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quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Dicas para um relacionamento feliz.

Dicas para um relacionamento feliz

O casal
Todo relacionamento necessita de troca para sobreviver. Para tanto é necessário, em primeiro lugar identificar que troca existe na relação ( afetiva, conveniência, amor, cumplicidade… Quando não nos lembramos disso ficamos mais sensíveis a traição, ou por motivo real, ou porque achávamos que algo deveria ter ocorrido e não aconteceu como havíamos planejado ou idealizado.

Os filhos
Os filhos devem ter um lugar especial na relação do casal mas nunca ocupar o espaço de um dos membros. Para isso o casal deve estar atento para que não haja por parte da criança uma satisfação em burlar regras para se tornar o centro de atenção e até mesmo se destacar e vitimizar-se perante os pais. Isso fará com que o casal se distancie gerando brigas, frustrações e manipulações não satisfatórias.

Evite problemas
Não caía na sua própria armadilha, comece a perceber seus reais desejos, pois se você os ignora e não os conhece, o parceiro terá dificuldade em reconhecê-lo e corresponder ao que você imagina querer de fato. Pense nisso!

10 Dicas para não estragar seu relacionamento.

10 dicas para não estragar seu relacionamento

Muitas pessoas ultimamente têm procurado técnicas e fórmulas milagrosas que as ensine a salvar o seu relacionamento. Contudo, tão importante quando saber o que fazer de certo em um relacionamento, é saber o que não fazer para estragá-lo. Se você puder prestar atenção aos seus atos cotidianos, identificar e evitar as atitudes abaixo, certamente estará contribuindo de forma positiva para o futuro da relação.

1. Evite guardar a sua opinião com relação às atitudes de seu parceiro que lhe incomodam, pois o que inicialmente parece pequeno um dia poderá ser o estopim de uma grande guerra. Por exemplo, se você se incomoda com a toalha molhada sobre a cama, converse com ele a primeira vez que isso acontecer e exponha claramente porque isso lhe incomoda. Caso você for empurrando com a barriga , pode ser que um dia a gota d´agua para a separação seja justamente a tolha molhada que insiste em repousar sobre a cama.

2. Evite guardar mágoas e ressentimentos do seu parceiro ou parceira quando ele (ou ela) lhe falar algo que você considere ofensivo. Procure livrar-se desse sentimento antes que ele seja capaz de transformar o amor em ódio. Há duas técnicas que lhe permitem evitar o acúmulo de raiva. A primeira: respire fundo e simplesmente deixe o sentimento ir embora - aceite seu parceiro como ele é, incluindo as falhas, pois ninguém é perfeito (nem você). A segunda: fale com seu parceiro (a) sobre isso e procurem uma solução que agrade ambos (e não só você). Tente falar sem confrontar e sim de um jeito que expresse como você se sente sem ser acusatório. De repente você pode descobrir que a intenção não era lhe ofender.

3. Por mais difícil que possa parecer, procure controlar o seu ciúme e o excesso de desconfiança. O ciúme é um veneno letal para a maioria das relações. Um pequeno ciúme leve e ponderado chega ser sadio para a relação, mas quando chega a necessidade de controlar o seu parceiro (a), ele se transforma em brigas que deixam ambos infelizes. Se você tem problemas com ciúmes, e chega ao ponto de parar a sua vida para perseguir o outro, é importante que você reconheça que a raiz desse problema é a sua insegurança, que pode estar ligada a sua infância, ou a algum relacionamento anterior em que você se feriu. Portanto, é necessário que você procure o auxilio de um profissional para compartilhar as suas inseguranças e frustrações e não mais dar vazão a elas em seu relacionamento.

4. Evite idealizar e colocar excessivas expectativas no ser amado. Freqüentemente no início da relação nós esperamos que nossos parceiros nos coloquem em primeiro lugar em tudo, que nos surpreendam, nos suportem, que sejam sempre sorridentes e etc. Sem perceber, nós criamos expectativas muito altas e não nos damos conta que o nosso parceiro não é perfeito, como ninguém é. Não podemos esperar que eles (ou elas) sejam carinhosos e amorosos a cada minuto de cada dia, pois todos têm períodos difíceis na vida. Não podemos esperar que eles sempre pensem na gente, já que eles obviamente vão também pensar neles ou em outros alguma hora. Não podemos esperar que eles sejam exatamente como nós somos, já que cada um é cada um. Expectativas muito altas levam a desapontamento e frustração, especialmente se não comunicamos ao outro essa expectativa. Como podemos esperar que nosso parceiro atinja essas expectativas se eles nem sabem sobre elas? O remédio é baixar nossa ansiedade, deixar nossos parceiros serem eles mesmos, e aceitá-los e amá-los por isso.

5. Evite criar um abismo entre o casal. Esse não é um problema só de que tem filhos, mas também de outros casais que trabalham excessivamente, viajam constantemente e não abrem de suas atividades de prazer. Infelizmente, casais que não passam algum tempo sozinhos acabam criando um distanciamento entre si. Embora passar tempo junto quando você está com filhos, amigos ou família seja bom, é importante também passar algum tempo juntos e sozinhos. Se está difícil achar esse tempo, sugiro que reservem horário um para o outro no decorrer do dia e levem a sério o combinado, pois se você não desmarca o dentista ou a aula de ginástica, porque desmarcar o horário com a pessoa que você ama? E quando vocês estiverem juntos, façam um esforço para se conectarem, se divertirem e se curtirem, exatamente como vocês faziam no início do relacionamento e não apenas estejam juntos por obrigação.

6. Evitar o diálogo. Esse pecado agrava todos os itens da lista, pois a boa comunicação é fundamental para um bom relacionamento. Se você tem ressentimento, você deve conversar sobre isso em vez de deixar o ressentimento crescer. Se você é ciumento, você deve abrir o jogo, ser honesto e expor sua insegurança. Se você tem expectativas, deve dizê-las ao seu parceiro. Se existem problemas, vocês devem reconhecê-los e trabalhar para solucioná-los. Comunicação não quer dizer apenas falar, discutir a relação ou brigar. Comunicação quer dizer revelar os seus sentimentos (frustração, desculpa, medo, tristeza, alegria) sem medo de demonstrar fraqueza. Para o diálogo entre o casal ficar mais interessante, comunique também o quanto você é feliz ao lado dele (ou dela), o quanto ainda o (a) ama e o quanto vocês são felizes.

7. A falta de reconhecimento também é um grande exterminador de relacionados e geralmente, ele vem aliado à falta de diálogo. A frieza de sentimentos pode ser compreendida como uma falta de gratidão e apreciação de tudo o que o seu parceiro (ou parceira) faz para você. Toda pessoa (até você) quer ser reconhecida e elogiada pelo que faz. Ele lava os pratos ou cozinha algo que você gosta? Ela lhe ajuda, dá suporte ou compreende o seu trabalho? Ao invés de reclamar que a cozinha está uma bagunça, ou que é obrigação dela compreender a sua profissão, tire um tempo para dizer obrigado, dar um beijo e um abraço. Essa pequena atitude poderá fazer com que a pessoa se sinta realmente amada por você e importante na sua vida.

8. Falta de afeto e de troca de carinho. Nesse item, não estamos falando somente de sexo, mas também dele. Estudos comprovam que para a mulher receber atenção do marido e ser acariciada por funcionam como preliminares para a relação sexual. Afeto é importante, faz bem e todo mundo precisa de um pouco dele, especialmente vindo de quem amamos. Tire um tempo, todo santo dia, para dar atenção ao seu parceiro; dê um beijo quando ele ou ela chegar em casa do trabalho, diga-lhe Bom Dia e Boa Noite, chegue por trás e dê um beijo no pescoço, massageie suas costas enquanto ele vê TV e o que mais a criatividade de vocês permitir.

9. Teimosia. Todo relacionamento terá problemas e discussões - mas é importante que você aprenda a resolvê-los depois de baixar a guarda um pouco. Infelizmente, muitos de nós são tão teimosos a ponto de não reconhecer a sua própria teimosia. Evite querer estar sempre certo (ou certa) e colocar todos os erros sobre o seu parceiro. Para evitar que a sua teimosia destrua o seu namoro ou casamento, procure flexibilizar a sua opinião e desenvolva o hábito de pedir desculpas quando você está errado (a) e realmente a culpa é sua. Lembre-se que o orgulho não leva a nada e conforme já disse, não há porque temer parecer ser fraco diante da pessoa que te ama. Certamente, ela irá lhe ajudar a corrigir o seu erro ao invés de te rejeitar por isso.

10. A rotina e o comodismo. Resolvi deixar para o final os maiores assassinos de relacionamento. Depois de muito tempo juntos, o homem pensa que não é mais necessário mandar flores inesperadas para a esposa, convidá-la para jantar em uma noite qualquer e ela também pensa que já não são mais necessárias lingeries novas, beijos de bom dia, conversas durante o jantar… Enfim, ambos pensam que não é mais necessário agir de forma conquistadora e de repente lá estão dois acomodados deixando a relação ser conduzida pelo piloto automático das obrigações cotidianas.

domingo, 24 de outubro de 2010

Direitos Humanos amplia cooperação com países africanos

 


Da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República,
do portal da SEDH,
05-07-2010
 
 
A agenda na Guiné Bissau prevê a assinatura de acordos de cooperação técnica nas áreas de Registro Civil de Nascimento, lançamento do livro Olhares Cruzados e a abertura da A 2º Mostra Cinema e Direitos Humanos Itinerante - Brasil-Guiné Bissau. A cooperação brasileira ocorre no mesmo momento em que o presidente Lula faz a última viagem ao continente em seu mandato
 
A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República iniciou hoje (5) uma série de atividades em três países do continente Africano (Guiné Bissau, Cabo Verde e África do Sul, respectivamente). O secretário executivo dos Direitos Humanos, Rogério Sottili, lidera a missão, formada nesta etapa pela diretora de Cooperação Internacional da SDH, Maria do Carmo Rebouças, a coordenadora-geral de Educação em Direitos Humanos, Gícia Falcão, e a assessora Leilá Leonardos. A agenda na Guiné Bissau prevê a assinatura de acordos de cooperação técnica nas áreas de Registro Civil de Nascimento, lançamento do livro Olhares Cruzados e a abertura da A 2º Mostra Cinema e Direitos Humanos Itinerante - Brasil-Guiné Bissau.
 
A cooperação brasileira ocorre no mesmo momento em que o presidente Lula faz a última viagem ao continente em seu mandato.
 
Nesta segunda-feira (5), Sottili foi recebido em audiência pelo ministro da Justiça, Mamadu Pires, que informou os resultados positivos iniciais conquistados a partir da cooperação técnica com o Brasil. Pires relatou a abertura de oito cartórios e a abertura de concurso público para o cargo de registradores. Ele afirmou ainda que um decreto do primeiro-ministro, Carlos Gomes Junior, instituirá a mobilização nacional registro civil e documentação básica nos moldes do programa desenvolvido no Brasil.
 
