar, com TV integrada e que ocupe pouco espaço em casa, mas não servem para quem exige muita portabilidade. Além disso, geralmente eles possuem um design bonito e são ótimos para economizar espaço.

Notebooks

Os notebooks, carinhosamente chamados de notes, são praticamente desktops portáteis. Geralmente eles tem drive de CD/DVD ou Blu-Ray e possuem quase a mesma potência dos computadores de mesa. Hoje em dia, o preço desses aparelhos está bem próximo ao dos desktops, mas com a vantagem de serem portáteis. Já é possível encontrar notebooks com desempenho fantástico (mais ou menos como os Alienware que rodam jogos muito bem).

A principal vantagem dos notebooks é rodar praticamente todos os programas que um desktop, com um tamanho bem reduzido, além de não precisar estar ligado na tomada 24 horas por dia.
A desvantagem é que nem sempre dá pra encontrar um notebook com uma boa configuração para usos específicos. Além disso, sua manutenção deve ser feita por pessoas especializadas - e geralmente custam bem mais. Mas para quem precisa de um computador pra levar para cima e para baixo sem dispensar um bom desempenho, o notebook é a melhor opção.

Netbooks

A própria definição de netbook é confusa, mas comumente eles são menores e mais leves que os notebooks. Eles possuem uma ótima duração de bateria, mas infelizmente não vêm com drive de CD ou DVD - e geralmente, também por causa do tamanho, seu desempenho é sacrificado.

As vantagens dos netbooks são: baixíssimo peso, portabilidade, duração da bateria e preço baixo.
As desvantagens são: tela e teclado em tamanhos reduzidos, baixo desempenho, ausência de drive de CD/DVD e dificuldade de manutenção.

Netbooks são indicados para pessoas que precisam de um notebook leve e pequeno para tarefas simples, como navegar na internet e editar textos. Mulheres, estudantes, palestrantes e pessoas que viajam muito certamente devem considerar a compra de um netbook, mesmo que este seja seu segundo computador.

Tablet PC

Tablet PC nada mais é que um notebook com touchscreen.

As vantagens dele são: touchscreen e bom desempenho.
As desvantagens são: preço alto e a dificuldade de encontrar um tablet com boas configurações à venda.
São recomendados para pessoas que fazem questão de touchscreen mas não querem abrir mão do bom desempenho de um computador e dos programas para o Windows ou Linux.

Pelo alto custo, esse tipo de computador (por enquanto) só é indicado para quem realmente precisa do touchscreen, como profissionais que trabalhem com desenhos tridimensionais ou arte gráfica.

Tablets

Os tablets são computadores portáteis, sem teclado ou mouse, mas com tela touchscreen. O mais famoso, o iPad, por exemplo, possui uma tela muilti toque, com reconhecimento de gestos, como o movimento pinçado para operar o zoom.

A diferença deles para os netbooks está na arquitetura. Enquanto o notebook e netbook são baseados em processadores x86 (que dá para instalar Windows, Linux e rodar programas para essas plataformas), os tablets são baseados em processadores ARM, com sistemas operacionais parecidos com a de celulares.

As vantagens são : tamanho reduzido, touchscreen, boa duração de bateria, facilidade de uso e portabilidade.

As desvantagens são: impossibilidade de upgrades nas peças internas (hardware), e a incapacidade para mudar de sistema operacional ou instalar programas feitos para PCs.

Tablets são mais adequados para pessoas que gostam de jogos ou para quem desejam estar sempre conectadas a internet, mas não acha o netbook portátil o suficiente. De qualquer forma, sua arquitetura, sem teclado nem mouse, dificulta a realização de algumas tarefas mais simples, como escrever textos grandes ou realizar tarefas que exijam tempo. Por outro lado, ele é fantástico para quem gosta de ler muita coisa e para consultas rápidas e frequentes na internet - em qualquer lugar.

Smartphones

O último ítem da nossa lista é o chamado smartphone, um telefone com centenas de funções - e até lojas de aplicativos. Geralmente eles funcionam como "mini tablets" que fazem ligações telefônicas.

O iPhone, por exemplo, é como um iPad reduzido, só que capaz de realizar ligações telefônicas. Alguns smartphones possuem, além da tela touchscreen, um teclado QWERTY, como o Milestone 2, que roda o sistema operacional da Google, Android. Eles são ideais para quem quer um telefone celular e adora ficar conectados à internet 24 horas por dia.

