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domingo, 10 de julho de 2011

Pimentas.

                          Pimentas.
 
 
 
As pimentas e os pimentões pertencem à família Solanaceae e ao gênero Capsicum.
Os frutos apresentam os mais diversos formatos, tamanhos e cores, do verde ao vermelho, do amarelo ao preto, além do alaranjado, do salmão e do roxo. Sensível a baixas temperaturas, as pimentas se adaptam muito bem em climas quentes e por isso devem ser cultivadas nos meses de calor.
A característica comum e exclusiva do gênero Capsicum é a "ardência", chamada pungência, que é atribuída a um alcalóide, a Capsaicina, que fica acumulada na parte interna do fruto. Compreende por volta de 27 espécies conhecidas. A estas plantas está associada a escala de Scoville, que mede o grau de "ardência" de pimentas.
Apesar de popularmente ser dito que a pimenta pode provocar muitos males a saúde, tais como pressão alta, gastrite, úlceras e hemorróidas (dilatação de varizes na região do ânus, causada por sedentarismo, ingestão de gorduras e problemas cardiovasculares), estudos realizados recentemente mostram que ela também pode trazer muitos benefícios.

A Capsaicina atua como cicatrizante de feridas, antioxidante, rica em flavonóides, favorece a redução de coágulos no sangue (uma aspirina natural), pois é vasodilatadora, previne a arteriosclerose, controla o colesterol, evita hemorragias, aumenta a resistência física.  Além disso, estimula a produção de endorfinas no cérebro, hormônio que produz a sensação de bem estar, causando uma sensação muito agradável e elevando o nível do humor.

É rica em vitamina "A", "B1", "B2", "C" (seis vezes mais vitamina "C" do que a laranja), "E" e niacina. É antiinflamatória. Possui propriedades analgésicas, energéticas e anti-câncer. Pode reduzir o desejo de comer, sendo benéfico ao tratamento da obesidade. Tem índices baixíssimos de gordura. Pode ainda reduzir o risco de doenças crônicas como câncer de próstata, catarata, diabetes e mal de Alzheimer. É expectorante, descongestionante, anti-bacteriana e ajuda na dissolução de muco dos pulmões.

A Malagueta é a espécie Capsicum Frutescens, que em Portugal e em Moçambique é conhecida ainda como jindungo, maguita-tuá-tuá, ndongo, nedungo e piri-piri se estivermos na presença de frutos de menores dimensões e por vezes secos. É um arbusto pequeno da família das solanáceas, nativo de regiões tropicais da América, muito cultivado no Brasil. Possui folhas ovais, acuminadas, flores alvas e bagas fusiformes, vermelhas, bastante picantes, usadas como condimento e excitantes do aparelho digestivo.

No Brasil, é uma das pimentas utilizadas para a chamada Pimenta Calabresa, depois de seca ou moída.
Pimenta de Caiena é originária da Guiana Francesa  e é uma mistura de pimentas vermelhas como a malagueta, dedo-de-moça, entre outras. Encontrada em pó na coloração vermelha, tem sabor forte e pungente. É bastante utilizada nas cozinhas mexicana e tailandesa para temperar molhos, peixes e aves. É da espécie Capsicum Baccatum em Portugal, mas que é conhecida como "dedo de moça" ou "chifre de veado", este último associada a frutos de maiores dimensões e coloração mais intensa, no Brasil. Apresenta frutos alongados de coloração verde (imaturo) e vermelho (maduro), pugência picante baixo e aroma baixo. Mais suave que a malagueta e ligeiramente mais picante que a jalapeno, é uma pimenta saborosa que pode ser encontrada líquida, fresca, em conserva ou desidratada na forma de flocos com sementes, recebendo aí o nome de Pimenta Calabresa.

 Na Europa, principalmente Itália, a Pimenta Calabresa é feita da Pepperoncini. Deve ser utilizada com moderação pois o processo de secagem acentua bastante o sabor e a pungência. Utiliza-se na preparação de molhos, lingüiça, lombo, carnes e peixes.
A Pimenta Síria, como a Pimenta Calabresa, é uma mistura de pimenta-da-jamaica, pimenta-do-reino, canela, cravo da índia e noz-moscada, muito utilizada no preparo de pratos árabes.
A Pimenta da Jamaica é o fruto da Pimenta Dióica que, devido ao sabor da pimenta que pode lembrar o cravo, a canela e a noz-moscada é conhecida também como pimenta "All Spice".

A Pimenta Preta, também conhecida como Pimenta Redonda e, no Brasil, como Pimenta-do-Reino, é uma das mais antigas especiarias conhecidas. As pequenas frutas provêm das drupas da planta trepadeira Piper Nigrum L. da família Piperaceae, que se desenvolvem nas florestas equatoriais da Ásia.