Em maio deste ano, a equipe da SDH, chefiada por Maria do Carmo Rebouças, apresentou um pré-diagnóstico sobre as ações a serem adotadas pelo país. "O documento foi feito a partir de informações fornecidas pelos interlocutores durante a missão de prospecção, em outubro do ano passado", explica Maria do Carmo. Ela conta que o trabalho recebe o apoio direto do embaixador brasileiro Jorge Geraldo Kadri."
 
Estudo feito pelo governo mostra que somente 38,4% das crianças de menos de cinco anos foram registradas ao nascer. As informações dão conta de que nas regiões da Província Sul foi onde se observou a menor cobertura de registro civil de nascimento (20%) e nas da Província Norte a maior (47,5%), e mesmo nessa o sub-registro é maior que 50%", explica Leila Leonardos, da SDH e uma das decanas no combate ao sub-registro civil de nascimento no Brasil.
 
Espelho - o livro "Olhares Cruzados" foi lançado nesta segunda-feira (5), no Centro Cultural Brasil-Guiné Bissau, na capital do País, com a participação do ministro da Justiça, de Rogério Sottili, da SDH, do embaixador brasileiro Geraldo Kadri.
 
A edição, que tem como tema o registro civil de nascimento, é resultado do intercâmbio realizado entre crianças e jovens brasileiros da comunidade do Alto José do Pinho, no Recife (PE), com as comunidades Bissau-Quelelê e Bissau-Pluba 2, em Guiné-Bissau; e das comunidades de Pinheiros e Uixi, em Beruri (AM) com comunidades das ilhas de Bubaque e Canhabaque, no arquipélago de Bijagós, também em Guiné-Bissau.
 
"Escolhemos esse tema para desenvolver a compreensão dos diretos humanos como é o caso do direito à identidade", informa Dirce Carrion, coordenadora do projeto Olhares Cruzados, desenvolvido pela Organização Imagem da Vida.


No total, o projeto contou com a participação de 183 crianças que discutiram a importância do respeito aos direitos humanos, a diversidade e o direito à identidade com foco no Registro Civil de Nascimento. Todos participaram de oficinas de fotografia, redação, desenho e elegeram personagens que se destacam pelo seu trabalho em suas comunidades para serem entrevistados.

 
São 32 entrevistas que apresentam um mosaico de cidadãos comuns brasileiros e guineenses, ambos retratados pela visão das crianças.
 
"A dinamização das relações culturais do Brasil com os países do continente africano é muito importante para a política de resgate dos laços históricos, iniciada no governo Lula", afirma Sottili. Na opinião dele, Brasil e Guiné-Bissau guardam uma série de similaridades por conta do passado escravocata brasileiro.
 
Sétima Arte - Foi aberta segunda-feira (5) a 2º Mostra Cinema e Direitos Humanos Itinerante - Brasil-Guiné Bissau, promovida pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e pelo Ministério das Relações Exteriores por meio da embaixada brasileira no País. A exibição é dedicada a obras audiovisuais dos dois países que abordam questões referentes ao tema e produzidas nos dois paises.
 
"O objetivo é proporcionar momentos de reflexão sobre a situação dos Direitos Humanos na Guiné-Bissau e no Brasil", afirma Maria do Carmo. Segundo ela, a proposta é expandir a mostra itinerante para outros países. "Um dos objetivos é consolidar o evento no calendário cultural do País", conta ela. A realização da mostra é resultado da cooperação que a SDH/PR presta ao País e integra o programa de Cooperação Sul-Sul.
 


A Guiné-Bissau é um país situado na África Ocidental. É um pouco menor que o estado de Rio de Janeiro e maior que Alagoas. Possui uma população de cerca de 1,5 milhão de habitantes (2005), com densidade demográfica de 41,5 habitantes por km². Limita-se ao norte com o Senegal, ao leste e sul com a República da Guiné (Conakry ) e ao oeste com o Oceano Atlântico. O país figura na categoria dos menos avançados do mundo (IDH de 0,349 em 2004 - 173º entre 177 países), de crescimento demográfico forte (taxa de 3% estimada pelo Banco Mundial), com 33,9% da população vivendo em zona urbana e 66,1% na zona rural. Tem uma população predominantemente jovem (mais de 50% abaixo de 15 anos).
A taxa de pobreza monetária em 2002 era de 64,7% (limite de 2 dólares/dia) e de pobreza extrema de 21,4% (limite de 1 dólar/dia ). No conjunto, as mulheres revelam-se quase tão pobres quanto os homens, com uma incidência respectiva Canhabaque e Bubaque e participar da Mostra de Cinema e Direitos Humanos Brasil Guiné Bissau.
 
Nesta terça-feira (6) a missão brasileira segue para Cabo Verde.

Valorizar as Pessoas.

Não é possível pensar em desenvolvimento sem valorizar as pessoas


Marcus Eduardo de Oliveira *

Adital -

O desenvolvimento, em suas múltiplas manifestações, não é uma questão de ter, mas sim de ser mais. Sábios e filósofos de todos os tempos e de todos os horizontes profetizaram a esse respeito. Gandhi argumentou que o desenvolvimento seria bom e justo somente se elevasse a condição dos mais modestos. Em defesa de uma economia com uma face mais humana, padre Louis Joseph Lebret pontuou que o desenvolvimento não deve ser visto apenas pelo prisma econômico (acúmulo material), mas também pelo social, ético, político, moral. Adam Smith, preocupado em estudar a riqueza das nações, afirmou que a verdadeira riqueza deve ser avaliada pelo padrão de vida das famílias.
Pois bem. Se verdadeira for a premissa de que uma economia boa é aquela que funciona, a economia para poder funcionar a contento e fazer jus à sua condição de ciência pertencente ao campo do humanismo, necessita incluir as pessoas. Dito isso, cabe ressaltar que a inclusão das pessoas passa indubitavelmente por avaliar o padrão de vida das famílias. Inclusão está associado a bem-estar.
É pela inclusão das pessoas, tornando-as participativas, que podemos então medir o eixo da liberdade e da melhoria de vida de cada um. Isso implica, contudo, captar a realidade social. Dito de outra forma, isso deve ser o foco principal das preocupações econômicas. Não é por acaso que é consenso afirmar que o crescimento econômico vem acompanhado por um florescimento das liberdades. Essa tal liberdade somente se torna plena quando incorpora em sua essência o mais importante imperativo: a justiça social. Por sua vez, justiça social é o outro nome de uma economia que esteja incorporada à idéia central que pretende colocar o progresso a serviço dos mais pobres. Àqueles que dirigem (e participam) (d) as economias modernas - os agentes econômicos - devem estar cientes dessa premissa.
Definitivamente, não é possível pensar em desenvolvimento sem valorizar as pessoas, assim como não é possível falar em crescimento das liberdades e de justiça social sabendo que um terço da humanidade permanece mergulhado na miséria. Continuar postergando a solução desse enorme e desumano problema, é procrastinar a escala evolutiva da vida; antes disso, é afrontar a capacidade de viver em equilíbrio e em harmonia consigo e com os outros.
Ora, se todo problema social exige uma solução econômica, que a economia esteja à altura de resolver essa ignomínia. Conquanto, antes da ação, é necessário o consenso. Por que afirmamos isso? Porque a divergência, nesse caso, apenas divide, e não permite construir o novo. Vejamos que a barafunda e a celeuma, em termos de condução da atividade econômica, tende a se estabelecer, o que impede, sobremaneira, apontar e vislumbrar o horizonte com nitidez.
Em se tratando de matéria econômica, é muito mais corriqueiro termos dissenso que consenso. Vejamos pelo prisma de se buscar entender o que significa de fato e de direito desenvolvimento para os economistas. Nesse pormenor, uns dizem que a melhor política de desenvolvimento seria a que enriquece os indivíduos. Outros, mais preocupados com a realidade social, apontam que a melhor política é a que desempobrece os mais necessitados. Esses estão do lado dos que pensam antes ser necessário destruir os alicerces da pobreza, a fim de solidificarem uma economia e sociedade com capacidade de prosperarem sem as manchas sociais mais tacanhas dos tempos modernos: a fome, a miséria, a exclusão social. Esses últimos ainda são sabedores de que uma economia vai mal e regride quando a especulação e as artimanhas do mercado financeiro se tornam mais atrativas do que a criação de novas atividades que nascem de novas idéias que está, por sua vez, centralizada na valorização do capital humano.
Quando o capital humano (o intelecto) passa a ser valorizado e incluído em termos de políticas econômicas, a satisfação de cada um realça em escala exponencial. Se a idéia central da economia (tanto ciência quanto atividade produtiva) não for a inclusão das pessoas, a economia deixa de fazer sentido uma vez que essa ciência nasceu para dar boas respostas de como melhorar a vida de cada um.
Aos economistas modernos que pautam suas ações nessa linha de pensamento cabe anunciar mais um recado vindo da academia. De lá, Edmund Phelps, laureado com o Nobel, vem para dizer que "a boa economia é a que satisfaz a aspiração a uma vida boa". Alguém quer aspiração melhor a uma vida boa do que se sentir e estar incluído?
Portanto, se os economistas tem uma função bem definida essa é certamente a de se envolver no processo de transformação econômica e social. A economia e os economistas modernos precisam, em termos de análises e ações, alcançarem os objetivos sociais. De uma vez por todas é precioso pontuar que só haverá inclusão plena quando as ações apontarem para a urgente transformação. Do jeito que está, não é possível pensar em desenvolvimento sem valorizar as pessoas. Sem inclusão, definitivamente não há progresso!

* Economista brasileiro, especialista em Política Internacional. Articulista do site "O Economista", do Portal EcoDebate e da Agência Zwela de Notícias (Angola)

Intolerancia Religiosa Nas Escolas.

Pesquisa mostra que intolerância religiosa ainda está presente em escolas brasileiras

 
 
Profissionais "despreparados" para lidar com religiões diferentes. Invasão de terreiros. Ofensas. Crianças isoladas por colegas e professores. Esses são alguns dos problemas encontrados por uma pesquisadora que visitou escolas de vários Estados do país e constatou que a intolerância religiosa em estabelecimentos de ensino é um problema grave e ainda invisível para as autoridades e a sociedade.

A pesquisadora Denise Carreira revela ter percebido certo "despreparo" dos profissionais de educação para lidar com o problema. Ela identificou que a principal fonte de discriminação são as religiões neopentecostais, que, segundo Denise, historicamente usam métodos de "demonização" para com algumas seitas.


Denise afirma ter observado em suas viagens casos de crianças, famílias e professores adeptos de religiões de matriz africana, como candomblé e umbanda, discriminados e hostilizados no seu cotidiano. Algumas crianças chegam a ser transferidas ou até mesmo abandonam a escola em razão da discriminação.