Na verdade, o smartphone pode ser considerado um telefone com funções de computador. Geralmente eles acessam a internet tanto pelo Wi-Fi quanto pelo 3G, e possuem aplicativos diversos, como visualizador de documentos (Word, PowerPoint e Excel, inclusive), jogos e organizadores pessoais, dentre vários outros.
As vantagens dos smartphones são: Hiper-portabilidade, possibilidade de fazer ligações telefônicas e facilidade de uso.
As desvantagens são: Tamanho pequeno e preço elevado, principalmente no Brasil.




Alerta: trabalhar sem descanso faz mal à saúde.

Alerta: trabalhar sem descanso faz mal à saúde.


Quem não abre mão de tirar alguns minutos para relaxar durante o expediente tem toda razão em manter esse hábito. O "coffee break" torna os trabalhadores mais produtivos, já que a cafeína ajuda a melhorar a memória e a concentração, bem como a reduzir o número de erros cometidos durante o trabalho. Isto sem falar na vantagem propiciada pelo momento de descanso, que é muito importante para a saúde do empregado.

Para os trabalhadores que costumam esticar seus turnos durante a madrugada, a pausa para o café tem efeito similar ao de um "poderoso cochilo". Tomar café ajuda a reduzir os acidentes de trabalho e até mesmo as batidas de carro envolvendo pessoas que acabaram de encerrar um longo expediente. O efeito é benéfico também a médicos e pacientes, já que o café reduz o risco de que profissionais da saúde cometam erros após longos períodos de plantão.

A importância do descanso
Trabalhar demais faz mal ao coração. Desta forma, fazer horas extras constantemente - atuando entre 10 e 11 horas diárias - aumenta em até 60% o risco de doenças cardíacas. No caso de indivíduos com hábitos prejudiciais à saúde como o fumo, por exemplo, a possiblidade é ainda maior.

Há um forte vínculo entre as doenças cardíacas e as horas trabalhadas em excesso. Entre os fatores que explicam essa ligação estão a falta de tempo para relaxar ou praticar exercícios físicos, além do stress, ansiedade e depressão. Pessoas que fazem horas extras também tendem a trabalhar quando estão doentes, ou seja, não se permitem um descanso, e por serem muito dedicados à carreira podem se tornar agressivos e irritáveis.

Atenção: O descanso não é simplesmente uma opção. É uma necessidade. Ainda que não possa sair de casa, viajar, "respirar outros ares", é essencial que se consiga parar com as atividades normais do dia a dia e relaxar.




Saiba como prevenir problemas de uso inadequado do computador.

Saiba como prevenir problemas de uso inadequado do computador.


No mundo moderno, as pessoas preocupam muito mais com a rapidez e o imediatismo. E, muitas vezes, se esquecem até mesmo da própria saúde. O brasileiro, hoje, é o que passa mais horas em frente ao computador, uma média de 44 horas semanais. Segundo a pesquisa do Ibope Nilsen Online, o Brasileiro, hoje, fica três vezes mais navegando pela internet – 32,5 horas semanais – do que assistindo à televisão.

Com tanto tempo diante do computador, é comum que comece a surgir sintomas da Síndrome de Visão de Computador (CVS): olhos irritados, vermelhos, coceira, olhos secos, lacrimejamento excessivo, fadiga, sensibilidade à luz, sensação de peso nas pálpebras, dificuldade em conseguir foco, enxaquecas, dores lombares e espasmos musculares.

Esses sintomas aparecem como resultado de condições externas relacionadas à tela do computador (falta de iluminação, má localização da iluminação, posição imprópria do monitor e tela suja) e a problemas oculares pré-existentes, como miopia, hipermetropia ou presbiopia. Os hábitos inadequados de uso do computador, por horas sem descanso, também integram esta lista.

“A Ergoftalmologia, campo da Oftalmologia do Trabalho, age preventivamente, visando prevenir acidentes oculares. No campo da Ergonomia, seus esforços buscam adaptar o ambiente de trabalho à visão humana, proporcionando conforto visual ao usuário do computador”, explica o oftalmologista Virgilio Centurion, diretor do IMO, Instituto de Moléstias Oculares.

Os médicos dizem que qualquer pessoa que passe mais de duas horas por dia em frente ao computador pode sofrer com a CVS (Síndrome de Visão de Computador). Eles afirmam que todos os esforços são válidos na prevenção da síndrome.



Para prevenir a CVS

“Algumas providências podem ser tomadas relativas aos cuidados com os olhos e com a postura corporal, durante o uso de computadores, leituras prolongadas ou tarefas repetitivas, nos diferentes ambientes, sejam de trabalho ou domésticos”, recomenda o oftalmologista Eduardo de Lucca, que também integra o corpo clínico do IMO.

