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terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

O espírito humanitário e solidário!!!

Devido ao forte terremoto que assolou no dia 12 de janeiro a capital de Porto Príncipe, no Haiti, país considerado o mais pobre das Américas, o mundo está se mobilizando para tentar amenizar o sofrimento dessa gente miserável. O Brasil, que já é veterano em missões para ajudar o país, informou que iria disponibilizar 15 milhões de dólares. Segundo o presidente dos EUA, Barack Obama, o Brasil está sendo o principal parceiro do Haiti. Com certeza o Brasil está realmente engajado na luta pela salvação do país caribenho, tanto que informou que irá liberar agora, a quantia de 35 milhões de reais para projetos humanitários para combater o agravamento da fome e das condições sanitárias.

A ajuda com certeza não deve ser negada, pois o Haiti deve urgentemente ser reestruturado, o povo precisa ser resgatado e outra forma não há se não pela ajuda dos outros países. Por isso o governo brasileiro deve sim ajudar, ser solidário e até adotar o Haiti se necessário, mas só deve tomar cuidado para não dar um passo maior do que as pernas. O Brasil fechou 2009 com déficit em transações correntes de 24 bilhões de dólares. Portanto, será que o nosso país se vale de uma estrutura tão segura que a retirada de uma peça não faz com que ela corra o risco de sofrer um desequilíbrio? Será que realmente todo esse dinheiro pode ser despendido para atender a essa causa? Outra questão também é saber de que fundo essa quantia está sendo retirada e de que forma ela será disponibilizada ao país devastado. Será uma liberação em forma de empréstimo ou uma doação? Será dada em espécie ou em forma recursos ou de suprimentos?

Interessante também seria fazer um balanço e verificar o que poderia ser feito com essa mesma quantia também dentro do nosso país. Pois como se sabe, em vários cantos o Haiti também é aqui! O governo poderia ter a ideia ou presidente Lula poderia assinar medidas provisórias para desprender, de vez em quando, essa mesma quantia para, por exemplo, dar mais incentivo e ajudar aos projetos da Pastoral da Criança; minimizar os danos causados pela seca que assola o Nordeste do país; acabar com o tráfico nas favelas do Rio de Janeiro. Com essa atitude nacional humanitária e solidária, quantas crianças não poderiam ser salvas da desnutrição? Quantas vidas poderiam ser salvas da miséria, da sede e da fome? Quantos adolescentes não seriam poupados da morte e de portarem armas e pedras de crack? Talvez a quantia não seja suficiente para resolver todos os problemas, mas já seria um começo para as mudanças começarem a acontecer. São questões que todos nós devemos parar pra pensar.

O espírito humanitário e solidário é importante e necessário e acaba se tornando o único meio de salvação para os haitianos que não têm de onde tirar forças para sobreviver. Mas este mesmo espírito deve ser manifestado também a nossa volta, pois de nada adianta querer ajudar os vizinhos se muitas vezes dentro da nossa própria casa o caos se instala e fechamos os olhos nos negando a enxergar as nossas fraquezas.

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