"Existem ocorrências de violência física (socos e até apedrejamento) contra estudantes; demissão ou afastamento de profissionais de educação adeptos de religiões de matriz africana ou que abordaram conteúdos dessas religiões em classe; proibição de uso de livros e do ensino da capoeira em espaço escolar; desigualdade no acesso a dependências escolares por parte de lideranças religiosas; omissão diante da discriminação ou abuso de atribuições por parte de professores e diretores etc", diz.


"São muitos casos e isso é, também, uma violência para com os direitos humanos, embora constitua uma agenda invisível na política educacional no Brasil", afirma. As denúncias, sustenta Denise, mostram que as atitudes discriminatórias vêm aumentando em decorrência do crescimento de determinados grupos neopentecostais, principalmente nas periferias das cidades, e do poder que eles têm midiático.


O relatório, que será divulgado no dia 19, no Rio de Janeiro, e encaminhado a organismos internacionais, incluindo a Organização das Nações Unidas (ONU), traz recomendações para a resolução do problema. Uma das ferramentas para fazer frente ao problema, de acordo com relatora, é a implementação da lei federal 10.639/2003, que tornou obrigatório o ensino da história e da cultura africana e afro-brasileira em toda a educação básica.


Experiência própria


Jandira Santana Mawusi, estudante do curso de pedagogia na Uneb (Universidade Estadual da Bahia), e coordenadora de um curso pré-vestibular em uma escola municipal no bairro do Engenho Velho da Federação, em Salvador, conhece esse tipo de discriminação por experiência própria. "Desde que falei que sou de candomblé, os meus colegas de sala de aula mudaram comigo. Tenho dificuldade para me integrar aos grupos de estudo, e eles me olham como se fosse uma pessoa diferente, capaz de lhes fazer algum mal", afirma.


Segundo ela, na escola onde leciona, diariamente, o diretor convida a todos para rezar o "Pai Nosso" antes das aulas. "Certo dia, ele me convidou a me juntar aos demais na oração. Então, perguntei se eu também poderia rezar para xangô. Ele respondeu que não porque não daria tempo", conta.

Jandira diz que a mãe de duas crianças que estudaram nessa mesma escola recorreu ao Ministério Público porque suas filhas foram apontadas como "possuídas" por um professor, por serem de candomblé.

Não raro, diz ela, pessoas iniciadas temem revelar suas crenças. "Há pouco tempo, fazendo uma pesquisa no bairro, perguntei a uma senhora, dona de um terreiro, qual era a sua religião. Fiquei um tempo sem resposta. Indaguei a razão do seu silêncio e ela me disse que se devia à intolerância predominante."


Atuando há mais de 10 anos na formação de profissionais para evitar intolerâncias racial e sexual e outras, membros do Ceafro (Educação e Profissionalização para a Igualdade Racial e de Gênero) mostraram-se chocados com a seriedade dos depoimentos colhidos por Denise.

"Não é novidade"


"Para nós, esse tema não é novidade. Mas, devo reconhecer, foi impactante ouvir os relatos de professores e mães de alunos que tiveram problemas. Doeu ouvir de alunos, por exemplo, que fizeram ?santo?, e, tendo que usar roupas brancas, andaram com a cabeça raspada, foram taxados de ?filho de diabo?, entre outras aberrações a que foram submetidos, ao ponto de não quererem mais voltar para a escola ou quererem abandonar o candomblé", conta Ceres Santos, coordenadora executiva do Ceafro. "É muito grave", diz.


Denise Carreira esteve na Bahia entre os dias 9 e11 de agosto. Ouviu o Ministério Público Estadual, as secretarias de Educação e Reparação, representantes dos terreiros de candomblé e outras lideranças religiosas. Segundo ela, as visitas ocorreram em Estados como Rio, São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná.


O relatório será apresentado também ao Congresso Nacional, ao Conselho Nacional de Educação, Ministério Público Federal, autoridades educacionais, e instâncias internacionais de direitos humanos.

Heliana Frazão

Jornalismo Delinquente.

O Jornalismo Delinqüente


AS PESSOAS, inclusive os jornalistas, podem ser contrárias ou favoráveis à introdução de leis raciais no ordenamento constitucional brasileiro. Não é necessário, contudo, falsear deliberadamente a história como faz o panfleto disfarçado de reportagem publicado nesta Folha sob as assinaturas de Laura Capriglione e Lucas Ferraz ("DEM corresponsabiliza negros pela escravidão", Cotidiano, 4/3).

A invectiva dos repórteres engajados contra o pronunciamento do senador Demóstenes Torres (DEM-GO) na audiência do STF sobre cotas raciais inscreve no título a chave operacional da peça manipuladora.

O senador referiu-se aos reinos africanos, mas os militantes fantasiados de repórteres substituíram "africanos" por "negros", convertendo uma explanação factual sobre história política numa leitura racializada da história.

Não: ninguém disse que a "raça negra" carrega responsabilidades pela escravidão. Mas se entende o impulso que fabrica a mentira: os arautos mais inescrupulosos das políticas de raça atribuem à "raça branca" a responsabilidade pela escravidão.

Num passado recente, ainda se narrava essa história sem embrulhá-la na imaginação racial. Dizia-se o seguinte: o tráfico atlântico articulou os interesses de traficantes europeus e americanos aos dos reinos negreiros africanos. Isso não era segredo ou novidade antes da deflagração do empreendimento de uma revisão racial da história humana com a finalidade bem atual de sustentar leis de divisão das pessoas em grupos raciais oficiais.

Demóstenes Torres disse o que está nos registros históricos. Os repórteres a serviço de uma doutrina tentam fazer da história um escândalo.

O jornalismo que abomina os fatos precisa de ajuda. O instituto da escravidão existia na África (como em tantos outros lugares) bem antes do início do tráfico atlântico. Inimigos derrotados, pessoas endividadas e condenados por crimes diversos eram escravizados. A inexistência de um interdito moral à escravidão propiciou a aliança entre reinos africanos e os traficantes que faziam a rota do Atlântico. Os empórios do tráfico, implantados no litoral da África, eram fortalezas de propriedade dos reinos africanos, alugadas aos traficantes.

O historiador Luiz Felipe de Alencastro, convocado para envernizar a delinquência histórica dos repórteres ("África não organizou tráfico, diz historiador"), conhece a participação logística crucial dos reinos africanos no negócio do tráfico. Mas sofreu de uma forma aguda e providencial de amnésia ideológica ao afirmar, referindo-se ao tráfico, que "toda a logística e o mercado eram uma operação dos ocidentais".

Os grandes reinos negreiros africanos controlavam redes escravistas extensas, capilarizadas, que se ramificavam para o interior do continente e abrangiam parceiros comerciais estatais e mercadores autônomos. No mais das vezes, a captura e a escravização dos infelizes que passaram pelas fortalezas litorâneas eram realizadas por africanos.

Num livro publicado em Londres, que está entre os documentos essenciais da história do tráfico, o antigo escravo Quobna Cugoano relatou sua experiência na fortaleza de Cape Coast: "Devo admitir que, para a vergonha dos homens de meu próprio país, fui raptado e traído por alguém de minha própria cor". Laura e Lucas, na linha da delinquência, já têm o título para uma nova reportagem: "Negros corresponsabilizam negros pela escravidão".

O tráfico e a escravidão interna articulavam-se estreitamente. No reino do Ndongo, estabelecido na atual Angola no século 16, o poder do rei e da aristocracia apoiava-se no domínio sobre uma ampla classe de escravos.

No Congo, a população escrava chegou a representar cerca de metade do total. O reino Ashanti, que dominou a Costa do Ouro por três séculos, tinha na exportação de escravos sua maior fonte de renda. Os chefes do Daomé tentaram incorporar seu reino ao império do Brasil para vender escravos sob a proteção de d. Pedro 1º.

Em 1840, o rei Gezo, do Daomé, declarou que "o tráfico de escravos tem sido a fonte da nossa glória e riqueza".

Em 1872, bem depois da abolição do tráfico, o rei ashanti dirigiu uma carta ao monarca britânico solicitando a retomada do comércio de gente.

O providencial esquecimento de Alencastro é um fenômeno disseminado na África. "Não discutimos a escravidão", afirma Barima Nkye 12, chefe supremo do povoado ganês de Assin Mauso, cuja elite descende da aristocracia escravista ashanti. Yaw Bedwa, da Universidade de Gana, diagnostica uma "amnésia geral sobre a escravidão".

Amnésia lá, falsificação, manipulação e mentira aqui. Sempre em nome de poderosos interesses atuais.

DEMÉTRIO MAGNOLI, sociólogo, é autor de "Uma Gota de Sangue - História do Pensamento Racial" (SP, Contexto, 2009).

Fonte: http://noracebr.blogspot.com/2010/03/o-jornalismo-delinquente.html

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Leve o Windows Dentro de Um Pendrive.

WinToFlash leva o Windows para onde você quiser.

Um dia, certamente, drives ópticos se tornarão tão obsoletos como os disquetes são para nós hoje em dia. O uso de pendrives está crescendo a cada dia mais, e suas finalidades encontram-se em igual expansão. Seja para transportar dados, músicas, vídeos, documentos, ou até mesmo, implantar programas e sistemas operacionais em computadores, estes poderosos dispositivos estão sempre às ordens, com capacidades cada vez mais elevadas e possibilidades de uso mais extensas e inusitadas.

Pensando neste movimento e em sua natural conseqüência, muitas ferramentas tem sido lançadas para possibilitar a instalação de sistemas operacionais a partir destes práticos e versáteis dispositivos. E WinToFlash está entre este feliz grupo de softwares.

wintoflash download

O programa é capaz de copiar para um dispositivo USB todo o conteúdo necessário para a instalação do Windows em computadores, de forma prática e bastante fácil de realizar.

 Graças ao assistente de uso que traz, o usuário pode realizar cada etapa com calma e confiança, e em poucos minutos concluir todo o processo.

Assistente de uso

Para iniciar o uso de WinToFlash, é preciso, primeiramente, de um CD do Windows e um pendrive com pelo menos 4GB que possa ser formatado. Com tudo providenciado, basta deixar que o assistente o guie pelas telas e etapas do processo.

baixar wintoflash

Ao final da operação, uma mensagem é exibida informando sobre o êxito do processo. É lembrado também que computadores mais antigos estão sujeitos a não aceitação do boot por meio do dispositivo e outros cartões de memória USB.

Além de trazer um ótimo assistente de uso, WinToFlash permite criar instaladores para várias versões do windows, incluindo as mais recentes: Windows Vista e Windows 7, e está disponível em versão portátil e inteiramente gratuita.

Uso do Para-Raios.