As condições do ambiente de trabalho, umidade relativa do ar, ventilação, temperatura e iluminação podem afetar diretamente a qualidade de vida dos trabalhadores. No ambiente doméstico, o mesmo pode acontecer. A dica é fazer pausas de 5 minutos, depois de usar o computador por 50 a 60 minutos. Durante a utilização do computador, a cabeça deve seguir o alinhamento da coluna vertebral, que deverá estar reta e encostada na cadeira.

Outro conselho é evitar comer quando usar o computador. O material utilizado como apoio deve estar em local de fácil visualização, ao lado do monitor ou próximo a ele, evitando, assim, movimentos bruscos com os olhos. O computador portátil deve ser utilizado da mesma maneira que os computadores fixos de mesa. Nada de computador no colo, na cama ou na mesa de cabeceira.

Seguindo essas dicas, seu corpo só tem a agradecer!




Técnicas para uma sobrancelha bem feita.

Técnicas para uma sobrancelha bem feita.


Curvadas, grossas ou bem fininhas. O que importa é que as sobrancelhas modelam os olhos e, quando bem delineadas, fazem toda a diferença. Além de dar uma aparência mais sofisticada, sobrancelhas tracejadas são essenciais para o melhor resultado da maquiagem. Por isso escolher um modelo adequado para cada tipo é superimportante.

Geralmente, as mulheres preferem a depilação com cera quente a pinça, mas a forma mais dolorida, que apesar de parecer a mais difícil é a mais segura, também é aconselhada, pois a cera quente deixa as pálpebras flácidas. Há mulheres que sentem mais dor do que as outras e, para aquelas que sentem muita dor na hora de depilar a sobrancelha, já existe no mercado uma pomada anestésica que deixa essa hora de tortura indolor.

Faça a sobrancelha em casa

O primeiro passo é escolher um espaço bem iluminado. Você precisa enxergar bem o seu rosto, com todos os detalhes para não errar.

Escolha também um bom espelho para ver o que você está fazendo, certo? Se você tiver um daqueles espelhos com apoio e um lado que aumenta seu rosto refletido, ótimo.

Agora vamos escolher a pinça certa. Prefira aquelas com a ponta em corte diagonal e o cabo maior. É que, como elas acompanham o sentido do pêlo, você consegue segurar melhor a pinça e arrancar os teimosos mais facilmente sem o pêlo quebrar.

Antes de começar, é legal medir onde começa e onde termina sua sobrancelha. Use um lápis para fazer isso. Observe o contorno das duas sobrancelhas.

Posicione o lápis reto, encostando-o na aba do nariz para marcar o início da sobrancelha. Para saber onde a sobrancelha deve terminar, deite o lápis, alinhando-o até o canto externo do olho. Marque sua pele com um lápis de olho se achar mais seguro. Prepare-se para o passo-a-passo:

1. Passe um creme de limpeza nas sobrancelhas, já que este tipo de produto abre os poros, facilitando a depilação. Depois disso, comece a tirar os fios;

2. Nas sobrancelhas, ao contrário das pernas, os pêlos são puxados no
sentido em que eles nascem, senão você pode machucar a sua pele;

3. Descubra exatamente onde estão os pelinhos a mais. Tire apenas os pelinhos que estão em excesso sob as sobrancelhas;

4. Já terminou? Então use sua escovinha para penteá-las e saber como ficou o resultado;

5. Caso você perceba que a parte superior está desigual, com alguns pelinhos espetados, corte-os um pouquinho com uma tesoura pequena. Atenção: é bem pouquinho, mesmo!

Depois de 15 dias, o pêlo removido já vai ter crescido um pouquinho. Desta forma, fica fácil de saber quais são os pelinhos em excesso, e você não vai correr o risco de tirar nenhum a mais.

Para a sobrancelha não ficar descabelada, use rímel incolor quando sair de casa. E, se a sobrancelha for falhada, para dar o retoque final, preencha os espaços com sombra. Use sempre uma sombra mais clara do que as sobrancelhas. Se forem pretas, opte por sombra marrom. Pegue um pincel chato e dê uma leve esfumaçada nas falhas.

Se o caso é uma falha leve, a sombra resolve, mas para quem perdeu a sobrancelha ou têm os pêlos muito ralos, pode recorrer ao processo da micropigmentação ou da maquiagem definitiva.




Olheiras, um incômodo bem visível.