Quando imaturas, apresentam a cor verde, após o que se apresentam vermelhas; fervidas tornam-se negras e depois são secas. Quando ainda verde ou vermelho, o mesmo fruto pode ser seco ou conservado em salmoura, mantendo as cores originais. Quando maduro e seco, pode ser descascado, tornando-se na pimenta branca.

Os seus grãos, secos e moídos, são bastante utilizados na culinária de diversos países. Tem um sabor forte, levemente picante, proveniente de um composto químico chamado Piperina. Por essa razão foi utilizada desde a Idade Média para disfarçar o sabor dos alimentos em vias de decomposição. Atualmente o Brasil está entre os 3 primeiros maiores produtores de pimenta-do-reino.

Pimenta-de-Cheiro, apresenta frutos alongados, arredondado, triangular, campanulado e retangular. Seus frutos quando maduros variam desde o amarelo-leitoso, amarelo-forte, alaranjado, salmão, vermelho até preto quando maduros. Existem variedades com pugência doce, picante baixo e até picante alto. Seu aroma é alto, sendo bastante utilizada em saladas, como condimento para carnes, principalmente peixes. Pimenta típica da culinária baiana e nordestina, sua presença é obrigatória em pratos como o xinxim de galinha e os bobós.

Pimenta-de-Bode, apresenta frutos verdes (imaturos), amarelo ou vermelho (maduros), arredondados ou achatados, tipo pitanga. Sua pugência é alta e seu aroma também. É utilizada como condimento no preparo de carnes, arroz, feijão, pamonha salgada e até em biscoitos de polvilho e quando maduros, principalmente em conservas.

Pimenta Chili, proveniente do México, é uma pimenta extremamente picante, utilizada no preparo de pratos mexicanos e italianos. Ideal para sopas, cremes, molhos cremosos e de tomate, frutos do mar, carnes, aves, vegetais e coquetéis.
Pimenta Cumari é uma pimenta pequeninha, muito picante, ligeiramente amarga e baixo aroma. Nativa da mata brasileira, apresenta frutos arredondados ou ovalados, verde (imaturos) e vermelho (maduros). Encontra-se fresca ou em conserva.

Pimenta Jalapeno, originária do México, apresenta frutos cônicos de coloração verde claro a verde escuro quando imaturos e vermelho quando maduros. É consumida fresca, processada na forma de molho líquido, conservas, desidratada ou em pó. Bastante popular no México e Estados Unidos seu nome é uma homenagem à cidade de Jalapa, capital de Vera Cruz, no México. É utilizada em vários molhos para tacos, burritos e quando seca e defumada, é conhecida como chipotle.

Pimenta-de-Bode, apresenta frutos verdes (imaturos), amarelo ou vermelho (maduros), arredondados ou achatados, tipo pitanga. Sua pugência é alta e seu aroma também. É utilizada como condimento no preparo de carnes, arroz, feijão, pamonha salgada e até em biscoitos de polvilho e quando maduros, principalmente em conservas.

Pimenta Cambuci ou Chapéu-de-Frade, apresenta frutos verdes (imaturos) e vermelhos (maduros) na forma de campânula ou sino. De pungência doce e aroma baixo é utilizada em saladas e cozidos.

 Pimenta Rosa não é uma pimenta, é o bago seco da Araroeira, uma espécie pioneira e nativa do Brasil, parente do caju, da manga e do cajá mirim. O que lhe confere esse nome são seus pequenos frutos que durante a maturação apresentam coloração brilhante e lustrosa, que vai do rosa claro até o vermelho escarlate, semelhante a uma pequena pimenta.
 
 Dependendo da região onde se desenvolve é conhecida como aroeira, aroeira-vermelha, aroeira-pimenteira, pimenta do Brasil, aroeirinha, pimenta brasileira, entre outros nomes. No exterior foi introduzida na cozinha européia, pelo seu sabor suave, adocicado e levemente apimentado, com o nome de "Poivre Rose".
Uma das principais características culturais das tribos indígenas que habitavam as terras brasileiras na época do descobrimento era o cultivo de pimentas. Após o descobrimento, as sementes e frutos de pimentas passaram a ser cada vez mais cultivados, disseminado entre vários povos, utilizadas de diversas formas.

A "Capital Nacional da Pimenta", como é conhecido o município de Turuçu, começou a cultivá-las no final do século 19. Tal informação pode ser comprovada pelos depoimentos dos produtores da região, muitos deles já de idade elevada, tendo passado dos sessenta anos de idade, que relembram a cultura do cultivo, passada a eles por seus pais.
Pimenta Habanero, a mais forte, uma pimenta mexicana.







 

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