Período chuvoso reacende preocupação com para-raios

Celina Aquino - Estado de Minas

O engenheiro Normando Alves compara a vistoria do para-raios a de um carro para mostrar a importância de zelar pela segurança




















 O período de chuvas se aproxima e os donos de imóveis devem dar atenção especial a um equipamento de segurança pouco lembrado: o para-raios. Chamado também de sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA), o dispositivo tem a função de receber o raio e conduzi-lo de forma segura até o solo, onde a energia será dissipada.




Por isso é tão importante que ele seja instalado corretamente e passe por vistoria periódica, de preferência, antes da época de tempestades. Se uma descarga elétrica atingir a edificação, pode provocar estragos devastadores.

A instalação e manutenção de para-raios é regulamentada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), por meio da norma NBR 5.419, atualizada a cada cinco anos. No documento consta a orientação para que, uma vez por ano, o equipamento passe por análise visual. Depois de vistoriar o SPDA, o técnico de uma empresa especializada deve emitir laudo para atestar se o sistema está de acordo com as exigências ou precisa ser alterado.

O engenheiro civil Normando Virgílio Borges Alves, vice-presidente da Associação Brasileira de Engenharia de Sistemas Prediais em Minas (Abrasip-MG), compara a vistoria do para-raios à de um carro, mostrando a importância de zelar pela segurança. “Isso é para garantir que o para-raios continue funcionando, senão ninguém nunca vai saber se ele está em bom estado. É a mesma coisa que fazer viagem com um carro cujo óleo não é trocado há cinco anos.”

O para-raios é a melhor maneira de garantir que não haja danos em um imóvel, caso seja atingido por uma descarga elétrica. A possibilidade de ocorrer um acidente é mínima, já que a eficiência do equipamento chega a até 98%. “Tudo depende de onde o raio vai cair e da estrutura da edificação”, explica Alves.

O engenheiro relembra um episódio que ocorreu há seis anos em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, para mostrar que às vezes o SPDA não impede que uma descarga acerte certas partes da fachada de um prédio, por exemplo. O raio em questão bateu na janela de um apartamento. Em consequência a cortina se incendiou e o fogo destruiu todos os móveis do quarto.

O integrante da Abrasip, no entanto, garante que estragos provocados por descargas elétricas são raros quando há para-raios, principalmente nas áreas urbanas. “Mais de 90% das edificações têm concreto armado ou estrutura metálica, então a energia sai pelas ferragens.” Nesse caso, apenas o ponto onde o raio atingiu ficaria danificado.


Moradores investem em dispositivos de proteção contra a descarga de raios

Celina Aquino - Estado de Minas
O engenheiro de operação Marcos Vinícius sugere retirar aparelhos da tomada para evitar problema em caso de raios




















Assim que decidiram investir em uma reforma, os moradores do Edifício Dom Cezare Augustus, que fica na Savassi, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, descobriram que seria preciso reservar parte do dinheiro para trocar o para-raios. Ao fazer vistoria na cobertura, eles se deram conta de que o equipamento de segurança já tinha 28 anos, a mesma idade da construção.

"Normalmente, os prédios nos centros urbanos mais antigos, construídos há 20, 30 anos, estão fora do padrão", comenta o engenheiro civil Normando Virgílio Borges Alves, vice-presidente da Associação Brasileira de Engenharia de Sistemas Prediais em Minas (Abrasip-MG), reforçando a importância da análise periódica.

Segundo o especialista, no caso de condomínios, a responsabilidade de verificar as condições do sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) é do síndico. “Se ele não fizer isso e acontecer um acidente no prédio, vai responder a processo civil e criminal na Justiça”, explica Alves.

Lição que o presidente da comissão de obras do Edifício Dom Cezare Augustus, Odair Guimarães, já aprendeu. "Resolvemos colocar um para-raios novo para termos mais tranquilidade e segurança. Estamos numa época perigosa, de muita chuva e trovões. Então, não queríamos ficar sem proteção", conta.

Há menos de dois meses o novo SPDA foi instalado e os moradores já têm planos de modernizar ainda mais a proteção contra raios, mesmo que seja preciso gastar uma fatia maior do fundo para obras. Afinal, para-raios não é um investimento barato. Os que são usados para proteger uma casa pequena custam em torno de R$ 10 mil. Já os modelos ideais para prédios podem valer R$ 80 mil e, em indústria, chega-se a gastar até R$ 1 milhão na instalação de um SPDA.

“Quanto maior a área, maior o custo, mas o bom projetista pode fazer a diferença no valor final. Se ele conhece bem a norma, usa os recursos para que o custo caia de R$ 60 mil para R$ 40 mil, por exemplo”, alerta o engenheiro.

Existem no mercado, a preço mais acessível, os para-raios de baixa tensão, que são instalados em tomada ou quadro de distribuição. Os dispositivos protetores de surto (DPS), como também são conhecidos, impedem que a descarga atmosférica chegue até os aparelhos eletroeletrônicos.

“Esses dispositivos conseguem proteger os equipamentos de raios que vêm da rede elétrica ou da rede de dados”, explica o engenheiro de operação do sistema de distribuição da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) Marcos Vinícius Carneiro. Isso porque os raios também podem passar pelos cabos de internet, televisão, telefone, pela parabólica e até pela antena conhecida como espinha de peixe.

A eficiência dos para-raios de baixa tensão ficou comprovada em um teste recente realizado na Universidade Federal de Itajubá (Unifei), Sul de Minas. Segundo Carneiro, nenhum equipamento eletroeletrônico que estava conectado a uma tomada com DPS se queimou depois de ser bombardeado por diversas descargas elétricas. Mesmo assim, o engenheiro sugere que os consumidores criem novos hábitos para evitar surpresas. “Se você desplugar os aparelhos, nunca vai ter problema e ainda está economizará energia”, afirma.

Outra dica é mudar a hora do banho em caso de tempestade. “Se você está molhado e cai descarga elétrica próximo da sua casa, uma parte dela pode se refletir em você.”

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Bullying Nas Escolas. - Conselho Nacional de Justiça, Lança Cartilha.

Bullying pode começar em casa, diz cartilha do CNJ

Exemplo dos pais é fundamental para atitude dos filhos, segundo texto.
Escola é apontada como corresponsável nos casos de violência.

Do G1, em São Paulo
 
cartilhaCapa da cartilha do CNJ
 
Cartilha do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com dicas para o combate ao bullying nas escolas, lançada nesta quarta-feira (20) em Brasília, afirma que, muitas vezes, o fenômeno começa em casa. A escola é apontada como corresponsável nos casos de violência.

Baixe a cartilha


Segundo o texto, de autoria da psiquiatra, Ana Beatriz Barbosa Silva, o exemplo dos pais é fundamental para a atitude que os filhos terão em relação aos colegas. "Os pais, muitas vezes, não questionam suas próprias condutas e valores, eximindo-se da responsabilidade de educadores", diz o texto.

A cartilha traz em forma de perguntas e respostas traz várias orientações sobre como identificar o fenômeno, quais são suas consequências e como evitar.

De acordo com o texto, o bullying é cometido pelos meninos com a utilização da força física e pelas menina com intrigas, fofocas e isolamento das colegas. As formas podem ser verbais, física e material, psicológica e moral, sexual, e virtual, conhecida como ciberbullying. Segundo a cartilha, características de comportamento podem mostrar que uma criança é vítima de bullying.

Na escola, elas ficam isoladas ou perto de adultos, são retraídas nas aulas, mostram-se tristes, deprimidas e aflitas. Em casos mais graves, podem apresentar hematomas, arranhões, cortes, roupas danificadas ou rasgadas.

Em casa, a criança se queixa de dores de cabeça, enjôo, dor de estômago, tonturas, vômitos, perda de apetite e insônia, de acordo com a cartilha. Outros indicadores são mudanças de humor repentinas, tentativas de faltar às aulas.

Segundo o texto, a escola é corresponsável nos casos de bullying. A cartilha orienta a direção das escolas a acionar os pais, conselhos tutelares, órgãos de proteção à criança e ao adolescente. “Caso não o faça poderá ser responsabilizada por omissão”, diz a cartilha.

O texto afirma ainda que, em casos de atos infracionais, a escola tem o dever de fazer uma ocorrência policial. “Tais procedimentos evitam a impunidade e inibem o crescimento da violência e da criminalidade infantojuvenil”, diz o texto.

No Brasil, de acordo com a cartilha, predomina o uso de violência com armas brancas. Em escolas particulares, vítimas são segregadas, principalmente, devido a hábitos ou sotaques.

A cartilha orienta os pais a observar o comportamento dos filhos e a manter diálogo franco com eles. “Os pais não devem hesitar em buscar ajuda de profissionais da área de saúde mental, para que seus filhos possam superar traumas e transtornos psíquicos”, diz o texto.

Além disso, os pais devem estimular os filhos a desenvolver talentos e habilidades inatos, para resgatar a autoestima e construir sua identidade social.

sábado, 16 de outubro de 2010

Computação Nas Nuvens.

Mesmo sem saber, usuários já aderem à computação em nuvem

Dados publicados na web vão parar em servidores invisíveis aos usuários.
Redes sociais e até mesmo conta de e-mail estão baseados nessa estrutura.

Laura Brentano Do G1, em São Paulo

Você já está na nuvem, mas não sabe. Toda vez que você envia uma mensagem pelo Hotmail, busca um endereço no Google ou publica uma foto no Orkut, seus dados são processados e armazenados por um sistema conhecido como computação em nuvem. É a aposta de gigantes da computação, capaz de colocar do mesmo lado a Microsoft, criadora do Windows, e Linus Torvalds, gênio inventor do Linux. Todos querem sair do seu computador pessoal e partir para as nuvens.

“O mundo da tecnologia da informação passa por várias mudanças. Estamos agora evoluindo para uma estrutura de nuvem. O Google já nasceu na nuvem”, disse Francisco Gioielli, engenheiro do Google Brasil.
De acordo com Gioielli, existem duas características básicas para definir a computação em nuvem. Primeiro: os aplicativos são acessados pelo navegador.

 Ou seja, o usuário não precisa ter o programa instalado no computador, apenas o browser. A partir do navegador ele poderá acessar sites e ferramentas, como editores de texto e imagens, tudo armazenado na internet.


Depois, explica Gioielli, os dados ficam hospedados em uma infraestrutura que está invisível para os usuários, os servidores, onde as informações de várias pessoas são compartilhadas e armazenadas. Alguns usuários que acessam a nuvem frequentemente não imaginam que estão colocando informações nesses computadores.

“No momento que uma pessoa acessa um site via navegador, significa que as informações não estão rodando na máquina. O que mostra que ela já está consumindo uma nuvem”.

Nuvem na máquina local

Usuários como o publicitário Felipe Salles, de 26 anos, acreditam que computação em nuvem é apenas o que funciona remotamente por meio da internet. Salles utiliza, diariamente, sites como Facebook, Orkut, Twitter, e-mail e mensagens instantâneas. Além disso, por trabalhar em frente ao computador, ele fica on-line em torno de 12 a 14 horas por dia.