Olheiras, um incômodo bem visível.


Uma noite em claro ou um período de estresse, e lá estão as olheiras. Elas quebram a estética do resto e denunciam uma fase de abatimento ou uma noite mal-dormida que deixam qualquer um com o visual pouco atraente. No entanto, mais do que cansaço ou mal-estar, o sol é o maior vilão dessa história.

Na hora de pegar aquela corzinha na praia ou no clube, todo cuidado é pouco. Sem proteção, o bronzear provoca acúmulo de melanina na região da pálpebra. É essa substância que será responsável por deixar manchas escuras ao redor dos olhos.

A ocorrência de olheiras em homens e mulheres é igual. Porém, o problema é mais acentuado nas mulheres de pele morena, pois elas apresentam mais pigmentação na pele, o que pode ser agravado com a tensão pré-menstrual.

Para combater esse incômodo, o jeito mais barato e eficiente continuam sendo os cremes clareadores ou a velha e boa compressa de camomila da vovó. Entretanto, para quem quer se livrar delas antes de encarar a balada e não tem outra opção, vale apelar para as maquiagens que imitam a tonalidade da pele, conhecidas como “nude”.

Há ainda alternativas avançadas (e mais caras) que utilizam substâncias que reduzem a luz dos vasos ou usam antiinflamatórios e despigmentantes locais, sem contar a aplicação de laser de luz pulsada. Porém, se você não estiver a fim de gastar muito para retirar as olheiras, vão aí algumas dicas de receitas caseiras para obter resultados visíveis (com o perdão do trocadilho) em poucos dias:

- Compressa: Molhe uma gaze esterilizada ou um pedaço de algodão em chá gelado de camomila e faça uma compressa na região das pálpebras. Deixe agir por 15 minutos e depois enxágue os olhos com água fria. Além de camomila, você pode usar chá verde ou de maçã;

- Rodelas de batata: Para ativar a circulação sob os olhos, dá também pra usar rodelas geladas de batata ou de pepino na região durante 15 minutos. Esses legumes hidratam a região e ativam a circulação. E o melhor de tudo: não oferecem riscos e são muito práticos.

Outras dicas

- Utilize os hidratantes anti-olheiras, que são específicos para as pálpebras. Prefira os produtos com vitamina C e gingko biloba;

- Para estimular a circulação, faça massagens suaves com as pontas dos dedos na região das pálpebras;

- No mínimo, durma oito horas por noite;

- Pratique regularmente exercícios físicos. Eles reduzem o estresse e, como consequência, as olheiras;

- Protetores com FPS 30 são ideais para as pálpebras;

- Evite o uso das sombras escuras, para não destacar ainda mais as olheiras. Prefira as claras, como pêssego e rosa.






Cuide de sua pele e proteja-se do sol.

Cuide de sua pele e proteja-se do sol.


Verão, sol, calor e exposição da pele. A cada dia que passa percebemos como os verões estão mais quentes e o sol, mais forte. O resultado dessas mudanças no clima são as complicações para a saúde. Além de prejudicial para a pele, a exposição à radiação solar sem proteção pode resultar num câncer de pele, por isso, todo o cuidado, ainda é pouco.

O filtro solar deve ser o principal aliado de todos. Acessórios como chapéus, sombrinha, guarda-sóis e óculos escuros também podem ajudar na proteção. Os cuidados devem ser redobrados no verão mas, não quer dizer que essa seja a única época para uso de filtro solar. Os raios solares, esmo com o tempo nublado, atingem a pele e o risco do câncer continua. Atente-se também para os horários de exposição ao sol, que não é recomendável entre às 10h e 16h.

Fique de olho nas crianças! Pesquisas relatam que a exposição cumulativa e excessiva ao sol durante os primeiros 10 a 20 anos de vida aumenta muito o risco de câncer de pele. Antes de comprar um filtro solar, verifique se ele oferece proteção UV-A e UV-B, o fator de proteção de acordo com sua cor de pele. Os filtros solares devem ser aplicados antes da exposição ao sol e reaplicados após nadar, suar e se secar com toalhas.

Você sabia ainda que uma alimentação específica pode ajudar a proteger a pele e olhos da radiação solar? Pois é, pesquisas comprovaram que o consumo regular de alimentos riscos em carotenos (frutas e hortaliças amarelas e alaranjadas) e flavonóides (uva e chás) ajudam numa maior resistência da pele contra ações lesivas dos raios solares do espectro ultravioleta.

Cuide de sua saúde: proteja-se do sol e esteja atento às crianças neste verão!