“Para mim, computação em nuvem é poder usar um programa como o ‘Microsoft Office’ sem precisar instalar nada. Ou seja, é tudo que está remoto, que você não precisa ter na sua máquina”, disse Salles.
Estamos tendo uma grande explosão de aplicativos voltando"
Otávio Pêcego, arquiteto de soluções sênior da Microsoft Brasil, explica que, nesse caso, para acessar a nuvem sempre será necessário um software local trabalhando na máquina ou no celular. “Os usuários veem de vez em quando o Windows Update entrar. Esse é um exemplo de programa na máquina local que conversa com a nuvem para saber as informações que precisam ser baixadas”.

Outro exemplo de interação entre a nuvem e o sistema local é o programa Google Earth, que a empresa chama de geobrowser. “O Google Earth trabalha instalado na máquina do usuário mas, para funcionar, ele precisa se conectar aos servidores do Google”.

As empresas cada dia mais falam e apostam nessa tecnologia. Porém, Pêcego acredita que o fim dos softwares locais não está tão perto.

“A tendência está mostrando o contrário. Estamos tendo uma grande explosão de aplicações voltando. Há muitas pessoas que utilizam o Twitter por meio do navegador, mas outras preferem instalar um aplicativo para acessar o microblog”.

O que pode acontecer, segundo Pêcego, é o disco local funcionar como um lugar temporário onde os usuários podem acessar rapidamente para trabalhar e, aos poucos, transmitir e sincronizar o que está na rede. A nuvem ganharia, então, a função de “backup” (cópia de segurança).

“Por causa da demora, o usuário vai trazer a informação, trabalhar ela localmente e depois enviá-la para a nuvem”, explica Pêcego.

Como se proteger

Agora que você já sabe que está na nuvem, é importante entender que há um risco inerente de colocar todas suas informações na rede. O primeiro passo é entender o que está se usando. Ou seja, muitas vezes o internauta publica um conteúdo na rede sem saber quem pode acessá-lo.

“Precisamos educar nossos usuários para que eles saibam usar esses serviços que estão na nuvem. Mesmo assim, é importante que os internautas conheçam as políticas de cada empresa”, disse Pêcego.
Para Gioielli, não se trata apenas de como o site trabalha aquele conteúdo, mas do usuário saber o que publica nele.

“Tem o aspecto das informações pessoais, como aquelas fornecidas em sites de relacionamento. O usuário deve evitar colocar dados, como o número do cartão de crédito, e até mesmo endereços”, disse.

Brasil Gasta US$ 16,4 bi a Mais do que vende em tecnologia.

Brasil gasta US$ 16,4 bi a mais
do que vende em tecnologia

País exportou US$ 3,6 bi em aparelhos tecnológicos em 2009.

Do G1, em São Paulo

Um relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU) na quinta-feira (14/10/2010) sugere que o Brasil importa muitos produtos tecnológicos para atender a demanda nacional, mas o volume das exportações nacionais do setor ainda é mínimo.

O Brasil ficou de fora do ranking da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) sobre os 20 países que mais exportam bens tecnológicos no mundo. A China ficou isolada na primeira posição, seguida de EUA, Hong Kong, Cingapura e Coréia do Sul. Entre os países da América Latina, o único que figura na lista é o México, na 10º posição.

Gráfico sobre importação e exportação de tecnologia no Brasil
O estudo concluiu que a rápida expansão da indústria criou muitas oportunidades de emprego para os mais pobres, mas apenas em alguns países em desenvolvimento. Segundo a ONU, o Brasil importou US$ 20 bilhões em aparelhos tecnológicos em 2009, contra a exportação de apenas US$ 3,6 bilhões. No volume total de importações, os bens de tecnologia representam 11,9% de tudo que entra por ano no país. Entre as exportações, o setor representa apenas 1,8%.

De acordo com Humberto Barbato, presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), o Brasil não tem uma grande indústria de tecnologia e a produção do setor no país atende apenas ao mercado interno.

“O que falta no Brasil é uma política industrial, que deveria ter sido feita há anos. Acreditamos que uma série de medidas deveria ser adotada para reverter esses dados, mas isso só vai acontecer em médio prazo”, disse. Para Barbato, entre as medidas entrariam os incentivos à instalação de uma indústria de base tecnológica no Brasil.

O relatório da ONU também mostra que, entre os países com altos níveis de pobreza, a produção tecnológica é significativa apenas na China e nas Filipinas. “A produção global é caracterizada pelas grandes barreiras à entrada de novas empresas nos países”, concluiu a entidade.

Desvalorização do dólar

A queda do dólar frente ao real é outro fator que contribui para a alta nas importações brasileiras. Entre janeiro e setembro deste ano, o dólar acumula queda de 2,93%. “Quanto mais forte for a moeda, mais inviável é de sediar no Brasil a fabricação de eletrônicos, pois resulta em uma produção nacional muito cara”, explica Barbato.

O G1 entrou em contato com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, mas ninguém se manifestou sobre o assunto. Segundo dados divulgados no site da instituição, as exportações da indústria de alta tecnologia em 2009, considerando apenas os equipamentos de rádio, TV e comunicação, representaram apenas 1,3% do total vendido ao exterior.

Dados divulgados pela Abinee fazem a comparação entre os números de 2005 e 2010. As informações mostram que as exportações representavam, em 2005, 20,4% do faturamento total do setor, que atingiu na época o total de R$ 92,8 bilhões. Já em 2010, a previsão é que as exportações atinjam 10,5% do faturamento, que está previsto em R$ 128 bilhões. Os números da Abinee abrangem mais produtos que os pesquisados no relatório da ONU, que se referem apenas aos bens de comunicação e informação.

Acesso à web no celular


O estudo da ONU também mostrou que o custo de pacotes de dados para celular no Brasil é o mais caro entre os países em desenvolvimento. De acordo com o levantamento, apenas no Brasil e no Zimbábue o preço médio do pacote de dados mensal passa dos US$ 120, o que deixa o país atrás de nações como Congo, Haiti e Bangladesh, país que tem o menor custo entre 78 listados no relatório. A média do preço mundial é de US$ 46,54 dólares.

O relatório da UNCTAD chegou ao preço médio considerando o custo total de propriedade de um pacote de tráfego de 2,1 MB de dados por mês. "Existe uma grande variação, com alguns países oferecendo por menos de US$ 20 por mês e outros por mais de US$ 100", afirma o documento.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

O Que São Scammers e Como Agem no Facebook,Tagged, Twitter, etc...



O que são scammers, como agem e o que fazer nesses momentos.


O que são scammers e como agem no Facebook, Tagged, Twitter etc. :

As características do perfil de um scammer no Facebook, Tagged, Twitter etc. são :

* Ter um perfil, que para a pessoa que vai receber a mensagem, é estrangeira.
* Usar sempre o nome de uma cidade pequena, mas que existe (é só fazer a busca pelo Google Maps)
* O nome da cidade colocado no perfil não condiz com o local real de onde realmente ele está.
* As fotos por mais que sejam bonitas, pode por em dúvida se é realmente dela.
* Esses scammer usam sempre a mesma história : buscam por um amor verdadeiro. Deixam isso explicitado tanto no email quanto na mensagem que envia.

* Geralmente um scammer não tem ou não dão nenhum contato extra como MSN ou nem sequer te adiciona como amigo no Facebook, Twitter,Tagged etc.
* Se ler atentamente os perfis, vai encontrar algum detalhe em russo (ou isso no email) que geralmente os scammers são de lá.

Como agem no email (A PARTE MAIS PERIGOSA) :

* Depois de mandarem uma mensagem para um perfil estrangeiro (sempre é assim) com o email dela (do scammer), fica esperando que entre em contato.
* Praticamente todo email vem com uma foto e ela pede para que você envie uma sua.

* De início ela diz que gostou de sua amizade, por ter entrado em contato com ela, etc. Depois o scammer "se apaixona" por você. Mais para frente propõe um encontro pessoal, mas.... OLHA SÓ O GOLPE : VOCÊ AJUDA A PAGAR A PASSAGEM AÉREA PARA QUE ELA POSSA TE ENCONTRAR. Se você fizer isso... acha realmente que ela vai te responder de novo ? Com certeza não.

* FORMAS DE GOLPE :
 FALSO INVESTIDOR :

- Procura o perfil enviando uma mensagem
- Diz que é herdeira de uma fortuna inestimável e que seu(s) pai(s) morreu(ram)
- Faz busca de "investidores" e que há um retorno de uma enorme quantidade de dinheiro (milhões de dólares)

- A idéia é fazer a busca dos nomes usando aspas (exemplo : "Babette Cai Mobutu" ou "Amir Mobutu Darius") para ver se realmente existe e no Google Imagens da foto da pessoa, além de ter certeza se no meio da busca não tem nada relacionado a scammer

- Costumam dizer que ao ler seu perfil gostou e achou respeitável ou similar.

 GOLPE BANCÁRIO
- "Se apaixonar" por você enquanto troca emails
- Dizer que é filha de família rica, mas sozinha no mundo por que os pais morreram na guerra civil
- Que quer sair de lá e quer te ver

- E que além disso repassaria todo dinheiro que herdaria de seu pai na sua conta, MAS O QUE ACONTECERIA DE VERDADE SERIA UM GOLPE BANCÁRIO.

- Os emails que geralmente são enviados como sendo do Banco são falsos.

Como reconhecer, evitar e fazer quando reconhecer um :

Como reconhecer e o que fazer nessa hora :
* O scammer costuma mandar mensagens em Inglês ou no idioma de origem da pessoa (no caso os brasileiros, o Português... pode haver aqueles "tantan" que pensam que pelo fato do Brasil estar na América Latina, falar Espanhol).

* Os textos enviados no email e até na mensagem no Tagged são meras cópias prontos para serem coladas e distribuidas para aguardar resposta.

* Quer fazer um teste ? Recebeu uma mensagem em Inglês ou Português, MANDE PERGUNTAS EM PORTUGUÊS. Se o scammer não for cuidadoso, vai acabar respondendo com uma 2a cópia de texto (um outro texto). Se perceber que alguma pergunta não foi respondida, insista... essa é a melhor forma de você perceber que um scammer está agindo.

* Só mande perguntas em Inglês, se o scammer pedir. Use um site tradutor que já está de bom tamanho.
* Um scammer quando manda mensagem em Português, usa sites tradutores. Basta ver que a frase faz sentido, mas as vezes fica difícil de entender.

* Como o texto é pronto, basta copiar e colar... então muitas perguntas não são respondidas. SEJA CURIOSO AO MÁXIMO.

* Se o seu perfil é sem foto e ela quer uma foto sua... se percebeu que é scammer e quer conversar para ter certeza disso : mande fotos falsas, mas tenha fotos desta mesma pessoa no mínimo umas 10.

* Um scammer costuma fazer mudanças ou esconder alguma coisa sobre a própria pessoa. Alguns exemplos :

- No perfil estava vomo Vera V que era do Amapá, já no email estava como Vera Sigova de Vologda, Rússia (diferente não ?).

- No email estava bem assim : "Meu nome completo é Ilnara" (já viu coisa parecida ?)

Para evitar :

* Procure adicionar perfis apenas de seu país. Fora do país, apenas se você realmente conhecer.
* Não adicione perfis que seja da Filipinas, geralmente são scammers também, pode observar que elas entram no Meet Me, esperando que você clique nelas e depois que você adiciona ficam caladas, como se fosse um 2o perfil do scammer para observar sua reação.

* Nunca mande dinheiro para desconhecidos. Principalmente aqueles que pedem via Internet. Se fizerem isso, faz uma busca no Google pelo nome que é dado no email onde está pedindo o dinheiro. Foi assim que descobri o 1º scammer : Vera V (no email estava como Vera Sigova).

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 O que é Phishing Scam e como evitá-lo?


Mensagens que se caracterizam como Phishing Scam estão entre os principais perigos existentes na internet. É importante saber a respeito do assunto porque as consequências deste tipo de fraude podem resultar em grandes transtornos ou até mesmo em prejuízo financeiro.

O que é Phishing Scam?


O termo "phishing" faz alusão à palavra inglesa "fishing", que significa "pescaria", em tradução livre. A associação com esta atividade não é mero acaso: o Phishing Scam é uma tentativa de fraude pela internet que utiliza "iscas", isto é, artifícios para atrair a atenção de uma pessoa e fazê-la realizar alguma ação.

Caso o indivíduo "morda a isca", poderá acabar informando dados bancários ou outras informações confidenciais a desconhecidos, percebendo apenas tardiamente que foi vítima de uma fraude on-line. Da mesma forma, poderá contaminar seu computador com um vírus ou outro malware.

O Phishing Scam - ou somente Phishing - geralmente chega às pessoas via e-mail. Embora também possa explorar outros serviços, como sites de redes sociais, o correio eletrônico é o meio preferido por se tratar da forma de comunicação mais popular e difundida da internet. Além disso, é relativamente fácil criar um e-mail fraudulento.

Normalmente, mensagens do tipo são criadas para parecerem ter sido emitidas por instituições sérias, como bancos, operadoras de telefonia ou órgãos do governo, embora também possam se passar por pessoas. Esta é uma das principais características do Phishing Scam. Outra são os argumentos utilizados para convencer o usuário a clicar em um link malicioso ou em um arquivo anexo suspeito.


Principais riscos do Phishing Scam


Arroba - imagem ilustrativa Caso uma pessoa receba uma mensagem que se caracteriza como Phishing Scam e não perceba que está diante de um conteúdo fraudulento, poderá realizar uma ação que resultará em prejuízo financeiro ou em outros transtornos consideráveis.

Um e-mail do tipo que se passa por um aviso de um banco, por exemplo, pode orientar o usuário a clicar em um link para atualizar um cadastro. Ao fazê-lo, a pessoa poderá cair em um site falso, mas bastante parecido ao da instituição bancária, e fornecer dados sigilosos, como número de conta corrente e senha de acesso. Ora, a pessoa não percebeu que estava diante um site falso e, portanto, forneceu seus dados na expectativa de acessar a sua conta.

Em um esquema mais sofisticado, a mensagem pode conter um anexo ou um link que direciona para uma malware. Se o usuário executá-lo, a praga se instalará em seu computador ou dispositivo móvel e poderá realizar uma série de ações, como registrar dados digitados, capturar arquivos do usuário ou monitorar suas atividades na Web.

Outra consequência possível do Phishing Scam é confirmar que a conta de e-mail do usuário está ativa. Neste caso, a pessoa passará a receber outras mensagens do tipo ou SPAM (e-mails não solicitados) e ainda poderá ser classificada como "alvo em potencial", uma vez que, ao executar a ação da primeira mensagem, indicou não saber identificar conteúdo enganoso.

Variações conseguem afetar o usuário em outros meios. Uma pessoa pode, por exemplo, aceitar um convite para um suposto jogo em uma rede social. Ao fazê-lo, o aplicativo malicioso pode emitir convites automaticamente para outros usuários. Estes, ao constatarem que o convite partiu de um conhecido, poderão aceitá-lo, dando continuidade ao esquema.

Há, é claro, outros riscos: o computador do usuário, se contaminado por um malware, pode emitir SPAMs; contas em serviços on-line podem ser invadidas graças à captura de senhas e nomes de usuários; a pessoa pode fazer compras em um site fraudulento e, por este motivo, não receber o produto; e assim por diante.


Como identificar um Phishing Scam


Com exceção para alguns esquemas mais elaborados, é relativamente fácil identificar um Phishing Scam. Isso porque algumas características são comuns à maioria destas mensagens. Veja, a seguir, as principais delas.
O Phishing Scam se passa por uma mensagem emitida por instituições conhecidas

Os responsáveis por esta prática criam mensagens falsas que incorporam cores, logotipos, slogans e outras características da identidade de alguma instituição conhecida. O motivo é óbvio: fazer o usuário acreditar que aquela entidade está, de fato, se comunicando com ele.

No Brasil, é bastante comum encontrar e-mails do tipo que se passam por comunicados de bancos, operadoras de cartão de crédito, companhias aéreas, serviços de redes sociais, desenvolvedoras de antivírus, entidades judiciais, lojas virtuais, entre outros.

Não raramente, estas mensagens costumam ter alguma falha grosseira no aspecto visual, como figuras faltantes, itens desalinhados ou imagens de má qualidade - uma instituição séria se preocupa com a sua imagem, razão pela qual não deixaria erros do tipo ocorrerem.

Há, no entanto, e-mails fraudulentos que são uma cópia fiel de comunicados legítimos. Neste caso, é importante observar outros aspectos da mensagem.
Erros gramaticais e ortográficos

Como dito no tópico anterior, instituições sérias se preocupam com a sua imagem e não emitem comunicados grosseiros. Logo, se você se deparar com uma mensagem com erros ortográficos e gramaticais em nome de uma empresa ou órgão do governo, muito provavelmente estará diante de um Phishing Scam.


A imagem abaixo é um exemplo. Repare que, além do uso inadequado de pontuação, o texto tem erros ortográficos:


Links estranhos ou anexos suspeitos

É comum que esquemas de Phishing Scam usem links "confusos" (que você não seria capaz de guardar de cabeça) ou que, de alguma forma, se assemelham ao endereço legítimo da entidade mencionada na mensagem. Por exemplo, se o site da Empresa X é www.empresax.com.br, o e-mail pode ter um link do tipo www.empresax.dirt.com.

É possível também que a descrição do link aponte para o endereço legítimo do site da empresa, mas, ao passar o cursor do mouse por cima deste, o navegador de internet ou cliente de e-mail mostre o link verdadeiro e, consequentemente, suspeito. Daí a importância de ficar atento a este detalhe.

Observe o exemplo abaixo. Nele, o navegador de internet mostra o link verdadeiro quando o cursor do mouse está posicionado acima do endereço descrito na mensagem. Perceba que o link real não tem nada a ver com a instituição mencionada:



Da mesma forma, também é importante se atentar aos arquivos anexos, especialmente se estes tiverem extensões como .exe ou .zip.

Argumentos alarmantes ou que instigam a curiosidade


Para que um Phishing tenha efeito, é necessário que o usuário realize alguma ação: clicar em um link, abrir o anexo ou responder a mensagem, por exemplo. Para que isso ocorra, o responsável pela fraude costuma utilizar argumentos alarmantes, que estimulam a curiosidade, que despertam a sensação de urgência ou cause sensação de oportunidade na pessoa.

Não é difícil entender o porquê: quando tomado por estes sentimentos, o indivíduo tende a raciocinar menos e agir conforme a emoção. A seguir, os argumentos mais comuns.
Envolvendo bancos

    A mensagem alega que o usuário tem uma dívida de empréstimo bancário e que seu nome irá ser registrado em órgãos de proteção ao crédito se o pagamento não for feito em tempo hábil;
    A mensagem afirma que o usuário deve fazer um recadastramento para não ter o acesso à sua conta bloqueada;
    A mensagem avisa do lançamento de um novo módulo de proteção que deve ser instalado no computador da pessoa;
    A mensagem se passa por um comprovante de depósito supostamente feito na conta da pessoa;
    A mensagem avisa que o login, chave de acesso ou token do usuário expirou, sendo necessário clicar em um link para renová-lo.

A imagem abaixo é um exemplo. Seu texto ameaça com o bloqueio de acesso à conta caso uma suposta sincronização de "token" não seja feita:


Envolvendo cartões de crédito


    A mensagem se passa por um lançamento no cartão do usuário, muitas vezes de valor alto;
    A mensagem se passa por uma fatura de cartão, muitas vezes com vencimento próximo;
    A mensagem argumenta que o usuário tem pontos de fidelidade prestes a expirar.

Envolvendo entidades do governo

    A mensagem afirma que um documento - como Título de Eleitor ou CPF - será cancelado caso o usuário não clique no link ou anexo para atualizá-lo;
    A mensagem alega que o usuário tem uma pendência de grande valor na Receita Federal ou que há irregularidades em sua declaração de Imposto de Renda;
    A mensagem afirma que o usuário está sendo intimado por um órgão judicial ou autoridade policial;
    A mensagem alega que a pessoa tem multas de trânsito ou irregularidades nos documentos do seu carro.

Envolvendo notícias e acontecimentos recentes

    A mensagem promete detalhes supostamente encobertos pela imprensa ou fotos fortes de uma tragédia de grande repercussão;
    A mensagem promete informações exclusivas sobre escândalos políticos, celebridades ou denúncias.

Promessas de revelações

    A mensagem promete revelar fotos que mostram que a pessoa está sendo traída;
    A mensagem promete revelar informações exclusivas a respeito de uma celebridade;
    A mensagem promete revelações conclusivas sobre teorias de conspiração.

Promessas de prêmios, recompensas ou heranças

    A mensagem afirma que o usuário foi sorteado e ganhará passagens aéreas, carros, bônus ou prêmios em dinheiro;
    A mensagem afirma que o usuário tem um prêmio pendente na loteria e que irá perdê-lo se não resgatá-lo nas próximas horas;
    Uma pessoa se passa por um herdeiro de uma grande fortuna (geralmente da Nigéria) que necessita mudar de país por razões políticas e oferece uma compensação significativa, caso o usuário ajude-o neste processo.

A imagem abaixo mostra um exemplo de Scam em nome de uma empresa de distribuição de benefícios para funcionários. O argumento utilizado é o de oferecer o dobro de bonificação após o usuário realizar um cadastro:


Mensagem enviada por engano ou demonstrando interesse


    A mensagem promete fotos íntimas de alguém ou de festas, sendo escrita de forma a fazer o usuário acreditar que o e-mail chegou a ele por engano, uma tentativa de alimentar sua curiosidade;
    A mensagem se passa por um contato de um admirador secreto desconhecido, mas que quer se revelar à pessoa.

Envolvendo redes sociais

    A mensagem afirma que a conta do usuário em uma rede social será excluída ou passará a ser paga se determinada ação não for realizada;
    A mensagem se passa por um recado ou convite de alguém numa rede social;
    A mensagem afirma que o usuário foi marcado em fotos de uma pessoa, geralmente desconhecida, numa rede social.


Estes são só alguns exemplos. Esquemas de Phishing Scam podem explorar vários outros argumentos para enganar o internauta, mas perceba que a ideia é, quase sempre, a de "fisgar" a pessoa a partir de um sentimento de alerta, curiosidade ou oportunidade.

Como o fraudador sabe que eu sou cliente de determinada empresa?

Se você recebeu um e-mail fraudulento em nome de um banco ou de uma companhia aérea, por exemplo, pode estar se perguntando: "como é que o emissor soube que eu sou cliente desta empresa?" A verdade é que, na maioria absoluta das vezes, ele não sabe!

O que o fraudador faz é trabalhar com tentativas de acerto. A mensagem é disparada para milhares de e-mails de uma só vez porque o emissor sabe que uma parcela significativa destas contas provavelmente pertence a pessoas que são, de fato, clientes de determinadas empresas.

Para tanto, às mensagens são atribuídas denominações de companhias que têm uma base de clientes muito grande e que, de preferência, tenham pouca concorrência. É por isso que nomes de bancos, companhias aéras, grandes redes varejistas e operadoras de telefonia costumam ser utilizados indevidamente neste tipo de fraude.

E se o Phishing tem meu nome completo ou meu CPF?


Pode acontecer de o Phishing Scam ter seu nome completo, número de CPF ou outra informação pessoal. O objetivo aqui é óbvio: com esses dados, é mais fácil convencer o usuário.

Felizmente, este tipo de mensagem é muito raro. O que acontece é que, de alguma forma, o fraudador teve acesso a um banco de dados com cadastros de pessoas. Isso é possível, por exemplo, quando um site de comércio eletrônico é invadido ou quando um funcionário de uma empresa revende indevidamente estas informações.

Por isso, mesmo quando a mensagem contiver dados pessoais, não desconsidere a possibilidade de haver uma tentativa de fraude ali.

E se mensagem foi enviada por uma pessoa conhecida?

Mesmo que uma mensagem suspeita tenha sido enviada a você por um amigo ou conhecido, desconfie e, se possível, questione a pessoa sobre a sua emissão. Não é raro acontecer de malwares conseguirem acessar e-mail, serviços de mensagens instantâneas ou mesmo redes sociais para propagar conteúdo malicioso sem o dono da conta perceber.

Dicas para se proteger

É praticamente impossível impedir que esquemas fraudulentos cheguem até você, mas alguns cuidados simples te ajudam a se livrar do perigo:

:: o primeiro deles é observar as características da mensagem (visual, erros ortográficos, links esquisitos, argumentos persuasivos, entre outros), tal como explicado anteriormente;

:: lembre-se também que avisos de dívidas, convocações judiciais ou solicitações de cadastramento, por exemplo, não costumam ser feitas por e-mail ou redes sociais, mas sim por correspondência enviada à sua residência ou local de trabalho. Não se deixe levar pelo tom ameaçador ou alarmista da mensagem;

:: desconfie de ofertas muito generosas. Ninguém lhe dará prêmios de concursos que você não esteja participando ou oferecerá um produto com preço muito abaixo do que é praticado pelo mercado. Se for necessário que você pague alguma taxa ou faça alguma contribuição em dinheiro, pode ter certeza que se trata de fraude;

:: tenha cuidado com a sua curiosidade e desconfie de notícias sensacionalistas, teorias de conspiração ou de notícias que não podem ser confirmadas em veículos especializados;

:: se tiver dúvidas sobre a legitimidade de uma mensagem, entre em contato com a empresa ou instituição mencionada para ter certeza de que se trata de uma fraude ou não;

:: utilize antivírus e softwares atualizados, especialmente de navegadores de internet. Eles podem barrar cliques inadvertidos em arquivos ou links maliciosos;

:: se tiver certeza de que uma mensagem é Phishing, apague-a imediatamente. Você também pode marcá-la como SPAM, quando possível. Isso porque, dependendo do serviço utilizado, se um número expressivo de usuários marcar determinada mensagem como tal, ela poderá ser barrada automaticamente nas contas de outras pessoas;

:: passe estas orientações para familiares, amigos, colegas de trabalho e outras pessoas próximas de você para evitar que elas sejam vítimas do problema.

Fui vítima de um Phishing Scam. O que fazer?

Se você executou alguma ação por influência de um Phishing Scam, deve reagir conforme o que foi feito. Se você entrou em um site falso de um banco e inseriu seus dados pessoais, por exemplo, deve entrar em contato imediatamente com a instituição bancária para bloquear a sua conta e obter nova senha. Já se você tiver passado dados do seu cartão de crédito, é importante contatar a operadora para cancelá-lo e verificar lançamentos não reconhecidos.

Se você clicou em um malware, é recomendável verificar seu computador ou dispositivo móvel com um antivírus atualizado e de confiança. Além disso, também pode ser uma boa ideia trocar senhas digitadas após a contaminação.

Aliás, o ato de trocar de senhas regularmente - a cada três meses, por exemplo -, mesmo que nenhum problema tenha acontecimento, é um hábito que também reforça a segurança.

Em caso de prejuízo ou qualquer outro transtorno considerável, não hesite em procurar orientação de autoridades policiais ou judiciais.

Finalizando

Não há tecnologia que consiga combater de maneira definitiva todos os perigos existentes na internet, por isso, a prevenção continua sendo a arma mais eficiente.

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Dicas para evitar fraudes com contas bancárias e cartões de crédito pela internet

Realizar operações bancárias pela internet (internet banking) é sinônimo de comodidade e, muitas vezes, economia: entre outras vantagens, o usuário não enfrenta filas, consegue realizar transações em horários ou datas em que as agências não funcionam e, dependendo do serviço, pode obter taxas mais baratas.

O problema é que, onde há dinheiro, há criminosos por perto. No "mundo on-line", infelizmente, não é diferente: as chances de você conhecer alguém que já tenha sido vítima de fraude bancária com acessos realizados pela internet são grandes - pode ser que você mesmo já tenha lidado com isso.

Para te ajudar a evitar situações do tipo, leia a seguir algumas dicas de prevenção contra fraudes bancárias pela internet, além de orientações sobre como proteger seu cartão de crédito em transações on-line. No final do texto, você saberá como como agir caso o problema aconteça com você ou com algum conhecido.

Os procedimentos, em sua maioria, são simples, mas ajudam mesmo a evitar "dores de cabeça".


Dicas quanto ao uso do internet banking


1 - Sempre verifique o endereço do site do banco antes de utilizá-lo

Um dos truques mais usados por criminosos para ter acesso a contas bancárias pela internet é a criação de sites falsos de bancos, mas que se assemelham bastante às páginas verdadeiras. Se o usuário não perceber que está entrando em um endereço não original, fornecerá informações sigilosas, como número de conta corrente e senha de acesso.

Por causa disso, é muito importante verificar o endereço do site (URL) antes de inserir as informações da sua conta. Esta checagem deve ser feita em todo e qualquer acesso, pois os criminosos podem utilizar desde truques simples até os mais complexos para fazer o usuário entrar no site falso.

Pode haver, por exemplo, um malware instalado de maneira discreta no computador que altera as configurações de DNS da máquina e redireciona o navegador para um site falso quando o usuário digita o endereço verdadeiro de um banco. Como a página fraudulenta imita o site verdadeiro, muitas vezes o usuário não percebe a diferença.

Assim, ao notar que o endereço do site tem alguma diferença ou alguma característica suspeita - por exemplo, www.nomedobanco.abc.net em vez de www.nomedobanco.com.br -, não informe seus dados. Na dúvida, entre em contato por telefone com a instituição bancária e pergunte se aquele endereço é mesmo utilizado pela empresa.

2 - Cuidado com e-mails falsos em nome do banco


Outro artifício bastante utilizado pelos golpistas é o envio de e-mails falsos (pishing scam) em nome do banco. A mensagem tenta induzir o usuário a clicar em um link ou em um arquivo anexado que possui propriedades maliciosas.

Para isso, o texto pode afirmar, por exemplo, que o usuário tem uma dívida pendente ou teve determinada quantia sacada da sua conta recentemente. No susto, a pessoa clica no suposto link ou arquivo que fornece mais detalhes sobre o problema, mas este, na verdade, direciona para um site falso ou instala uma malware que captura dados digitados, por exemplo.

Muitas vezes a pessoa não percebe que aquele e-mail é fraudulento porque entende que um criminoso não sabe da existência de uma conta sua em determinado banco. Mas o truque aqui é bastante simples: o fraudador pode obter uma lista com, por exemplo, 100 mil endereços de e-mail e enviar uma mensagem falsa a esta; é bastante provável que pelo menos uma pequena parcela destes endereços seja de pessoas que têm conta no banco mencionado na mensagem; o objetivo é que o e-mail falso chegue até elas, não importando as demais pessoas.

Assim, fique bastante atento a e-mails em nome de bancos. Lembre-se que, normalmente, as instituições bancárias não fazem cobranças por e-mail. Além disso, estas mensagens costumam ter características que facilitam a sua identificação, como erros de ortografia, formatação irregular ou conteúdo apelativo (que usa argumentos para te convencer de algo).

Se você costuma receber extratos bancários ou faturas por e-mail - estes sim são serviços que os bancos oferecem -, fique atento a qualquer característica diferente, como títulos que não costumam ser usados pelo banco, os já mencionados erros ortográficos, links suspeitos, entre outros. Na dúvida, apague a mensagem sem clicar em nada.

É importante ter em mente que os bancos podem enviar comunicados por e-mail, mas não pedem atualização cadastral, confirmação de dados, sincronização de tokens ou qualquer ação do tipo nas mensagens. Comunicados realmente importantes ou boletos de cobrança normalmente são enviados via Correios, a não ser quando o próprio consumidor solicita outro meio.

Exemplos de e-mails falsos:









Vale frisar também que e-mails maliciosos nem sempre utilizam nome de bancos. Falsas mensagens que oferecem prêmios, fotos, denúncias ou notificações judiciais, por exemplo, também podem ser usadas. O objetivo é o mesmo: fazer o usuário clicar em um link ou em um arquivo anexado.

3 - Cuidado com e-mails ou contatos telefônicos que pedem dados pessoais

Quando você entra em contato com o banco, normalmente a instituição pergunta alguns dados pessoais para ter certeza de que você é, de fato, dono da conta. No entanto, o contrário não acontece: bancos não costumam te contatar por e-mail ou telefone inadvertidamente para pedir confirmação de dados pessoais, especialmente senhas. Por isso, ao receber solicitações do tipo, ignore e, se for o caso, fale com o gerente ou o serviço de atendimento ao cliente da instituição para se certificar da legitimidade do contato.

4 - Evite utilizar o internet banking a partir de computadores públicos

Evite ao máximo utilizar computadores públicos - que são disponibilizados em escolas, faculdades, bibliotecas ou lan houses, por exemplo - para acessar a sua conta bancária. A máquina pode conter malwares ou softwares que capturam informações digitadas sem que você perceba. Prefira fazer o acesso apenas em computadores ou dispositivos móveis pessoais.

5 - Proteja o seu computador ou dispositivo móvel

De nada adianta utilizar apenas o seu computador para acessar o internet banking se você não protegê-lo. É simples:

» Instale as atualizações de segurança de seus softwares, especialmente do sistema operacional. Em plataformas como Windows e OS X, é possível fazer isso automaticamente;

» Utilize sempre as versões mais recentes dos seus navegadores;

» Use softwares de segurança, como antivírus, não esquecendo de mantê-los atualizados;

» Faça downloads apenas a partir de sites ou lojas de aplicativos conhecidos e tome cuidado com links ou arquivos compartilhados por e-mail, redes sociais ou programas de mensagens instantâneas;

» Cuidado com sites ou anúncios on-line excessivamente vantajosos, como ofertas de produtos com preços muito baixos, banners que avisam que você ganhou um prêmio, páginas que prometem imagens eróticas ou jogos gratuitos e assim por diante.

Você pode conferir outras dicas de segurança on-line aqui.

Dispositivos móveis

É cada vez mais comum o acesso ao internet banking a partir de smartphones e tablets. Para a modalidade móvel, utilize apenas os aplicativos fornecidos ou indicados pelo próprio banco, não esquecendo de mantê-los atualizados. Também é importante instalar apenas programas bem recomendados e que estejam em lojas de aplicativos oficiais da plataforma.

6 - Cuidado com a tabela de códigos ou com o token fornecido pelo banco

Para reforçar a proteção durante o acesso ao internet banking, muitos bancos oferecem um cartão com uma tabela de códigos ou um dispositivo conhecido como token (que pode receber outro nome por parte da empresa) que gera estes números. Também é necessário tomar cuidado com eles.

No caso do cartão com a tabela, o banco normalmente só pede um código em cada acesso. Se você for solicitado a informar mais de um código por vez, não prosiga. O mesmo vale se alguém entrar em contato com você por e-mail ou telefone pedindo estas sequências.

Neste aspecto, o token é mais eficiente, pois cada código gerado dura apenas alguns segundos, perdendo a validade logo em seguida. Mesmo assim, é importante ficar atento para não informar em sites falsos ou via telefone, por exemplo, as sequências geradas.




 Em caso de perda do cartão ou do token, é necessário avisar o banco imediatamente para que a instituição possa cancelá-lo e enviar-lhe um novo.

7 - Monitore a sua conta com extratos via e-mail e avisos por SMS

Atualmente, a maioria dos bancos permite que você receba extratos diários ou em outra periodicidade por e-mail, muitas vezes de graça. Esta é uma maneira bastante interessante de acompanhar as movimentações em sua conta e identificar qualquer transação que você desconheça.

Neste sentido, muitos bancos também oferecem alertas por SMS: uma mensagem é enviada ao seu celular tão logo uma transação é realizada em sua conta ou em seu cartão de crédito. Este é um recurso interessante porque permite identificar operações não reconhecidas por você - como um saque - assim que o procedimento tiver sido efetuado, de forma que você possa entrar imediatamente em contato com o banco e evitar "estragos maiores".

8 - Utilize o botão "Sair" ou equivalente ao encerrar o uso do internet banking

Ao terminar de utilizar os recursos on-line da sua conta, não se esqueça de utilizar o botão/link de nome "Sair" ou equivalente para encerrar seu acesso. Desta forma, você garante o término da sessão, evitando que esta possa ter retomada de alguma forma.

Cuidados on-line com o seu cartão de crédito


O seu cartão de crédito também pode ser utilizado para fraudes na internet, com muito mais facilidade do que com contas-correntes inclusive, por isso também é necessário ter alguns cuidados com esta forma de pagamento. A seguir, alguns deles.

1 - Utilize seu cartão apenas em lojas ou serviços on-line com boa reputação

Se deseja comprar um produto ou serviço em um site desconhecido, pesquise por sua reputação antes de fechar o negócio. Para isso, você pode procurar opiniões em mecanismos de busca ou pesquisar em sites específicos para isso, como o Reclame Aqui.

Também é importante verificar se, no ato da compra, o site faz com que o símbolo de um cadeado seja exibido no navegador. Se isso não ocorrer, é recomendável não concluir o processo, pois o cadeado indica que o site está criptografando o envio de suas informações, dando uma camada de segurança importante ao processo.

Na dúvida, compre em outro lugar ou, se inevitável, considere a possibilidade de utilizar boleto bancário como forma de pagamento.

Veja mais orientações sobre compras on-line aqui.

2 - Não guarde os dados do seu cartão na sua conta de um serviço on-line

Alguns estabelecimentos virtuais permitem que você guarde os dados de seu cartão para futuras compras. A não ser que se trata de um serviço que exige pagamento periódico, não utilize esta opção - é mais seguro digitar os dados do cartão de crédito em cada nova transação.

3 - Utilize serviços que intermediam compras on-line, como o PayPal

Você também pode utilizar serviços que intermediam o uso do cartão de crédito, de forma que transações possam ser feitas com este sem que o recebedor do pagamento conheça o seu número. O serviço mais popular para este fim é o PayPal, que pode ser utilizado principalmente em compras internacionais.

No Brasil, os serviços mais conhecidos do tipo são o PagSeguro e o Bcash.

Antes de aderir a qualquer serviço de intermediação, se informe sobre taxas, condições de uso e reputação.

4 - Informe os dados do seu cartão de crédito apenas se for realizar transações

Desconfie de sites que exigem o seu número de cartão de crédito mesmo que você não vá adquirir um produto ou serviço. Não forneça estes dados por e-mail, redes sociais, telefone e outros meios, especialmente se você não tiver iniciado o contato.

5 - Monitore o uso do seu cartão com SMS ou e-mails

A dica número 7 do tópico anterior também é válida aqui: verifique se operadora da qual você é cliente envia e-mails ou SMS em cada transação realizada com o cartão de crédito. Ao não reconhecer um lançamento, entre em contato com a empresa imediatamente, mesmo que seja durante a madrugada ou um fim de semana.

6 - Informe os dados do seu cartão apenas em seu computador ou dispositivo móvel

As dicas 4 e 5 do tópico anterior também funcionam com o seu cartão de crédito: realize transações apenas a partir de seu computador ou dispositivo móvel, tomando o cuidado de também protegê-los com softwares de segurança e instalação de atualizações.

7 - Cuidados no "mundo off-line"

Obviamente, você não deve tomar cuidados com o uso do seu cartão de crédito apenas na internet: há riscos também em estabelecimentos físicos, como mercados, postos de gasolina e restaurantes. Eis algumas dicas relacionadas a estes lugares:

» Ao sacar dinheiro ou utilizar terminais (caixas eletrônicos), fique atento à movimentação ao seu redor - saia do local sem realizar a operação se notar algo suspeito. Prefira fazê-lo em locais e horários com grande circulação de pessoas para inibir abordagens;

» Ao efetuar pagamentos em lojas, restaurantes e afins, mantenha o cartão de crédito sempre em seu campo de visão. Não permita que o funcionário que estiver te atendendo leve o cartão para lugares que você não tenha acesso;

» Prefira cartões protegidos por chips, pois estes exigem digitação de senha em transações e dificultam a clonagem;

» Ao digitar sua senha, verifique se não há alguém por perto observando o ato. Se necessário, peça "licença" apenas para deixar claro que você está atento quanto a isso. Memorize a sua senha, não a anote em papéis ou mesmo em seu celular;

» Cartão roubado ou perdido? Entre em contato com o banco ou operadora imediatamente para bloqueá-lo. Para isso, É importante manter o número da instituição em seu celular ou agenda. O mesmo vale para o caso de o cartão ficar preso no caixa eletrônico: contate a empresa responsável e não aceite ajuda de estranhos;

» Cuidado com entrevistas, pesquisas ou proposta de testes de produtos nas ruas: se o seu cartão for solicitado, negue-se a mostrá-lo, mesmo que ele fique todo o tempo em suas mãos.

Fui vítima de fraude! O que fazer?

Mesmo com todos os cuidados, pode acabar acontecendo: um belo dia você se depara com um saque não autorizado em sua conta ou com um lançamento não reconhecido no cartão de crédito. O que fazer em caso de fraude?

Se você estiver certo de que aquela não é mesmo uma movimentação autorizada, entre em contato imediatamente com o banco ou com a operadora do cartão de crédito para que a instituição tome as devidas providências, como bloquear temporariamente o acesso à conta,  cancelar o cartão ou emitir alertas para outras empresas.

Peça um número de protocolo para comprovar o seu contato. Neste sentido, pode ser uma boa ideia formalizar o aviso à empresa, por exemplo, a partir de uma carta registrada.

Constatada a fraude, é expressamente recomendável que você guarde extratos e outros documentos que comprovem a movimentação indevida e registre um boletim de ocorrência na delegacia mais próxima fornecendo o máximo possível de detalhes às autoridades.

Se houver prejuízo financeiro, normalmente cabe ao banco ressarcir o cliente ou realizar o estorno, no caso de cartão de crédito. No entanto, a instituição pode alegar que a responsabilidade pelo ocorrido é do usuário. Em situações como esta, é necessário procurar orientações de entidades de defesa do consumidor ou mesmo a Justiça. Neste ponto, o boletim de ocorrência e os comprovantes ajudam bastante.

Finalizando

De modo geral, os sistemas bancários do Brasil são bastante seguros, mas não existe tecnologia no mundo que garanta 100% de proteção, mesmo porque esta é uma "guerra" permanente: empresas e profissionais de segurança de um lado, criminosos do outro.

Diante deste cenário, há quem prefira não utilizar internet banking ou cartão de credito, mas não é necessário chegar a tanto: como as dicas mostradas aqui deixam claro, uma postura preventiva diminui significativamente o risco de fraudes. Por isso, além de praticar estas e outras orientações de segurança que você obtiver, é importante também instruir parentes e amigos.